São Paulo – notícia publicada no caderno ciências da Folha de São Paulo de 11/02/2001 mostra alguns detalhes sobre a pesquisa a ser realizada no Centro de Terapia gênica de Ribeirão Preto e a possibilidade de correção da doença por células tronco retiradas do cordão umbelical de irmãos sadios.
Relatório do Dr. Sérgio U. Dani do Centro de Terapia Gênica de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto (14/3/01) - Dr . Sérgio em seu relatório por e-mail comenta as últimas novidades como a chegada de uma nova amostra de do cDNA completo do gen da distrofina humana - uma doação do Prof. Jacques Tremblay, do Canadá. Nos próximos dias o Dr. Sérgio tentará transformar bactérias com este vetor, para obtê-lo em quantidades suficientes para manipulação e sub-clonagens; os cães já estão no canil do Centro e as obras para a construção do laboratório terão início. Outra boa notícia é que aguarda-se uma nova ninhada para daqui 50 dias; outra informação é que Brenda (heterozigota/portadora sã da mutação GRMD) e Gama(GRMD homozigota, distrófica), cadelas nascidas no Brasil, aparentemente são haplo-idênticas com relação ao sistema DLA-Dog Leukocyte Antigens. Se esta informação se confirmar, será dado início em breve, a uma série de transplantes de células da medula de Brenda para Gama, com monitoramento histológico e clínico.
Reportagens da imprensa brasileira sobre banco de sangue de cordão umbilical
São Paulo - Reportagens da revista Época (25/03/2001) e do caderno Folha Equilíbrio do jornal Folha de São Paulo (29/03/2001) falam sobre a criação de bancos de cordão umbilical e sobre a utilização de células tronco no tratamento de doenças como a distrofia muscular
Três novas notícias sobre o uso de stem cell (células tronco)
New Jersey - Pesquisadores da Anthrogenesis Corporation divulgaram em uma teleconferência que desenvolveram uma técnica que possibilita a obtenção de grandes quantidades de stem cells de placentas. A importância desta pesquisa pode ser medida pelo número de placentas que são desprezadas após o nascimento de crianças, que gira em torno de 4 milhões ao ano, só nos USA. A grande dúvida sobre esta pesquisa ocorre por que estas informações foram divulgadas em uma conferência e nunca foram publicadas o que impede uma análise independente e isenta dos resultados.
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/04/12/placenta.stemcells/index.html?s=10
Califórnia -USA - (10/04/2001) Gordura retirada na lipoaspiração pode ser fonte de stem cell. Em estudo publicado em abril na revista Tissue Engineering cientistas da UCLA conseguiram obter stem cell do material retirado da lipoaspiração com a sua transformação em quatro tipos diferentes de células. Como nos USA há uma pressão muito grande contra as pesquisas com stem cells obtidas de fetos (muitos dos quais originados de abortos) a possibilidade de obtenção de células de outras fontes é bem recebida. Os estudos devem prosseguir para que estas células sejam testadas in vivo.
http://www.msnbc.com/news/557256.asp
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/04/09/fat.stem.cells/index.html?s=10
http://www.liebertpub.com/TEN/toc/7_02_2001.pdf
Nature (5/4/2001) - Pesquisa publicada em abril (410, 701-5) fala do uso de células da medula óssea para regenerar miocárdio infartado. Neste estudo experimental em camundongos a colocação de células da medula óssea em áreas de miocárdio infartado possibilitou a regeneração destas áreas tanto por recuperação das células musculares como de estruturas vasculares.Vários outros estudos em diferentes modelos de experimentação tem obtido resultados semelhantes
Injeção intraarterial de stem cells derivadas de músculos restaura a distrofina em camundongos com distrofiaItália - pesquisa publicada demonstra que stem cels derivadas de músculos aderem aos capilares dos músculos e participam da regeneração de células lesadas.
http://www.jcb.org/cgi/content/abstract/152/2/335
Potencialidade do uso de stem cells é novamente demonstrado
USA - Estudo publicado na revista Cell de 4/5/2001 reforça a potencialidade do uso de stem cells. Células da médula óssea de camundongos machos foram multiplicadas em laboratório e inocula das em camundongos fêmeas anteriormente irradiadas. Após um ano do experimento estas células foram encontradas em pulmões, pele, intestino, etc. provando a sua capacidade de transformação em qualquer tecido. Este estudo é muito importante para estimular as pesquisas com estas células visto que os estudos iniciais foram realizados com embriões e há uma pressão negativa muito grande nos Estados Unidos com estas pesquisas.
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/05/04/stem.cells.ap/index.html
http://www.msnbc.com/news/568385.asp#BODY
http://www.cell.com/current.shtml
Congresso Anual da Sociedade Americana de Terapia Gênica aborda o tratamento das distrofias
Seattle - Em Congresso que está ocorrendo de 30 de maio a 3 de junho de 2001 são relatados pelo menos 19 trabalhos de um total de mais de 1150 abordando a terapia gênica com vetores virais no tratamento da distrofia muscular. Esta linha de tratamento é considerada internacionalmente como a mais promissora no tratamento das distrofias musculares. O sistema imune é considerado um obstáculo ao sucesso desta terapia. Em um estudo de Jeffrey Chamberlain e seu grupo da Universidade de Washington em Seattle construiram um vetor sem as proteínas que podem desencadear as respostas imunológicas denominado "gutted" adenovirus. Usando camundongos portadores de distrofia muscular observaram que o vetor com o gene da distrofina provoca uma mínima resposta imune; os genes são liberados para os músculos e provocam melhora da força muscular. Em outro estudo os autores desenvolveram micro-distrofinas com cerca de um terço do tamanho da distrofina completa e observaram, em camundongos, melhora da força muscular inclusive do músculo diafragma. Outro estudo independente da Universidade de Pittsburgh realizado por Xiao-Xiao e colaboradores eles demonstraram, em camundongos, que após sete meses da aplicação do minigene da distrofina (a última notícia desta página) o músculo apresenta força significativa maior do que o que não recebeu o tratamento com expressão da distrofina entre 20 e 50%. Leia os resumos completos dos artigos relacionados a distrofia muscular
http://www.mdausa.org/research/010602_progressgenetherapy.html
http://www.mdausa.org/research/010601_dmdminigene.html
Células tronco são implantadas no músculo cardíaco durante cirurgia de revascularização miocárdica
Califórnia - Pesquisadores retiraram células tronco da musculatura esquelética, cultivaram as mesmas em laboratório, e injetaram as células no miocárdio durante uma cirurgia de revascularização (popularmente conhecidas como "pontes de safena"); o objetivo principal é saber se o procedimento é seguro e estabelecer rotinas para todas as etapas, mas há também interesse em avaliar se estas células injetadas em áreas lesadas do coração irão contribuir para a melhora da função cardíaca.
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/conditions/05/29/heart.stem.cells/index.html
Terapia gênica avança em doenças genéticas
Nesta semana quatro pesquisas relatam avanços com a terapia gênica em outras doenças genéticas:
Cardiomiopatia dilatada - hamsters com deleção da delta sarcoglican(SG) e que não expressam a alfa, beta e gama SG foram tratados com injeção intramural no miocárdio de vetor viral contendo o gene normal delta SG com melhora clínica e funcional.
Fenilcetonúria - trabalho realizado pela Universidade da Flórida em camundongos conseguiu reverter esta doença com a injeção de vetor viral contendo o gene responsável pela correção do distúrbio metabólico.
Deficiência de Arilsulfase A - usando stem cells em camundongos com a injeção do gene por vetor viral pesquisadores alemães conseguiram corrigir o distúrbio metabólico e algumas alterações neurológicas, sem melhoras histológicas.
Hemofilia A - seis pacientes portadores de hemofilia A foram tratados com a implantação de fibroblastos retirados da pele e corrigidos em laboratório com plasmídeos com correção parcial do distúrbio e sem complicações após 12 meses do experimento.
Uso de células da medula óssea falha na correção da distrofia muscular de ratos
Itália - pesquisa do Instituto Theleton para a terapia gênica não conseguiu resultados em um modelo experimental de distrofia muscular em ratos.
Pesquisa mostra o potencial das células tronco (stem cells) na regeneração do músculo cardíaco e dos vasos em um modelo experimental de isquemia miocárdica
USA - pesquisa do Baylor College of Medicine (Houston,Texas), patrocinada pela MDA, demonstrou regeneração de vasos e do músculo cardíaco com a utilização de stem cells em um modelo experimental de isquemia miocárdica; os autores discutem as possibilidades de utilização das células tronco em doenças neuromusculares.
http://www.mdausa.org/news/010629stemcells_miceheart.html
Leia o artigo completo
NIH apoia as pesquisas com stem cells originados de embriões (21/07/2001)
USA - o NIH (Instituto Nacional de Saúde) órgão americano de fomento a pesquisas entra no debate sobre o uso de stem cells originados de embriões, apoiando estas pesquisas e sugerindo que o governo americano continue a contribuir com verbas para as mesmas. Há um intenso debate político e religioso sobre o tema. Diariamente continuam as reportagens com o tema e abaixo incluo mais alguns links sobre estas reportagens:
http://www.msnbc.com/news/601757.asp?0si=-
http://www.usatoday.com/news/washdc/july01/2001-07-18-stem-study.htm
http://www.iwon.com/home/news/news_article/0,11746,145894|top|07-18-2001::00:32|reuters,00.html
http://chicagotribune.com/news/nationworld/article/0,2669,SAV-0107210149,FF.html
http://www.latimes.com/news/local/la-072101stem.story
http://www.msnbc.com/news/603019.asp
http://www.nationalreview.com/comment/comment-george072001.shtml
http://cbsnews.com/now/story/0,1597,302045-412,00.shtml
http://chicagotribune.com/news/columnists/kass/
http://cbsnews.com/now/story/0,1597,302393-412,00.shtml
http://www.iwon.com/home/news/news_article/0,11746,146620|politics|07-19-2001::17:19|reuters,00.html
http://www.usatoday.com/news/healthscience/health/2001-07-19-stem-usat.htm
Pesquisador americano vai trabalhar na Inglaterra para poder continuar usado stem cells de embriões (21/07/2001)
USA - em decisão surpreendente o Prof. Roger Pederson da Universidade da Califórnia irá trabalhar em Cambridge, na Inglaterra para continuar as pesquisas com stem cells de origem embrionária; antecipando-se a decisão do governo americano e antevendo a possibilidade de ficar sem verbas para a pesquisa ele decidiu mudar-se para um país onde não haveria restrições para seus estudos; dependendo da decisão americana outros pesquisadores poderão pretender mudar de país. Por que não para o Brasil?
http://www.content-wire.com/biotek/biotech.cfm?ccs=132&cs=492
Pesquisa para obtenção de stem cells de embriões utiliza óvulos e espermatozóides de doadores (14/07/2001)
USA - Em pesquisa polêmica realizada no estado da Virginia e publicada na revista "Fertility e Sterility" stem cells foram obtidas de óvulos e espermatozóides de doadores pagos obtidos para esta finalidade; anteriormente os cientistas vinham utilizando embriões obtidos em clínicas de fertilização e aborto; a possibilidade de fertilização exclusivamente para obtenção de stem cells criará mais uma polêmica para a sua utilização, com implicações médicas, éticas e políticas.
Leia mais sobre a polêmica no link abaixo com a possibilidade de ver a reportagem em vídeo
http://www.msnbc.com/news/600048.asp
USA - Todos os órgão de imprensa americanos estão tomando partido na decisão que Bush deverá tomar sobre o destino para as verbas a serem utilizadas na pesquisa com stem cells (células tronco). O grande debate envolve cientistas, grupos religiosos e um polpuda soma de dinheiro para pesquisa. O grande problema é que dependendo desta decisão pode ocorrer um atraso na pesquisa com stem cells; por outro lado as pesquisas de outro países poderão ser estimuladas. Todo este debate ocorre por que estas células além de obtidas da medula óssea, do cordão umbelical, de gordura encontra-se em grande quantidade em embriões; o problema é que nos Estados Unidos uma grande quantidade de embriões está disponível para pesquisa em clínicas de aborto e de fertilização in-vitro; estes embriões que seriam descartados por pais que desistem da fertilização ou que obtiveram sucesso em outras tentativas são mantidos por algum tempo e depois descartados mas há uma pressão contra de grupos anti-aborto, grupos religiosos, etc. Várias alternativas podem ser tomadas por Bush: a suspensão de verbas para pesquisas com stem cells obtidas de embriões, a manutenção das verbas atuais e a proibição de novas pesquisas ou simplesmente a suspensão das verbas para os projetos em andamento. A esta pressão se juntam grupos de pressão originados de entidades de apoio a doentes que se beneficiariam destas pesquisas como os portadores da Doença de Parkinson, Alzheimer, distrofia muscular, etc. Leia mais nos seguintes artigos:
http://www.nydailynews.com/2001-07-08/News_and_Views/Opinion/a-117571.asp
http://www.chicagotribune.com/news/nationworld/article/0,2669,1-0107080378,FF.html
http://www.latimes.com/news/front/20010708/t000056151.html
http://chicagotribune.com/news/opinion/article/0,2669,SAV-0107080374,FF.html
http://www.latimes.com/news/nation/updates2/lat_stem010708.htm
http://www.wired.com/news/medtech/0,1286,45006,00.html
http://www.iht.com/articles/25292.html
Clonagem com stem cells causa anormalidades em camundongos (08/07/2001)
USA - pesquisa publicada na revista Science há dois dias alerta para o risco do uso das células tronco em clonagem de animais; pesquisas realizadas em camundongos demonstram alterações físicas tardias nos animais clonados tais como aumento de peso.
http://www.msnbc.com/news/596691.asp#BODY
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/07/06/stemcells.cloning.ap/index.html
USA - veja uma apresentação em flash, em inglês, no site da CNN sobre as células tronco embrionárias (stem cells); nos links abaixo as últimas notícias:
http://www.cnn.com/2001/ALLPOLITICS/07/27/stem.cell.congress/index.html
http://www.nationalpost.com/commentary/story.html?f=/stories/20010728/630911.html
http://www.iwon.com/home/news/news_article/0,11746,149214|politics|07-27-2001::18:40|reuters,00.html
Paciente recebe a inoculação no miocárdio de stem cells de sua própria medula óssea. (24/07/2001)
Alemanha - a Universidade de Rostock anunciou que o Dr. Gustav Steinhoff iniciou uma pesquisa para determinar a efetividade e a segurança da inoculação no miocárdio de stem cells obtidos da medula óssea dos próprios pacientes visando a correção de lesão do músculo cardíaco decorrente de infarto; o primeiro de 20 pacientes que serão estudados foi inoculado com stem cells há duas semanas.
http://idw-online.de/public/zeige_pm.html?pmid=37372 (versão em alemão)
http://news.bmn.com/news/story?day=010716&story=1
Cientistas israelenses conseguem produzir células musculares cardíacas em laboratório a partir de stem cells embrionárias (04/08/2001)
Israel - Lior Gepstein e colaboradores conseguiram em laboratório transformar células embrionárias em células musculares cardíacas em todas as suas características, físicas e funcionais. O trabalho estará sendo publicado na revista "The Journal of Clinical Investigation"
http://www.iwon.com/home/news/news_article/0,11746,150489|top|08-01-2001::00:40|reuters,00.html
http://news.independent.co.uk/uk/science/story.jsp?story=86559
http://www.msnbc.com/news/608399.asp
http://www.sciam.com/news/080101/1.ht
Bush libera verbas federais para pesquisas com stem cells embrionárias (10/08/01)
USA - após longa consulta a pesquisadores, políticos e religiosos o presidente americano anunciou pela televisão a sua decisão de liberar verbas federais para a pesquisa com stem cells embrionárias com restrições; só serão patrocinadas pesquisas com embriões que seriam eliminados em clínicas de fertilização ou se o casal doador autorizar o uso do embrião por escrito em pesquisas.
http://www.cnn.com/2001/ALLPOLITICS/08/10/stemcell.decision/index.html (com vídeo completo do discurso)
http://washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A56170-2001Aug9.html
http://onenews.nzoom.com/news_detail/0,1227,52556,00.html
http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/mundo/2001/08/09/131.htm
Decisão de Bush desagrada os dois lados (12/08/2001)
USA - a decisão de Bush em liberar limitadamente as pesquisas com stem cells embrionárias desagradou os que são a favor e contra. As repercussões desta decisão podem ser vistas nos links abaixo:
http://www.msnbc.com/news/610311.asp (com vídeo)
http://www.msnbc.com/news/612806.asp
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A64342-2001Aug11.html
http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=/c/a/2001/08/11/MN67308.DTL
http://cbsnews.com/now/story/0,1597,305957-412,00.shtml (com explicação sobre stem cells)
http://www.msnbc.com/news/612477.asp
Brasil bloqueará pesquisas com stem cells embrionárias (12/08/2001)
Brasil - na reportagem de ontem na Folha de São Paulo, Esper Cavalheiro, presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) esclareceu que não há legislação regulamentando o uso de embriões em pesquisas e quem quiser o fazer será barrado pelo CTNBio; segundo ele, há outras linhas de pesquisa com stem cells adultas, terminando com a frase: "PARA QUE A PRESSA?" . Enviei carta contestando esta opinião à Folha de São Paulo, esperando que outras pessoas possam questionar esta postura, mais retrógrada que a americana.
http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1108200101.htm
Aumenta nos Estados Unidos o estoque de células nos bancos de cordão umbilical (13/08/2001)
USA - Cresce nos Estados Unidos o número de pessoas dispostas a pagar cerca de U$ 1300 para armazenar as células do cordão umbilical que são ricas em stem cells. As células retiradas do cordão umbilical alguns minutos após o nascimento são armazenas em temperaturas muito baixas; o custo de manutenção anual gira em torno de U$45 a U$95. Nos casos de bancos de cordão umbilical particulares a utilização das células só poderá ser feito com a autorização dos pais. Nos banco de cordão públicos o uso pode ser feito para não aparentados. Não há nos Estados Unidos um programa nacional para bancos de cordão públicos e os particulares competem entre si, com marketing agressivo.
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/parenting/08/13/cord.blood.ap/index.html
Stem cells são obtidas na pele (13/08/01)
Canadá - pesquisa realizada na McGill University de Montreal demonstrou que células da pele (SKP) podem se transformar em células neuronais, musculares adipócitos, etc. O estudo será publicado em setembro na revista Nature Cell Biology.
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99991147
http://news.bmn.com/news/story?day=010813&story=3
Debate sobre clonagem humana (13/08/2001)
Brasil - com o anúncio na semana passada de dois pesquisadores que estariam programando experiências para a clonagem humana o debate extrapolou do ambiente acadêmico para a mídia; vejam o debate entre os professores Mayana Zatz e Clodowaldo Pawan no jornal da Lilian que está disponível em texto e vídeo (por tempo limitado)
http://www.terra.com.br/jornaldalilian
Decisão de Bush não acaba com a polêmica; Universidade de Wisconsin detém patente sobre stem cells (18/08/2001)
USA - aprovada pela maioria da população americana em pesquisa de opinião da CNN, a decisão de Bush repercute ainda na imprensa; além da polêmica sobre o número de linhagens de células disponíveis há um outro desafio a vencer: a Universidade de Wisconsin detém a patente sobre as células tronco e a cedeu a uma companhia de Biotecnologia (a Geron Corp); negociações deverão ser realizadas nas próximas semanas; leia as últimas reportagens:
http://www.uventures.com/servlets/UVTechNews/3063
http://www.pioneerplanet.com/news/nat_docs/113269.htm
http://www.msnbc.com/news/615709.asp?0si=-
http://washingtonpost.com/wp-dyn/health/A26831-2001Aug17.html
http://washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A26831-2001Aug17.html
http://www.siliconvalley.com/docs/news/svfront/011174.htm
http://www.iht.com/articles/29765.html
http://www.dailynewslosangeles.com/business/articles/0801/11/biz03.asp
http://www.latimes.com/news/science/la-000065055aug11.story?coll=la%2Dnews%2Dscience
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A61361-2001Aug10.html
http://www.pioneerplanet.com/news/nat_docs/107728.htm
Stem cells pluripotentes são isoladas no cérebro de ratos adultos (18/08/2001)
USA - na revista Nature desta semana há descrição do achado e purificação de células pluripotentes no cérebro de ratos, aumentando a perspectiva de utilização das mesmas em doenças neurológicas.
http://www.nature.com/nature/links/010816/010816-1.html
Stem cells: tema principal da revista Time (18/08/2001)
USA - revista com data de capa de 20/08/2001 dá destaque especial as pesquisas e polêmicas sobre as células tronco.
Revista Época: familiares de portadores de distrofia muscular financiam no Brasil investigações com células tronco (18/08/2001)
Brasil - reportagem de quatro páginas da revista Época mostra o esforço de pais e de portadores de distrofia muscular na construção de um Centro de Terapia Gênica em Ribeirão Preto. É dada enfase a reportagem ao papel nas famílias na busca do melhor tratamento e o mais rápido possível. É traçado um perfil de Edna Pupin, presidente da AADM (Associação dos Amigos dos Portadores de Distrofia Muscular de Ribeirão Preto) que junto com o grupo de pais de São Paulo está promovendo a construção do centro. O Dr. Sérgio Dani dá detalhes da pesquisa e há depoimentos de portadores de outras doenças (Parkinson e diabetes mellitus) que podem se beneficiar das pesquisas com stem cells. A polêmica quanto a liberação de pesquisas com stem cells embrionárias também é abordada na reportagem.
Relatado o sucesso do uso de stem cells em portador de doença cardíaca. (25/08/2001)
Berlim - a notícia divulgada abaixo (24/07/2001) sobre o uso de stem cells em um portador de doença muscular cardíaca ganha as manchetes da imprensa com o informe que os resultados até o momento demonstram uma significativa melhora na função cardíaca.
http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/L24332703
http://www.nandotimes.com/healthscience/story/67438p-960501c.html
Sai a relação das companhias e laboratórios que poderão receber ajuda federal americana (27/08/2001)
USA - O NIH ( Instituto Nacional de Saúde americano) divulgou o nome de 10 empresas empresas ou laboratórios que desenvolveram colônias de stem cells (64 linhas no total) e estão aptos a receber verbas de pesquisa do governo americano. São eles:
BresaGen Inc., Athens, Ga.
CyThera Inc., San Diego
Goteborg University, Goteborg, Sweden
Karolinska Institute, Stockholm, Sweden
Monash University, Australia
National Center for Biological Sciences, Bangalore, India
Reliance Life Sciences, Mumbai, India
Technion-Israel Institute of Technology, Haifa, Israel
University of California, San Francisco
Wisconsin Alumni Research Foundation, Madison, Wis.
http://cbsnews.com/now/story/0,1597,308262-412,00.shtml
http://abcnews.go.com/sections/scitech/DailyNews/celllinesrevealed010827.html
http://www.msnbc.com/news/620033.asp
Investidor protesta contra a decisão de Bush sobre stem cells (01/09/2001)
USA - Jim Clark, fundador da Netscape, anunciou a decisão de suspender a verba de U$ 60 milhôes para a Universidade de Stanford, em protesto contra a decisão de Bush em limitar o uso de stem cells.
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1520000/1520448.stm
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/health/A26281-2001Aug31.html
http://www.latimes.com/news/nationworld/wire/la-083101grant.story?coll=la%2Dap%2Dtopnews%2Dheadlines
http://www.msnbc.com/news/622384.asp?0si=-#BODY
http://www.latimes.com/business/la-000070665sep01.story?coll=la%2Dheadlines%2Dbusiness
Cientistas fazem células sanguíneas a partir de stem cells embrionárias (3/9/2001)
USA - pesquisa da Universidade de Wisconsin (um dos centros de pesquisa com linhagem de células embrionárias) expôs stem cells embrionárias a fatores de crescimento; estas células se transformaram em células sanguíneas. Esta pesquisa que está sendo publicada na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" abre um campo vasto para uso de stem cells em doenças hematológicas e pode significar, no futuro, uma redução da necessidade de doações sanguíneas.
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/09/03/stem.cells/index.html
Pesquisador reitera a possibilidade de obtenção de stem cells de gordura retirada em lipoaspiração (13/10/01)
Phoenix (USA) - esta informação foi veiculada ontem por por Jeffrey Gimble no Encontro da Sociedade Americana de Ossos e Pesquisa Mineral. A sua empresa a Artecel Sciences, sediada na Carolina do Norte recebeu verba da NIH (Instituto Nacional de Saúde americano) para pesquisa com stem cells obtidas da gordura ( http://triangle.bcentral.com/triangle/stories/2001/07/23/daily11.html); considerada como material a ser descartado esta gordura é processada por enzimas para a separação das células maduras das células tronco que podem ser utilizadas para a formação de ossos, células sanguíneas, etc.
http://www.azcentral.com/news/reuters/stories/SCIENCE-HEALTH-STEMCELLS-FAT-DC.shtml
Oxigênio é tóxico para stem cells (células tronco) (10/11/01)
USA - estudo realizado na Universidade de Michigan observou que o oxigênio pode destruir as stem cells, retardar seu crescimento ou alterar seu desenvolvimento transformando stem cells precursoras de células musculares em tecido adiposo. As células mais primitivas são mais sensíveis ao oxigênio.
http://www.cosmiverse.com/science11080105.html
http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/abstract/85511764/START
INÉDITO Veja alguns resumos que serão apresentado no 410 Encontro Anual da Sociedade Americana de Biologia Celular (17/11/01)
USA - de 8 a 12 de dezembro de 2001 realizar-se-á em Washington está reunião de especialistas em pesquisa experimental. Alguns trabalhos envolvem pesquisas com stem cells, distrofia muscular, etc. Com 20 dias de antecedência disponibilizamos 22 resumos do Congresso (em inglês).
Realizada a primeira clonagem humana com finalidade terapêutica (25/11/01)
USA - Pesquisadores da Advanced Cell Technology, Inc anunciaram hoje que realizaram a primeira clonagem humana; o objetivo da experiência pioneira, segundo a empresa, é utilizar o embrião na obtenção de células-mães para o tratamento de doenças, como diabetes e Aids. O vice-presidente da empresa Joe Cibelli, afirmou que sua equipe usou a tecnologia de clonagem tradicional, lançando mão de um óvulo fecundado e de uma célula de pele humana. Foi retirado do DNA da célula do óvulo e substituído pelo DNA do núcleo da célula adulta. O óvulo começou a crescer como se tivesse sido fertilizado por esperma, mas, em vez de se tornar um bebê, transformou-se num conjunto, de células. Nesta etapa da experiência, outro aspecto capaz de inflamar a discussão: o óvulo dá origem a um embrião sem a participação do espermatozóide. Essa mesma tecnologia já foi usada para clonar ovelhas e macacos. A pesquisa que será publicada no revista Journal of Regenerative Medicine já está causando muita polêmica, com reações muito desfavoráveis. O governo americano não pode, por força de lei, fornecer verbas para a realização de pesquisas semelhantes mas como a empresa recebe fundos privados nenhuma restrição pode ser aplicada. Veja como foi feita a clonagem
http://www.advancedcell.com/pr_11-25-2001.html
http://www.cnn.com/2001/TECH/science/11/25/human.embryo.clone/index.html
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1675000/1675602.stm
http://www.msnbc.com/news/662735.asp (com vídeo)
http://www.nandotimes.com/healthscience/story/179853p-1733545c.html
http://www.thetimes.co.uk/article/0,,2-2001544965,00.html
http://news1.iwon.com/article/id/139604|top|11-26-2001::00:09|reuters.html
Repercussões na imprensa sobre a primeira clonagem humana (1/12/01)
Na imprensa internacional, diariamente, tem saído notícias sobre a pesquisa realizada pela empresa Advanced Cell Technology. Há uma forte reação pela maneira como a empresa conduziu a divulgação da pesquisa, provavelmente interessada na patente do experimento. Religiosos e alguns políticos se posicionaram contra mas haverá um forte "lobby" por parte dos portadores de doenças crônicas e doenças genéticas em favor da clonagem terapêutica.
http://cbsnews.com/now/story/0,1597,318994-412,00.shtml
http://www.usatoday.com/news/nation/2001/11/26/embryo.htm
http://www.ananova.com/news/story/sm_458536.html
http://www.cnn.com/TRANSCRIPTS/0111/26/lad.04.html
http://news1.iwon.com/article/id/189083|top|11-26-2001::12:40|reuters.html
http://www.ananova.com/news/story/sm_458626.html?menu=news.latestheadlines
http://news1.iwon.com/article/id/189127|top|11-26-2001::18:10|reuters.html
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/11/26/human.cloning/index.html
http://www.usatoday.com/news/nation/2001/11/26/embryo.htm
http://www.siliconvalley.com/docs/news/svfront/017501.htm
http://www.dallasnews.com/science/STORY.ea66f86855.b0.af.0.a4.ba04c.html
http://www.ireland.com/newspaper/ireland/2001/1127/hom1.htm
http://www.csmonitor.com/2001/1127/p10s1-comv.html
http://chicagotribune.com/news/opinion/chi-0111270024nov27.story?coll=chi%2Dnewsopinion%2Dhed
http://www.nature.com/nsu/011129/011129-9.html
Parlamento europeu rejeita a proibição da clonagem terapêutica (1/12/01)
Com 316 votos a favor e 37 contra o parlamento europeu rejeitou uma moção que solicitava a proibição de clonagem terapêutica nos países pertencentes a União Européia.
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1682000/1682591.stm
IMPORTANTE - Entidades brasileiras, pais e portadores de distrofia muscular e atrofia espinhal se posicionam a favor da clonagem terapêutica (1/12/01)
São Paulo - a partir da informação de que um deputado federal, Lamartine Posella, tinha um projeto de lei que proibia qualquer manipulação genética mesmo com finalidade terapêutica, entidades e portadores de distrofia e atrofia espinhal procuraram e foram procurados por jornalistas para se posicionar sobre o tema; uma grande corrente está se formando com a participação de todos com o firme propósito de impedir a votação da lei como está e promover modificações para torná-la moderna e abrir caminho para pesquisas genéticas com a finalidade terapêutica. Contamos com a participação de todos, divulgando em sua cidade ou estado os benefícios das pesquisas com células tronco embrionárias que possibilitarão avanços no tratamento de várias doenças crônica e genéticas. É importante que a maioria da população entende os benefícios desta pesquisa e não receba informações preconceituosas de políticos e religiosos.
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/11/29/ger029.html
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/12/02/ger010.html
Células tronco podem se tornar células do sistema nervoso (8/12/01)
USA - pesquisa realizada concomitantemente na University of Wisconsin-Madison e da University of Bonn Medical demonstrou em camundongos que stem cells (células tronco) embrionárias puderam ser direcionadas para se desenvolver como células do sistema nervoso (neurônios e astrócitos). Esta pesquisa abre caminho para aperfeiçoamento desta técnica para ser usada em doenças da medula espinhal e da doença de Parkinson.
http://unisci.com/stories/20014/1203011.htm
http://www.msnbc.com/news/665453.asp?0si=-
Debate sobre clonagem no mundo (8/12/01)
Após o anúncio da clonagem terapêutica realizada nos EUA, partidários a favor tem tomado posição para tentar impedir leis que proibam o estudo deste procedimento que pode ajudar no tratamento de inúmeras doenças genéticas e crônicas. No mundo este debate tem sido maior. Seguem os links sobre o debate em outros países com a Alemanha, Suécia, etc. (dica de Alexandra Prufer de Q.C. Araújo, professora de Neuropediatria da UFRJ).
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/12/12.05/20011204plcy003.html
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/12/12.05/20011204legi001.html
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/11/11.16/20011115legl002.html
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/12/12.04/20011203legi001.html
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/11/11.28/20011127legi004.html
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/11/11.30/20011129plcy001.html
http://www.medscape.com/reuters/prof/2001/11/11.30/20011129plcy002.html
IMPORTANTE - Pesquisa combina stem cells e terapia gênica na distrofia muscular de Duchenne experimental (10/12/2001)
USA - Importante pesquisa patrocinada pela MDA foi anunciada hoje numa conferência de Johnny Huard na 41a Reunião Anual da Sociedade Americana de Biologia Celular em Washington; pela primeira vez usou se a combinação de células tronco e terapia gênica para corrigir parcialmente as alterações musculares de camundongos portadores de uma forma de distrofia muscular de Duchenne. Em uma série de experimentos Huard e colaboradores da Universidade de Pittsburgh isolaram stem cells de músculos de camundongos portadores de distrofia, as cultivaram e as corrigiram em laboratório com a introdução do gene da distrofina; as stem cells foram introduzidas nos camundongos que passaram a ter células musculares com distrofina-positiva.
Segundo Sharon Hesterlee, diretor da MDA, uma forma de terapia semelhante pode ser usada em seres humanos, minimizando os problemas de rejeição.
Neste experimento as células tronco utilizadas tinham alta capacidade de regenerar as células musculares lesadas. Após isoladas as stem cells foram infectadas por um virus carregando uma minidistrofina, uma versão miniaturizada da distrofina desenvolvida por Xiao Xiao da mesma Universidade ( notícia já descrita anteriormente neste site), e que em outros estudos já demonstrou a capacidade de regenerar as células musculares da mesma forma que a versão integral da distrofina.
Em um estudo eles injetaram as células tronco por via venosa nos camundongos que tiveram sua medula óssea destruida. Estas células regereraram a medula óssea e algumas delas se dispersaram nos músculos e órgãos. Em outro estudo eles transplantaram as células tronco diretamente no músculo.
Infelizmente nos dois modelos estudados ele não conseguiu gerar fibras suficientes com distrofina positiva para produzir efeitos terapêuticos. No entanto o pesquisador se mostra otimista com a possibilidade de melhorar o procedimento e esta consultando o FDA sobre a possibilidade de realizar estudos clínicos em portadores de distrofia muscular de Duchenne. A pesquisa foi considerada muito importante e promissora, demosntrando um importante caminho para a cura da doença.
http://www.mdausa.org/news/011210stemcellDMD.html
Terapia gênica obtem sucesso na cura da anemia falciforme em camundongos (15/12/01)
USA - pesquisa publica na revista Science (14/12/2001) utilizou a terapia gência para corrigir uma forma experimental de anemia falciforme de camundongos; a correção genética foi realizada em células obtidas de amostras da medula óssea dos animais; foram utilizados retrovírus para levar a proteína deficiente; as células corrigidas foram inoculadas em camundongos doentes que tiveram sua medula óssea irradiada; a expressão do gene continou por pelo menos 10 meses em todos os camundongos em mais de 99% dos glóbulos vermelhos circulantes; mais de 52% da hemoglobina incorporou esta proteína, evitando alguns dos agravos que este tipo de anemia desencadeia.
http://www.sciencedaily.com/releases/2001/12/011214081241.htm
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99991690
http://www.cnn.com/2001/HEALTH/conditions/12/14/sickle.cell.therapy.reut/index.html
Possibilidades terapêuticas da distrofia muscular: a esperança versus a propaganda excessiva (22/12/2001)
Londres - No editorial de fevereiro de 2002 da revista Neuromuscular Disorders o neuropediatra Victor Dubowitz faz uma análise crítica das possiblidades de terapia da distrofia muscular destacando os aspectos polêmicos da divulgação destas pesquisas. Há um relato histórico de tentativas que não deram certo como o transplante de mioblastos e há uma forte crítica aos cientistas responsáveis pelas pesquisas atuais com forte ênfase aos prejuízos proporcionados pela divulgação pela mídia de resultados experimentais ainda incipientes. Ele relaciona vários artigos que falam em cura da doença e que apenas mostram que é possível corrigir o defeito genético sem que haja provas de viabilidade de uso em humanos e de poder propiciar melhora clínica. No artigo ele propõe uma série de normas para que as pesquisas seja devidamente explicadas aos portadores e familiares sem falsas expectativas. Na maior parte das vezes é o que tentamos fazer ao ler os artigos que colocamos nas últimas notícias (como o aviso que consta no cabeçalho de últimas notícias acima).
Brasileiro recebe implante de células tronco no coração (30/12/2001)
Rio de Janeiro - conforme notícia da revista Época (n. 189, pg. 71) no dia 16/12/2001 um brasileiro portador de doença coronariana recebeu no Hospital Pró-Cardíaco um implante de células tronco retiradas de sua medula óssea e implantadas por cateter em seu miocárdio. A finalidade é produzir células miocárdicas ou artérias em áreas de seu músculo cardíaco que não recebem adequada irrigação sanguínea. A pesquisa descrita como inédita no mundo repete o estudo experimental que está sendo realizado na Alemanha (descrito no site em 25/08/2001).
Bahia vai usar células-tronco para tratar Chagas (1/1/2002)
Bahia (Brasil) - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia realizará o implante de células tronco experimentalmente em 20 portadores da Doença de Chagas. Em estudos em ratos este método conseguiu controlar a inflamação e fibrose provocados pelo parasita da doença. As células tronco serão retiradas da medula óssea do próprio paciente.
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2002/jan/01/98.htm
Pesquisa experimental mostra o benefício do uso de células tronco na musculatura cardíaca (5/1/2002)
USA - pesquisa realizada no Beith Israel Deaconess Medical Center demonstrou os benefícios do uso de stem cells em animais com insuficiência cardíaca em decorrência de infarto do miocárdio. Os ratos foram analisados 6 semanas após receber células tronco na área do coração doente; as células sobreviveram nesta área do coração e reduziram o tamanho da área lesada além de melhor o desempenho funcional do coração.
Banco público de cordão umbilical para pesquisas em distrofia muscular (5/1/2002) (dica de Denise Amanajás)
São Paulo - artigo do Jornal da Tarde de 23/01/2001 fala da iniciativa de entidades como o Hospital Israelita Albert Einstein e do Centro do Genoma Humano em criar um banco público de cordão (SP Cord). As células tronco obtidas destes cordões serão utlizadas para tratamento de doenças como as hematológicas (leucemias, aplasia de medula) e na pesquisa de um tratamento definitivo da distrofia muscular.
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/12/23/ger012.html
Células tronco podem atuar na regeneração cardíaca de pacientes transplantados (5/1/2002)
USA - este interessante estudo foi realizado em pacientes masculinos que receberam transplante cardíaco em que a doadora era do sexo feminino; nesta situação a presença de células no coração com o cromossomo Y deveria indicar a possibilidade de células indiferenciadas do receptor terem migrado para o coração transplantado (que só deveria ter cromossomo X). Os resultados demonstraram alta incidência de células primitivas tanto no coração transplantado como em controles (cerca de 12 a 16% de algumas amostras obtidas continham cromossomo Y). Estes resultados deverão ser completados com outros para demonstrar o real papel das células primitivas na tentativa de regeneração de um coração doente e renovar a necessidade de pesquisas com células tronco no tratamento de doenças crônicas e degenerativas.
Células tronco poderão ser utilizadas para a cura de lesões de joelho (12/01/2002)
Rio de Janeiro (Brasil) - pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão utilizando células tronco para tentar regenerar as alterações da cartilagem dos joelhos. As células tronco foram obtidas da própria cartilagem do joelho, cultivadas e reinjetadas após três semanas. O procedimento já foi realizado em dois pacientes ainda sem resultado analisado. Além de regenerar a cartilagem esperá-se que o procedimento possa restabelecer a mobilidade do joelho.
http://www.fisioterapia.com.br/scripts/noticias/lernoticia.asp?id=91
Stem cells conseguem reduzir os sintomas da Doença de Parkinson em ratos (12/01/2002)
USA - pesquisa da Harvard Medical Institute e Mc Lean Hospital publicada em "Proceedings Of the National Academy of Sciences" desta semana demonstrou resultados positivos com o uso de stem cells na doença de Parkinson experimental de ratos. As células tronco embrionárias foram injetadas no sistema nervoso e após 9 semanas se transformaram em neurônios e produziram dopamina, essencial para o tratamento da doença. Neste trabalho um inconveniente bastante importante foi identificado: 5 dos 19 animais estudados desenvolveram tumores.
http://news.bbc.co.uk/hi/english/health/newsid_1748000/1748928.stm
http://www.usatoday.com/news/healthscience/health/2002-01-07-parkinsons.htm
Novas notícias sobre as células tronco (19/01/2002)
USA e BRASIL- novas notícias falam da disposição de entidades, cientistas e políticos americanos em permitir o uso de células tronco com finalidade terapêutica e a proibição da clonagem reprodutiva. Aqui no Brasil há uma notícia sobre as células tronco: seu uso em cirurgias ortopédicas para substituição de cimentos sintéticos.
http://www.latimes.com/news/nationworld/nation/la-000004893jan19.story?coll=la%2Dheadlines%2Dnation
http://www.dispatch.co.za/2002/01/19/foreign/USCLONE.HTM
http://www.usatoday.com/news/healthscience/science/2002-01-18-cloning.htm
http://www.cnn.com/2002/HEALTH/01/18/academies.cloning/index.html
http://www.fisioterapia.com.br/scripts/noticias/lernoticia.asp?id=98
Células multipotentes encontradas na medula óssea (25/01/2002)
Minnesota (USA) - pesquisa da Dra. Catherine Verfaillie da "University of Minnesota" encontrou na medula óssea células denominadas de MAPCs (sigla em inglês de células progenitoras adultas multipotetentes) que demonstraram ter o mesmo potencial das stem células embrionárias. Se estes estudos forem confirmados por outros pesquisadores será uma nova fonte de células multipotentes o que diminuiria a polêmica com as pesquisas em terapia gênica.
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99991826
http://www.thetimes.co.uk/article/0,,2-2002039077,00.html
http://news.bbc.co.uk/hi/english/health/newsid_1778000/1778391.stm
Sucesso no uso de stem cells na imudeficiência severa combinada (02/02/02)
USA - o uso de células tronco nos primeiros 28 dias de vida promove cura de 95% dos portadores de imunodeficiência severa combinada segundo pesquisa da Duke University.
http://www.latimes.com/news/science/la-000007020jan28.story?coll=la%2Dnews%2Dscience
http://www.bloodjournal.org/cgi/content/abstract/99/3/87
Células indiferenciadas podem se transformar em neurônios produtores de dopamina (02/02/02)
USA - pesquisadores americanos e japoneses conseguiram transformar células indiferenciadas em neurônios produtores de dopamina, que pode ser útil no tratamento da doença de Parkinson.
http://abcnews.go.com/sections/scitech/DailyNews/monkeycells020129.html
http://www.pnas.org/cgi/content/abstract/032662199v1
http://www.japantoday.com/e/?content=news&cat=4&id=193980
Células tronco podem se transformar em "rins funcionantes" (02/02/02)
USA - reforçando o potencial das células tronco a empresa Advanced Cell Technology, que em novembro anunciou a primeira clonagem de embrião humano, anunciou que em uma pesquisa as células tronco de vacas foram transformadas em um "mini rim"; estas células renais produziram urina.
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99991855
http://www.cnn.com/2002/HEALTH/01/31/cloned.kidney.ap/index.html
Stem cells foram obtidas a partir de um óvulo não fecundado (02/02/02)
USA - pesquisa da Wake Forest University School of Medicine (Carolina do Norte) e Advanced Cell Technology (a empresa responsável pela clonagem do primeiro embrião humano) obteve stem cells a partir de um óvulo não fecundado num processo denominado partenogênese. A pesquisa foi realizada em macacos e foi publicada na revista Science.
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99991871
http://www.siliconvalley.com/docs/news/svfront/071327.htm
http://www.dallasnews.com/health/stories/stemcell_01nat.ART0.Zone1.Edition1.a2e9e.html
Parlamento alemão aprova a importação de células tronco (02/02/02)
Berlim - após intenso debate o parlamento alemão liberou com restrições a importação de células tronco para uso terapêutico. A manipulação de embriões era previamente proibida na Alemanha e havia muito receio no país pela lembrança dos aos horrores praticados pelo nazismo. Laboratórios de pesquisa pretendiam se mudar para outros países caso a lei não fosse aprovada.
http://dw-world.de/english/0,3367,1448_A_422761_1_A,00.html
http://www.nandotimes.com/healthscience/story/233222p-2240344c.html
http://news.bbc.co.uk/hi/english/world/europe/newsid_1791000/1791365.stm
Células musculares cardíacas obtidas a partir de stem cells da medula óssea expressam receptores adrenérgicos e muscarínicos (03/02/02)
Japão - uma preocupação das pesquisas com células tronco é que elas se transformem em células adultas com as mesmas características funncionais das células em que se transformaram. Nesta pesquisa in vitro as células tronco tratadas com 5-azacitidina se transformaram em células musculares cardíacas (cardiomiócitos). O estudo revelou que após a transformação em células musculares elas passaram a expressar receptores característicos do músculo cardíaco (beta 1 e 2, muscarínico 1 e 2). Este estudo é importante por mostrar que as células transformadas serão funcionalmente eficazes.
http://circ.ahajournals.org/cgi/content/abstract/105/3/380
Inglaterrra – este grupo de pesquisadores já havia demonstrado que fibroblastos retirados da derme e injetados em músculos em um modelo experimental em ratos de distrofia muscular não só participavam da formação de novas miofibras como expressavam a proteína distrofina. E que um fator presente no meio de cultura favoreceria a transformação; este fator foi descrito como sendo a galectina 1. No presente trabalho eles confirmam a presença de galectina-1 no meio usado para conversão. A exposição a galectina-1 in vitro resulta em 100% de conversão dos fibroblastos. Em um outro trabalho do grupo eles consideram a galectina 1 como uma arma importante para ser utilizada em experimentos de terapia gênica da distrofia muscular. Para saber mais sobre a galectina 1 clique aqui.
Inglaterra libera o uso de células tronco com finalidade terapêutica (28/02/02)
Londres - a Câmara dos Lordes aprovou o uso de células tronco com finalidade terapêutica sob controle rigoroso. Cristopher Reeve, "o super-homem do cinema" , que luta pela liberação das pesquisas com células tronco para que ele possa se tratar de uma tetraplegia em decorrência de uma queda de cavalo tem contribuído para divulgação desta causa.
http://news.bbc.co.uk/hi/english/health/newsid_1838000/1838218.stm
http://www.cbsnews.com/stories/2002/02/27/world/main502380.shtml
http://www.channel4.com/news/home/20020227/Story03.htm
http://www.wired.com/news/technology/0,1282,50721,00.html
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99991975
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1843000/1843368.stm
USA - Nos dia 8 e 9 de março na sede da MDA-USA, em Tucson - Arizona, realizar-se-á um encontro de especialistas para debater o uso de stem cells na distrofia muscular. O encontro de cerca de 30 cientistas será comandado por Donald Wood, Diretor de Ciência e Tecnologia da MDA e Louis Kunkel do Hospital Infantil de Boston. Kunkel além de ter descoberto o gene defeituoso da distrofia muscular de Duchenne recentemente descreveu a capacidade das células da medula óssea em corrigir parcialmente as alterações musculares da distrofia. As principais dúvidas serão debatidas pelos especialistas e espera-se com esta troca de informações que os estudos clínicos possam ser aprimorados e quem sabe antecipados. Os resultados serão divulgados imediatamente.
China - pesquisadores chineses anunciaram que obtiveram uma dúzia de embriões que serão utilizados para pesquisas com células tronco, exclusivamente com finalidade terapêutica.
As pesquisas com células tronco por Johnny Huard (07/03/02)
USA - na edição de fevereiro de 2002 da revista Quest há uma extensa reportagem sobre as pesquisas de Johnny Huard com terapia gênica na distrofia muscular. A seguir você lerá um resumo do artigo e verá um esquema traduzido sobre as possibilidades de uso das células tronco. ATENÇÃO: não é nossa intenção infringir direitos autorais de ninguém mas a tradução as vezes é necessária pela dificuldade de muitos pais em entender os artigos em inglês, especialmente com termos técnicos. Johnny Huard está pesquisando tratamentos para a distrofia muscular há 12 anos. No início ele fez experimentos com transplante de mioblastos que demonstraram nenhum efeito. Na década de 1990 as pesquisas se voltaram para as células tronco e na procura de substâncias que pudessem identificá-las e separá-las de outras células. Huard e outros cientistas tentaram identificar as células tronco em diversos tipos de tecidos. Usando seus conhecimentos antigos e as novas pesquisas ele identificou stem cells nos músculos com capacidade de regenerar o tecido muscular. Mioblastos tinham a capacidade de regenerar músculos em camundongos mas eram ineficáveis no homem. Voltando ao laboratório os cientistas descobriram que muitos mioblastos ficavam dormentes, outros eram destruídos pelo sistema imune e outros não produziam a distrofina. Através de muitos testes Huard conseguiu separar dos mioblastos uma porção de células com alto potencial miogênico (regenerar músculos). Através dos estudos dos marcadores de células tronco estas células foram identificadas como stem cell. Huard que atualmente trabalha no Hospital Infantil de Pittsburgh não foi o primeiro a identificar stem cells no músculo mas foi o primeiro a injetá-las nos músculos. Em suas pesquisas ele observou que as stem cells dos músculos podem continuar a produzir células muscular após seu transplante, que não apresentam algumas características de células adultas que poderiam levar a rejeição das mesmas pelo sistema imune e que produzem não somente fibras musculares mas também outras células que podem contribuir para a regeneração muscular (o que poderia ser benéfico em, fases mais avançadas da doença). Os esquemas propostos para o uso de células tronco estão aqui. Muitos cientistas temem que o uso de células alogênicas possa ocasionar reações imunes. Em sua mais recente pesquisa (já divulgada no site) e que será publicada em breve ele utilizou células tronco retiradas do músculo de camundongos portadores de distrofia, corrigiu em laboratório e as reinfundiu no músculo. Os resultados mostraram que algumas células passaram a produzir distrofina mas não houve recuperação funcional do músculo. Os transplantes alogênicos tem conseguido resultado na expressão da distrofina em 25% das fibras o que pode resultar em melhora funcional. A próxima etapa é realizar as pesquisas em grandes animais, observar se haverá risco de desenvolvimento de tumores, e se no ser humano o resultado será semelhante ao do experimento animal. Apesar de achar que há necessidade de aprimoramento da técnica para usar em humanos ele fez uma consulta ao FDA (Food and Drugs Administration) como preparação para os testes em pacientes com distrofia muscular de Duchenne.
Hepatócitos e células epiteliais são formados a partir de stem cells injetados no sangue periférico (09/03/02)
USA - Este trabalho reforça a potencialidade das células tronco. Amostras de fígado, pele e trato gastrointestinas foram obtidas de 12 pacientes que receberam transplante de stem cells hematopoieticas ou da medula óssea. Seis mulheres receberam transplante de homens, 5 receberam transplante do mesmo sexo e um transplante autólogo. Todas as mulheres que receberam transplantes de pessoas do sexo masculino apresentavam células do doador na pele e fígado. As células foram detectadas em intervalos que variaram de 13 a 354 dias.
USA - divulgado hoje o relatório do primeiro dia do Encontro de Especialistas, mais de 30, reunidos em Tucson, Arizona. Os trabalhos tem descrito que células da médula óssea podem migrar para o músculo. Muitos investigadores relataram ter isolado tipos particulares de células da medula óssea e pelo menos um tipo de célula no músculo que aparenta ser stem cell. Em todos os estudos as células tronco que penetram no músculo é pequena necessitando algum estímulo químico ou irradiação. Os cientistas debateram a tarde outros usos do transplante de médula óssea e os resultados deste tratamento. No final do primeiro dia, o consenso dos especialistas é que mais estudos devem ser feitos para entender as bases biológicas da transformação de células tronco em músculos e outras questões sobre o transplante de medula óssea; este procedimento tem um risco considerável e até o momento um benefício questionável. Dentre as questões a serem exploradas estão:
Quais os tipos de células da medula óssea devem ser isoladas antes do transplante?
Como podem estas células serem positivamente identificadas?
Quais os sinais que causam a atração das stem cells pelo músculo e como podem ser estes sinais ampliados?
Será necessário ou não realizar imunossupressão ou destruição da medula óssea em portadores de distrofia antes do transplante de medula óssea?
Em que ponto da evolução da doença a realização do transplante da medula óssea trará mais benefícios do que riscos?
USA - terminou de maneira frustante o encontro de Especialistas para debater as dificuldades e os nós que retardam as pesquisas em terapia gênica; no sábado os participantes divulgaram um curta relação de coisas que devem ser feitas para que as células tronco possam ser utilizadas em estudos clínicos. Os estudos realizados em animais demonstraram que uma pequena quantidade de células musculares passa a expressar a distrofina após transplantes de células tronco. Perante os resultados experimentais considerados inexpressivos os benefícios do transplante de medula óssea são completamente desconhecidos disse William Tse do Dana Farber Cancer Institute de Boston no início da sessão de sábado. Segundo Louis Kunker, descobridor do gene da distrofina e o primeiro a realizar transplantes de medula óssea em animais de experimentação no início dos anos 90, o uso de células da medula óssea tem potencial de causar mais malefícios do que resultados positivos. No final da reunião a maioria dos pesquisadores foram concordantes que o transplante de células tronco precisa mostrar resultados positivos em animais antes de ser utilizado experimentalmente em seres humanos.
As medidas propostas pelo grupo foram:
a) colaborar na descoberta dos sinais que aumentem a transformação de células tronco em músculos;
b) criar um protocolo para realizar biópsias musculares em pessoas que receberam transplante de medula óssea por outras doenças hematológicas ou imunes (para tentar descobrir fatores que possam ter favorecido a transformação em células musculares);
c) fornecer ferramentas e animais que possibilitem pesquisas em distrofia muscular;
d) estabelecer um banco de dados computadorizado com informações sobre os defeitos genéticos que originam distrofia muscular no homem e animais;
e) investigar o uso do transplante de medula óssea em outras formas de distrofia muscular como a tipo cinturas e congênita.
USA - Em uma decisão moderna duas entidades religiosas judaicas se pronunciam a favor das pesquisas que utilizam células embrionárias com finalidade terapêutica, condenando também a clonagem reprodutiva. Esperemos que outras religiões tenham posição positiva semelhante.
São Paulo - a revista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que a partir do número atual (73) tem circulação aberta tem um suplemento sobre a clonagem, abordando aspectos positivos da clonagem terapêutica e os inconvenientes da clonagem reprodutiva. Os Profs Drs. Marco Antônio Zago e Mayana Zatz colaboram neste suplemento.
MDA do Canadá financiará pesquisas com células tronco (30/03/02)
Canadá - em 4 de março de 2002 o Instituto Canadense de Pesquisas em Saúde (CIHR), entidade ligada ao governo canadense, estabeleceu normas para estimular as pesquisas com stem cells embrionárias e proibir a clonagem terapêutica. Entidades como a MDA do Canadá entre outras entidades irá apoiar e patrocinar pesquisas finaciadas pelo Instituto.
http://www.mdac.ca/english/index.htm
http://www.cihr.ca/about_cihr/ethics/stem_cell/stem_cell_recommendations_e.shtml
http://www.cihr.ca/about_cihr/ethics/stem_cell/stem_cell_guidelines_e.shtml
Rio de Janeiro - pesquisadores do Hospital Pró-Cardíaco, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Texas Heart Institute apresentaram os resultados dos quatro primeiros pacientes que receberam injeção de células tronco no miocárdio retiradas da medula óssea. Os pacientes escolhidos apresentam isquemia miocárdica, após múltiplos infartos, com função cardíaca muito prejudicada a ponto de necessitar de transplante cardíaco. Segundo Hans Dohmann, coordenador da pesquisa, os parâmetros avaliados são o fluxo de sangue no músculo cardíaco, a força de contração e o volume do coração. Dois pacientes apresentaram melhora de 100%, um não apresentou melhora e um quarto paciente faleceu. Nesta semana foi realizado o procedimento em mais 6 pacientes.
MDA do Canadá financiará pesquisas com células tronco (30/03/02)
Canadá - em 4 de março de 2002 o Instituto Canadense de Pesquisas em Saúde (CIHR), entidade ligada ao governo canadense, estabeleceu normas para estimular as pesquisas com stem cells embrionárias e proibir a clonagem terapêutica. Entidades como a MDA do Canadá entre outras entidades irá apoiar e patrocinar pesquisas finaciadas pelo Instituto.
http://www.mdac.ca/english/index.htm
http://www.cihr.ca/about_cihr/ethics/stem_cell/stem_cell_recommendations_e.shtml
http://www.cihr.ca/about_cihr/ethics/stem_cell/stem_cell_guidelines_e.shtml
Alemanha - neste estudo 2 cães com distrofia muscular que foram submetidos a retirada das células de um marca-passo natural do coração receberam células musculares cardíacas fetais, injetadas na parede do músculo cardíaco; o resultado mostrou que estas células fetais se diferenciaram nas células do marca-passo e passaram a exercer a sua função.
USA - Já tinhamos divulgado no site por duas vezes notícias da obtenção de stem cells da gordura retirada por lipoaspiração. Esta semana foi divulgada a formação de uma empresa a StemSource que planeja armazenar células tronco retiradas da gordura que é obtida na lipoaspiração, procedimento realizado para retirar gorduras do subcutâneo, geralmente por estética. As células retiradas já demonstraram potencial para se desenvolver em outras células como as musculares. Há na notícia entrevista com outros pesquisadores que fazem restrição ao procedimento.
IMPORTANTE: Identificada uma nova população de stem cells no músculo de camundongos: potencial para a regeneração muscular (21/05/2002)
USA - Johnny Huard é um pesquisador da Universidade de Pittsburgh com muitos trabalhos publicados sobre as células tronco musculares. Nesta pesquisa, o seu grupo em conjunto com Anton Wernig da Universidade de Bonn identificou uma terceira linhagem de células tronco musculares com potencial maior que as outras já descritas e comparável as células tronco obtidas de linhagem sanguínea. As células desta linhagem quando transplantadas em camundongos aumentaram a capacidade de regeneração muscular e a expressão da distrofina por mais tempo. Estas células conseguiram se multiplicar in vivo e não desencadearam resposta imunológica estando os animais sem imunossupressão. Estas células tem a capacidade de gerar vasos e nervos além de músculos. O autor acredita que estas células tem um alto potencial para utilização em técnicas de terapia gênica. Leia os comentários do artigo e entrevista de Huard na Pittsburgh Tribune-Review .
Começa hoje o 5o Encontro Anual da Sociedade Americana de Terapia Gênica (5/06/2002)
USA - Começa hoje em Boston, USA, e irá até 9 de junho, o Encontro da Sociedade Americana de Terapia Gênica. As mais recentes novidades em terapia gênica serão relatadas neste encontro. Dos 1374 resumos apresentados, 20 se referem a distrofia muscular. Leia os resumos aqui.
Seminário sobre Clonagem Humana será realizado no Senado (6/06/2002)
Brasil - Será realizado nos dia 11 e 12 de junho de 2002 em Brasília, no Senado Federal, o seminário sobre Clonagem Humana. Neste seminário a Prof.Dra. Mayana Zatz proferirá a palestra seguida de debate com o tema "Aspectos Técnicos e Conceituais sobre Clonagem Reprodutiva e Terapêutica" ; Edna Maria Pupin, da AADM, representando os pais de portadores de Distrofia Muscular também fará um depoimento.
Transplante de medula óssea ou células hepáticas fetais in útero em camundongos com distrofia (22/06/02)
USA - nesta pesquisa americana camundongos com distrofia muscular experimental receberam, enquanto estavam ainda no útero materno, por via intraperitoneal, transplante de células da medula óssea ou hepáticas fetais. Após 12 a 14 meses do nascimento as células injetadas foram identificadas nos músculos esqueléticos, no diafragma e no músculo cardíaco em porcentagem de 0,2 a 9%.
Efeito da injeção de mioblastos x stem cells musculares na geração de força muscular em camundongos com distrofia ( 22/06/2002)
USA - Neste estudo os pesquisadores compararam os efeitos da injeção intramuscular de mioblastos x stem cells de origem muscular (identificadas por Johnny Hurard, do mesmo grupo). A avaliação foi realizada 9 semanas após o transplante de células. Não houve alteração da massa muscular nos dois grupos estudados. Não houve alteração da contração muscular. O número de miofibras que expressam a distrofina é muito baixo, e limitado a curta distância do local da injeção.
Uma subpopulação de células da medula óssea pode se diferenciar em células musculares e participar da regeneração muscular em camundongos com distrofia (24/06/02) (Experimental Cell Research 277(1):74-85,2002)
Itália - nesta pesquisa os autores procuraram identificar uma fração da medula óssea com maior potencial de diferenciação para células musculares e participação na reparação muscular na distrofia muscular experimental; os autores observaram a capacidade de diferenciação das células mas a capacidade de restauração da distrofina foi pequena.
USA - anualmente se realiza se junho em Pittsburgh uma conferência reunindo vários pesquisadores que apresentam aos pais de pacientes com distrofia um resumo das pesquisas em andamento; os resumos das principais palestras são: função cardíaca - faz um resumo das alterações cardíacas na distrofia muscular de Duchenne e Becker, o por que elas ocorrem e que tipo de terapia gênica está sendo testada; desenvolvimento de uma estratégia usando células autologas na distrofia muscular de Duchenne - os pesquisadores estão desenvolvendo uma técnica para corrigir as células da medula óssea em laboratório e tentando utilizá-las para corrigir a doença muscular; adenovirus como vetor para terapia gênica - neste resumo estão colocadas algumas das dificuldades para levar o gene da distrofina até o músculo e as estratégias para conseguir suplantar estes entraves; superexpressão da utrofina no tratamento da distrofia muscular de Duchenne - neste resumo o autor analisa as possibilidade de utilização da utrofina em substituição a distrofina; deflazacort e óxido nítrico no tratamento da distrofia muscular experimental - Judy E. Anderson divulga suas pesquisas sobre o papel do óxido nítrico na distrofia muscular experimental, sobre o papel do deflazacort que aumentaria os níveis de óxido nítrico muscular e os trabalhos em andamento que estudam os efeitos do deflazacort administrado em conjunto com as drogas que aumentam o óxido nítrico; miostatina - esta molécula identificada muito recentemente tem a capacidade de inibir o crescimento muscular; camundongos com distrofia muscular e sem o gene responsável pela síntese da miostatina tem maior massa e maior força muscular; a descoberta de drogas inibidoras da miostatina poderia contribuir para o tratamento da distrofia muscular.
Inglaterra - cientistas britânicos identificaram células tronco na circulação fetal, com capacidade para se transformar em qualquer tecido. Retiradas do feto elas poderiam receber um tratamento em laboratório e ser novamente injetadas no feto e provavelmente corrigir a doença. Esta também seria uma fonte potencial de células tronco.
Austrália - entre as dificuldades enfrentadas para o estabelecimento do uso das células tronco como terapia das doenças genéticas: políticas, religiosas, técnicas, etc a rejeição pelo sistema imunológico do transplante de células tronco é também uma preocupação. Cientistas da Universidade Monash identificaram um método que aumenta a tolerância do corpo ao transplante de células tronco; com a utilização deste método poucas linhagens de células poderiam ser utilizadas em todos os pacientes e para várias finalidades com menor risco de rejeição. Eles injetam as células tronco no timo o que faz as células de defesa reconhecerem as células tronco como parte do próprio corpo.
Cingapura - os métodos até o momento para cultivo de células tronco utilizam células de animais, em geral camundongos ou outras espécies; há um temor da possibilidade de transmissão de doenças ou outras formas de reação imunológica; os pesquisadores patentearam um método de cultivo livre do contato com produtos derivados de animais. Esta notícia foi comentada em vários sites de notícias:
http://www.lasvegassun.com/sunbin/stories/archives/2002/aug/06/080606028.html
http://sg.news.yahoo.com/reuters/asia-119317.html
O resumo da pesquisa está aqui:
Human feeders support prolonged undifferentiated growth of human inner cell masses and embryonic stem cellsMark Richards1, Chui-Yee Fong1, Woon-Khiong Chan2, Peng-Cheang Wong1 & Ariff Bongso1
Correspondence should be addressed to A Bongso. e-mail: [email protected]
Previous reports have demonstrated the growth of undifferentiated human embryonic stem (HES) cells on mouse embryonic fibroblast (MEF) feeders and on laminin- or Matrigel-coated plastic surfaces supplemented with MEF-conditioned medium1-3. These xenosupport systems run the risk of cross-transfer of animal pathogens from the animal feeder, matrix, or conditioned medium to the HES cells, thus compromising later clinical application. Here we show that human fetal and adult fibroblast feeders support prolonged undifferentiated HES cell growth of existing cell lines and are superior to cell-free matrices (collagen I, human extracellular matrix, Matrigel, and laminin) supplemented with human or MEF feeder–conditioned medium. Additionally, we report the derivation and establishment of a new HES cell line in completely animal-free conditions. Like HES cells cultured on MEF feeders, the HES cells grown on human feeders had normal karyotypes, tested positive for alkaline phosphatase activity, expressed Oct-4 and cell surface markers including SSEA-3, SSEA-4, Tra 1-60, and GCTM-2, formed teratomas in severely combined immunodeficient (SCID) mice, and retained all key morphological characteristics. Human feeder–supported HES cells should provide a safer alternative to existing HES cell lines in therapeutic applications.
Revisão dos estudos sobre as células tronco (17/08/2002)
USA - nesta revisão que está disponível integralmente e em inglês os autores descrevem as principais formas de stem cells e os seus usos prováveis ou que já estão sendo testados.
São Paulo - Durante quatro dias, cientistas participaram do I Congresso Internacional de Divulgação Científica, na Universidade de São Paulo (USP), quando a clonagem terapêutica foi amplamente discutida. A preocupação geral é com o projeto de lei do deputado federal Sebastião Rocha que regulamentará a matéria. Precisaremos fazer um forte "lobby" para que o projeto seja moderno e permita a realização da clonagem terapêutica que permitiria o uso de células tronco embrionárias para o tratamento de doenças genéticas como a distrofia muscular.
USA - as células tronco da medula óssea poderiam ser utilizadas no tratamento da distrofia muscular; no entanto esta modalidade de tratamento até o momento só foi utilizada em animais. Os pesquisadores Louis M. Kunkel, identificador da proteína distrofina e Kenneth Weinberg relataram no Journal of Clinical Investigation desta semana o caso de um paciente que foi submetido a um transplante de medula sem que se soubesse que era portador de distrofia muscular; ou seja, descrevem um raro caso de um experimento natural (por acaso). O menino que nasceu com uma imunodeficiência recebeu com um ano de idade um transplante de medula óssea. Quando ele estava com 12 anos foi diagnosticada uma segunda doença genética: a distrofia muscular. No estudo de suas células musculares foi observado que cerca de 1% das células do doador estavam incorporadas aos músculos e contendo o gene produtor da distrofina. Este menino apresenta uma forma pouco severa da doença o que não pode ser atribuido ao transplante de medula óssea visto que uma pequena quantidade de células do doador foram encontradas em seus músculos. Não está provado que estas células estão produzindo distrofina. Este estudo contrasta com outro trabalho publicado esta semana na revista Science pelos Dr. Irving Weissman e colaboradores da Stanford University; neste trabalho os pesquisadores evidenciaram que as células tronco da médula óssea só produzem células sanguíneas e não são incorporadas a outros órgãos.
Inglaterra cria primeiro banco público de stem cells (10/09/2002)
Inglaterra - em 3 de setembro de 2002 foi anunciada a criação na Inglaterra do primeiro banco público de células tronco do mundo. Haverá disponibilidade de células tronco de várias origens como as embrionárias, da medula óssea, etc. Ele deverá estar em funcionamento em cerca de 1 ano. Será também criado um comitê para disciplinar o uso das células tronco (princípios e ética).
MDA divulga nota a respeito do artigo "Células tronco da medula óssea no tratamento da distrofia muscular: resultado de um experimento natural " de 10/09/02 (19/09/02)
USA - A repercussão da divulgação do artigo acima trouxe aos pais uma grande expectativa pela possibilidade de tratamento da distrofia muscular através da utilização de células tronco da medula óssea; o artigo também criou uma pressão adicional á Associação Americana da Distrofia Muscular (MDA-USA) por causa da demora em se iniciar as pesquisas clínicas. Para esclarecer os pais a MDA divulgou uma nota (transcrita integralmente abaixo) esclarecendo que o uso de células tronco da medula até o momento mostrou baixos resultados e que os pesquisadores identificaram várias dificuldades que impedem no momento a realização de estudos clínicos em seres humanos; a nota afirma também que esforços estão sendo feitos para apressar estes estudos sobre a utilização de células tronco.
"September 13, 2002
TO: Families of Those Affected by Duchenne and Becker Muscular Dystrophy
FROM: Robert Ross
President & CEO
Muscular Dystrophy Association
RE: Application of Stem Cell Therapy in Treating Neuromuscular Diseases
Stem cell research is an emerging area of scientific investigation which holds extraordinary promise for advancing the development of therapies for the muscular dystrophies and other neuromuscular disorders. Media coverage of reports on the use of stem cells has been extensive . A September 10, 2002 article in The New York Times (copy attached) summarizes one such report. The following is offered to help place this and similar reports in a realistic context.
The Times article indicates that MDA Scientific Advisory Committee Member Louis M. Kunkel, Ph.D. and his team have verified the presence of donor cells in the skeletal muscle of a young man with Duchenne muscular dystrophy who had earlier received a bone marrow transplant (a source of stem cells) for an immune deficiency disease. Although it's significant that some donor cells were found in his muscle tissue, the efficiency of the procedure was very low.
While researchers are optimistic that stem cell therapy will be used to effectively treat neuromuscular disorders, the low efficiency of stem cell incorporation into muscle at this point means that the therapeutic application of stem cell technology is still a number of years in the future.
The Association has taken steps to accelerate stem cell research by sponsoring meetings of specialists to review and evaluate progress, and has established a stem cell working group to guide the Association's efforts in this area. At its most recent meeting the group focused on identifying a series of critical milestones that must be met in order to conduct a bone marrow transplant-based clinical trial. At present, the risk/benefit ratio of such a clinical trial in youngsters with neuromuscular disease does not support it.
Information about the status of specific neuromuscular disease clinical trials is available on the Association's Web site at www.mdausa.org by clicking on "Research" and "Active Clinical Trials".
"Estado da Califórnia aprova lei que liberam as pesquisam com células tronco embrionárias com finalidade terapêutica (23/09/2002)
USA - contrariando a decisão do Presidente Bush, o governo da California irá liberar e estimular as pesquisas com células tronco de origem embrionária com finalidade terapêutica. Esta decisão que vale a partir de 2003 dará grande impulso as pesquisas. A clonagem reprodutiva continuará proibida.
USA - cientistas da Universidade de Washington realizaram uma pesquisa para determinar o melhor uso das stem cells originadas do cordão umbilical. A exposição das células do cordão a uma proteína denominada Delta-1 provocou um significativo aumento das células tronco por mecanismo ainda desconhecido. O artigo foi publicado na edição de 22 de outubro da revista Journal of Clinical Investigation.
USA - O grupo de Johnny Huard tem uma linha de pesquisa bastante avançada para estudar as células tronco no tratamento da distrofia muscular. Nesta pesquisa, através da identificação de um marcador nas células tronco (CD34) ele conseguiu separar as células com maior capacidade de produzir regeneração dos músculos. Esta informação será útil para escolher as células mais apropriadas para o tratamento da distrofia muscular.
USA - Os órgãos para transplante são escassos e podem causar rejeição; as células tronco são escassas e ainda há polêmicas para a sua utilização; os pesquisadores do Hospital Pediátrico da Filadélfia utilizando células tronco administradas no pré-natal e manipulação das células após o nascimento provocaram imunotolerância em camundongos permitindo que eles doem células para muitas pessoas sem efeitos tóxicos. Este artigo foi publicado no número de agosto e setembro na revista Blood. Este achado pode aumentar as possibilidades de transplantes de órgãos e o uso em doenças genéticas como a leucemia, anemia falciforme, distrofia muscular e doenças hepáticas e renais.
MDA reune cientistas para discutir as doenças neuromusculares (16/11/02)
USA - 180 cientistas e médicos se reuniram no Arizona para discutir os recentes avanços em quatro doenças neuromusculares.
Com relação a distrofia muscular de Duchenne os assuntos abordados foram:
- as vantagens do tratamento com cortícoides para retardar a evolução da doença mas a necessidade de acompanhamento períódico para prevenção dos seus efeitos colaterais; foram discutidos esquemas de tratamento (diário, semanal, 10 dias com e 10 dias sem) e tipos de corticóides empregados (prednisona, deflazacort).
- quando e por que realizar cirurgias ortopédicas
- avanços na pesquisa da melhor forma de terapia gênica na distrofia muscular de Duchenne: que parte do gene é necessária, qual o melhor vírus para levar o gene, etc
- métodos para melhorar o diagnóstico da doença
Com relação a distrofia tipo cinturas foram abordados os seguintes assuntos:
- foram relatados os resultados de dois pacientes que receberam injeção do gene da sarcoglican no pé; uma apresentou pequena expressão da proteína enquanto o outro não. Estes resultados não foram conclusivos já que os pacientes com esta forma de distrofia podem apresentar a expressão do gene nos músculos do pé. Outros estudos serão realizados em breve.
- melhores formas de diagnosticar a doença podendo contribuir para esclarecer a evolução da doença de acordo com a alteração genética apresentada.
http://www.mdausa.org/news/021113phyreview.html
http://www.mdausa.org/news/021115sperep.html
USA - Utilizando células tronco adultas os cientistas da Universidade de Stanford conseguiram pela primeira vez demonstrar como, passo a passo, as células tronco se transformam em músculos. As células tronco, neste estudo publicado na revista Cell desta semana, se transformaram em verdadeiros músculos prontas para corrigir músculos lesados. A pesquisa não utilizou camundongos com distrofia muscular mas a finalidade deste estudo é o entendimento de como tratar esta doença com células tronco. Inicialmente para realizar estes sofisticados experimentos os cientistas destruiram a medula óssea de camundongos com irradiação. Em seguida eles injetaram células tronco de um outro camundongo, modificado geneticamente para produzir uma proteína fluorescente, que poderia ser vista no microscópio. Após alguns meses eles detectaram células tronco específicas dos músculos, denominadas de células satélites, com coloração fluorescente em todo camundongo, demonstrando de fato que elas teriam se originado das células tronco transplantadas. Na parte mais interessante do trabalho eles dividiram os camundongos em dois grupos: um sedentário e outro que fazia constante atividade física (andar em rodas). Os camundongos que andaram cerca de 4 milhas por noite por seis meses brilhavam com mais intensidade que os outros, como se estivessem severamente lesados. Mas os pesquisadores observaram que as células tronco tinham se multiplicado e transformado em fibras musculares com capacidade de reparar a lesão muscular. Os camundongos sedentários também apresentaram células tronco músculo específicas fluorescentes mas os que tinham feito atividade física tinham 20 vezes mais fibras musculares. É provável, pelos resultados observados, que as células lesadas enviaram alguma forma de mensagem para atrair, multiplicar e diferenciar as células tronco. A descoberta desta forma de sinal pode ser muito útil no tratamento das doenças neuromusculares como as distrofias musculares.
Austrália - Parlamento australiano aprova uma lei que libera o uso de células tronco embrionárias. Com a aprovação desta lei os pesquisadores poderão utilizar 70000 embriões congelados durante o processo de fertilização in vitro (casais que congelaram os embriões e decidiram não utilizá-los).
USA - A Universidade de Stanford anunciou a criação de um fundo de 12 milhões de dólares para pesquisas com células tronco. Este fundo é importante para incentivar outras Universidades a pesquisar as células tronco embrionárias e para vencer a resistência de religiosos e alguns políticos que são contra estas pesquisas.
USA - A Universidade de Minnesota que vem pesquisando a utilização das células tronco em diferentes doenças se associou com a Athersys, empresa de biotecnologia para continuar com as pesquisas e desenvolver o uso comercial das células tronco.
Empresa consegue aumentar e conservar as células tronco para o uso terapêutico (19/12/02)
USA - a ViaCell uma empresa líder no estudo das células tronco umbilicais apresentou no Congresso da Sociedade Americana de Hematologia sua técnica de expandir o número de células tronco e preservá-las para o uso terapêutico. As células são criopreservadas (conservadas em baixissimas temperaturas) e não perdem a sua função. Estas células poderão ser utilizadas em doenças do sangue, doenças genéticas, etc.
Researchers at ViaCell Report Additional Successes in Expanding And Preserving Stem Cells from Umbilical Cord Blood for Use in Cellular Therapies NEW
BOSTON, Dec. 18 /PRNewswire/ -- ViaCell,
Inc., a premier cellular therapy company, has presented study results
demonstrating its ability to expand and preserve purified stem cell populations
from umbilical cord blood for future potential use as cellular medicines.
Scientists from ViaCell presented data on these as well as other research and
development advancements at the recent American Society of Hematology's 44th
Annual Meeting in Philadelphia, PA. Among the findings, scientists showed that
populations of human umbilical cord blood stem cells that are expanded using
ViaCell's patented Selective Amplification(TM) technology can be successfully
cryopreserved without any significant loss of function. In a mouse model, these
cells were shown to engraft successfully in transplant procedures at a rate that
is comparable to that achieved by selectively amplified cells that were not
frozen. Study findings indicate that these stem cells can be manufactured and
cryogenically frozen in significantly large populations for future use as
cellular medicines. "Umbilical cord blood stem cells are used as a part of
the therapy regimen for nearly 50 diseases today. One of the challenges in
developing additional cellular therapies is the need to multiply and preserve
large quantities of these powerful umbilical cord blood stem cells for use in
treating an even broader range of diseases. These important studies indicate
that we can substantially increase the number of these valuable cells and freeze
them for later use," said Jan Visser, Ph.D., senior vice president, head of
science at ViaCell. Scientists also reported the ability to control various
expression patterns while reproducing a targeted population of umbilical cord
blood stem cells using Selective Amplification(TM). The ability to monitor
specific cell receptors and ligands offers the potential to engineer specific,
homogeneous and high-potency pools of hematopoietic stem cell candidates in
large quantities. Data also presented show that the presence of the growth
factor thrombopoietin (TPO) in combination with other agents significantly
increases the generation of both long- and short-term repopulating stem cells.
These findings are now being applied in ViaCell's Selective Amplification(TM)
process to expand target populations from various stem cell sources such as bone
marrow or cord blood. This is expected to result in the increased production of
human hematopoietic stem cell candidates. "We anticipate that these new
studies will show that TPO can further enhance production of human hematopoietic
stem cells for use in transplantation therapy," added Dr. Visser.
Additionally, research progress on the effects of insulin-like growth factor
binding protein-3 (IGFBP-3) in modulating the proliferation of primitive stem
cells indicates that IGFBP-3 also serves an important function in blocking cell
differentiation. The ability to prevent stem cells from differentiating into
other cell types could enhance the ability to grow highly enriched populations
of stem cells with broad applications in human health. ViaCell first announced
the discovery of this protein's impact on regulating the expansion and
engraftment potential of human stem cell populations at the 2001 American
Society of Hematology's Annual Meeting. "These critically important studies
significantly expand ViaCell's history of research discoveries and advances in
support of our mission to develop and provide the highest quality cellular
therapies for the treatment of many challenging human diseases," said Marc
Beer, president and CEO of ViaCell. "The progress reported here contributes
significantly to the rapidly evolving field of cellular medicine and therapeutic
development." "Our research and development strides presented at this
year's American Society of Hematology meeting represent a few of the important
accomplishments the ViaCell team has achieved in furthering cellular
therapy," said Dr. Visser. "Our progress in areas including other
growth factors, antibodies, endogenous stem cell stimulants, pancreatic stem
cell and pancreatic islet isolation and expansion methodologies underscores our
commitment to the development of innovative cellular therapies to tackle
numerous unmet clinical challenges."
Inaugurado o canil para abrigar os cães que serão utilizados em pesquisas de terapia gênica da distrofia muscular experimental (21/12/02)
Brasil - hoje pela manhã foi inaugurado o canil da Faculdade de Veterinária da USP que servirá para abrigar os cães ligados a pesquisa envolvendo as células tronco e distrofia musculares. A equipe da Faculdade de Veterinária está sensibilizada com a causa da distrofia muscular e promete se envolver completamente com as pesquisas. Há vários subprojetos utilizando as células tronco de cordão umbilicial, medula óssea e placenta. As pesquisas ocorrerão em São Paulo e no Centro de Terapia Gênica de Ribeirão Preto da AADM.
USA - células do cordão umbilical são congeladas e podem ser úteis no tratamento de doenças hematológicas como as leucemias e os linfomas. Além disso as células tronco do cordão umbilical poderão ser úteis também no tratamento de doenças genéticas como a distrofia muscular. Os pesquisadores estudaram células umbilicais que tinham sido congeladas por mais de 15 anos e observaram que elas continuavam viáveis e poderiam ser utilizadas nestas doenças.
USA - outros estudos já haviam demonstrado que nos músculos existem células com potencial equivalente as células tronco da medula óssea. Nesta pesquisa os cientistas identificaram dois tipos de células tronco: apenas um destes tipos tem a capacidade equivalente ao das células tronco. A seleção das células musculares com potencial das células tronco auxiliará na terapia gênica.
Células tronco e coração: duas pesquisas (10/1/03)
- Reprogramação das células tronco para se transformar em cardiomiócitos nesta pesquisa realizada no Japão os pesquisadores conseguiram reprogramar as células tronco da medula óssea que se transformaram em células musculares cardíacas, com todas as características funcionais destas células. Este procedimento deverá ser estudado na distrofia muscular no futuro.
- Transplante de células tronco da medula óssea em pacientes com doença cardíaca neste trabalho realizado na Alemanha os cientistas injetaram células tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente; as células tronco foram injetadas em pacientes que sofreram infarto do miocárdio. Os resultados após 3 a 9 meses do procedimento mostraram melhora da função cardíaca. Há necessidade de acompanhamento dos pacientes por mais tempo e estudar um grande número de pacientes.
As células tronco são consideradas como alternativa futura para o tratamento definitivo das distrofias musculares. Neste artigo os pesquisadores fazem uma revisão dos procedimentos e dificuldades para levar os genes para células tronco atráves de vetores virais. O sucesso deste procedimento será muito importante nas distrofias musculares.
MÁ NOTÍCIA: FDA suspende os ensaios clínicos com o uso de vetores virais em células tronco (14/1/2003)
USA - O FDA, agência americana de controle de medicamentos, alimentos e procedimentos médicos suspendeu por precaução trinta estudos em seres humanos utilizando vetores virais para corrigir defeitos em células tronco. Esta medida foi tomada após o aparecimento do segundo caso de leucemia em um paciente que recebeu tratamento para imunodeficiência (os dois casos ocorridos na França). Estes pacientes que são chamados de "meninos da bolha" por que precisam ficar isolados para não adquirir infecções (como foi mostrado em um filme bem antigo de televisão) estavam sendo submetidos ao tratamento com suas próprias células tronco que eram corrigidas em laboratório por vetores virais. Em outubro de 2002 o primeiro caso de leucemia nestes pacientes foi descrito e agora com o segundo caso o FDA resolveu suspender o procedimento nos Estados Unidos e abrir uma investigação. O tratamento com células tronco vinha sendo muito bem sucedido nesta doença e a suspensão das pesquisas causará um atraso na busca da cura desta e de todas as doenças genéticas.
USA - cientistas americanos estão analisando as causas de leucemia nos dois pacientes franceses com imunodeficiência que receberam a terapia gênica. A análise inicial mostra que o problema pode ter ocorrido por que o gene foi introduzido ao lado de um gene que pode desencadear este tipo de tumor. O esclarecimento completo e rápido é necessário para a liberação dos estudos com terapia gênica nos Estados Unidos.
USA - A matriz do cordão umbilical, denominada cientificamente de geléia de Wharton, é rica em células tronco. Esta parte do cordão umbilical é jogada fora após o parto. Estas células tronco foram denominadas de células tronco da matriz do cordão para diferenciá-las das células tronco do cordão umbilical e demonstraram potencial de transformação em outras células como as nervosas. Se estas células confirmarem seu potencial será uma grande fonte de células tronco para pesquisas.
Canadá - PharmaGap obteve patente para o desenvolvimento de células tronco a partir de células da pele. Estas células poderão ser utilizadas em doenças de pele e deverão ser estudadas quanto ao potencial de se transformar em outros tecidos. A empresa ressalta que os estudos não utilizam produtos de origem animal evitando os riscos deste tratamento.
Superman" vai a Austrália para manter as pesquisas com células tronco de origem embrionária (28/01/03)
Austrália - Christopher Reeve, ator americano do filme Superman, paralisado após queda de cavalo, é um ativista do uso terapêutico das células tronco embrionárias. Ele tem feito esforços em vários países para manter e acelerar as pesquisas. Ele foi convidado a visitar a Austrália e reunir-se com autoridades para influenciar os políticos e a opinião pública.
USA - na revista Quest de janeiro de 2003 é publicado um resumo dos avanços no tratamento das doenças neuromusculares nos últimos anos. Na reportagem é reforçado o papel dos corticóides no tratamento das distrofias musculares. São abordadas superficialmente as pesquisas com a gentamicina, utrofina e células tronco. Com relação as demais distrofias é dada enfase a descoberta dos genes relacionados a várias formas de distrofia o que permitirá desenvolver no futuro melhores formas de tratamento.
Inglaterra - neste artigo de revisão o autor aborda as possibilidades de tratamento das doenças neuromusculares, os avanços realizados e as dificuldades encontradas para fazer com que a maioria das células musculares passem a expressar o gene e permitir a melhora da função muscular.
Células tronco promovem melhora da função cardíaca de ratos com lesão cardíaca após infarto (15/02/03)
USA - pesquisadores americanos promoveram infarto do músculo cardíaco de ratos através da ligação da artéria coronária; 20 minutos após estes animais receberam injeção de células tronco marcadas. Os animais foram estudados 32 semanas após o procedimento. Os resultados demonstraram maior sobrevida após o infarto nos animais que receberam células tronco, e aumento da função cardíaca. As células marcadas foram identificadas como células musculares cardíacas e além disso o número de vasos sanguíneos foi maior nos animais que receberam as células tronco. Este é mais um estudo que mostra a viabilidade do uso das células tronco.
USA - pesquisadores americanos, que foram os descobridores das células tronco, conseguiram pela primeira vez repor um gene nas células tronco. Este procedimento poderá ser muito útil em pacientes com distrofia muscular e é um dos modelos que deverão ser estudados nesta doença: retirar células tronco de pessoas com distrofia, corrigí-las em laboratório e injetá-las nos músculos.
USA - Com o apoio do Presidente Bush, deputados aprovaram por ampla maioria uma lei que impede a clonagem sob qualquer finalidade, seja reprodutiva ou terapêutica. É um retrocesso da decisão anterior de permitir o uso de células tronco com finalidade terapêutica. A lei será votada em breve no Senado onde a maioria dos partidários de Bush devem confirmá-la.
USA - nesta pesquisa realizada pela equipe da Universidade de Pittsburgh os animais deficientes em distrofina no coração receberam injeções no músculo cardíaco de células tronco derivadas dos músculos de camundongos normais. Os animais foram estudados após 2, 4 e 8 semanas deste procedimento. As células sobreviveram no músculo cardíaco e passaram a produzir distrofina após 4 a 8 semanas do procedimento. Novos estudos serão feitos para avaliar a função cardíaca com este procedimento.
USA - Adolescente sobreu grave lesão do coração após acidente com revolver utilizado para pregar. Ele foi operado e seu coração foi reconstruído. Após 17 dias ele recebeu através de um cateterismo a injeção no seu músculo cardíaco de células tronco retiradas de seu sangue. Os médicos que o acompanham observaram aumento de 10% na função cardíaca e vai demorar alguns meses para uma avaliação definitiva do resultado deste tratamento.
Mais detalhes com vídeo aqui.
http://www.cnn.com/2003/HEALTH/conditions/03/06/teen.heart.ap/
http://www.heartcenteronline.com/myheartdr/home/research-detail.cfm?reutersid=3432
Bélgica - os pesquisadores tem estudado células tronco originadas da membrana das articulações e já tinham observado que elas podem se transformar em células musculares. Neste trabalho eles injetaram estas células tronco em animais portadores de distrofia muscular e observaram a capacidade destas células em regenerar a musculatura e expressar a distrofina; os animais após o procedimento necessitaram de drogas imunossupressoras.
Hospital anuncia início das pesquisas com células tronco em pacientes com Distrofia Muscular (29/03/03)
USA - Roger Williams Medical Center, hospital da cidade de Providence (Estados Unidos) anunciou que iniciará dentro de um ano pesquisas para utilização das células tronco em portadores de distrofia muscular. O hospital criou um Centro de Estudos de Células Tronco após o sucesso da utilização de células tronco para correção de úlceras de pele que não conseguiam tratar por nenhum método, incluindo o enxerto de pele. As células tronco utilizadas neste estudo foram retiradas da própria medula óssea dos pacientes.
USA - em artigo a ser publicado na revista Circulation pesquisadores demonstraram que a vitamina C auxilia em laboratório as células tronco se transformarem em células musculares cardíacas. Os cientistas estudaram 880 substâncias, incluindo drogas e vitaminas, e obtiveram resultado positivo com a vitamina C (ácido ascórbico); não há evidência que a ingestão de vitamina C possa ter o mesmo efeito; este experimento foi realizado com células tronco em meio de cultura.
Cingapura - pesquisadores retiraram células tronco da gordura de coelhos; estas células foram tratadas em laboratório com várias concentrações de 5-azacitidina e se transformaram em células musculares cardíacas. Este trabalho confirma o potencial das células tronco, em especial as que se originam do tecido gorduroso, que poderá se constituir em uma alternativa para obtenção destas células.
USA - uma das controvérsias que retardam as pesquisas com células tronco é a utilização das células tronco embrionárias. Pesquisadores da Universidade da Pennsylvania conseguiram transformar células tronco em óvulos. Em se confirmando estas pesquisas em seres humanos os pesquisadores conseguirão uma fonte inesgotável de células tronco para pesquisas.
Vinte e sete trabalhos sobre terapia gênica em distrofia muscular serão apresentados em Congresso (10/5/03)
USA - de 4 a 8 de junho de 2003 será realizado o Encontro Anual da Sociedade Americana em terapia gênica; neste encontro os maiores pesquisadores em terapia gênica irão apresentar seus trabalhos. Vinte e sete destes trabalhos se referem a pesquisas em terapia gênica na distrofia muscular. Os resumos destes trabalhos em inglês estão aqui. Todos eles demonstram avanços na terapia gênica experimental. Tentarei fazer um resumo das principais pesquisas nos próximos dias. O conteúdo dos primeiros resumos:
1) Sucesso com oligonucleotídeos para terapia gênica
2) Sucesso na correção da distrofia muscular experimental intra-útero
3) Uso da gentamicina na mutação de ponto: descrição de um teste que demonstra os prováveis pacientes que se beneficiarão do tratamento.
4) Sucesso na terapia gênica com vetor viral
5) Sucesso da terapia gênica no músculo diafragma utilizando vetor viral e gel.
6) Terapia gênica com sucesso em um modelo de distrofia tipo cinturas com gene liberado por via intraarterial
7) Uso de terapia gênica utilizando o Igf-1
8) Terapia gênica com um indutor de formação de vasos, o VEGF 165, induzindo a regeneração dos músculos.
9) Descrição de um novo modelo de distrofia muscular em cães.
10) Sucesso com o uso do mini-gene da distrofina em cães com distrofia muscular
11) Explora o uso do vetor lentiviral em modelos de distrofia experimental; o vetor lentiviral é maior que o AAV e facilita a colocação do gene da distrofina
12) Discute as alterações da células musculares dos vasos dos músculos e a importância da introdução do gene da distrofina também nestas células.
13) Demonstra os resultados positivos do minigene da distrofina em modelos experimentais, com aumento da força muscular.
14) Estuda a relação entre o aumento da utrofina e a redução da calpaína em camundongos que receberam o gene da distrofina; a utrofina pode exercer o mesmo papel da distrofina.
15) Estudo com o uso da corrente elétrica para melhorar a passagem do gene para as células musculares.
16) Obteve maior sobrevida dos mioblastos com a utilização da interleucina 10 por terapia gênica em camundongos.
17) Apresenta um estudo sobre as diferentes formas de célula tronco.
18) Demonstra que a superexpressão da matrilisina aumenta a migração dos mioblastos e reduz a necessidade de tantas injeções.
19) Estuda maneiras de modificar os mioblastos antes do transplante para evitar rejeição.
20) Analisa as possiblidades de terapia gênica na cardiomiopatia das distrofias.
21) Demonstra os bons resultados da terapia gênica intra-útero (antes do nascimento)
22) Estudo o uso de oligonucleotídeos na distrofia miotônica (estuodo in vitro,em laboratório)
23) Observou que a injeção de células tronco por via intramuscular aumenta a expressão da distrofina e que o transplante de medula óssea não produziu efeito.
24) Estuda a manipulação prévia (em laboratório) das células tronco para terapia gênica
25) Utiliza na terapia gênica vetores com distrofina e proteínas imunossupressoras e obtem a expressão do gene por mais tempo.
26) Demonstra os efeitos do minigene da proteína agrin em camundongos com uma forma de distrofia muscular congênita
27) Estuda a terapia gênica nas células satélites dos músculos responsavéis pela regeneração muscular.
Recentes marcos nas distrofias musculares (24/05/03)
USA - um artigo que será publicado na revista Drug & Market Development fala sobre os atuais conhecimentos a respeito das distrofias musculares. Há um resumo sobre os genes defeituosos nas distrofias, a incidência da doença, as tentativas de correção da doença por terapia gênica e sobre o uso de células tronco. Um dos parágrafos da conclusão fala da importância da realização de estudos para retardar ou parar a evolução das doenças visto que há um longo caminho até que a terapia gênica esteja disponível. Este é um ponto do grupo FFF - Fight for a Future que pretende investir nesta linha de pesquisas. O resumo disponível do artigo segue abaixo:
IN PRESS: Drug & Market Development) Muscular Dystrophies: Recent Milestones
• This article was been written by G. Thor, PhD and J. Terryberry, BS, who are associated with NeuroConsultants based in San Diego, [email protected]
• Gene therapy human clinical trials have been reactivated after a 2-year freeze. Several gene therapeutic approaches to study Muscular Dystrophies (MD) – a set of neuromuscular diseases wherein muscle atrophies - are being resumed in clinical and preclinical stages.
• About one in 3,000 boys, independent of ethnic background, is born with this disease, which is caused by a mutation or damage of the Duchenne or Dystrophin gene carried on the X chromosome.
• More than 90% of MD genetic defects have been identified and have led to several components of the Dystrophin Glycoprotein complex that are in turn being used as targets for disease manipulation.
• Genetic tests for detecting alterations in the Dystrophin gene or Creatine Kinase detection by a blood test are available for prenatal screening.
• Prevention of MD by gene transfer in a mouse model and the creation of dog models that mimic Muscular Dystrophies phenotypes are enabling researchers to design effective strategies to study and conquer this set of musculature related diseases.
• Stem cell research has gained ground as mice models prove to be rewarding testing grounds for therapeutic manipulation of Dystrophin and other related polypeptides of the Dystrophin Glycoprotein Complex (DGC).
IMPORTANT IN THIS ARTICLE IS THIS CONCLUSION: Although gene therapeutic approaches offer the most promise for an ultimate cure for DMD, gene therapeutics are not expected to be available for several years or longer, meaning that many patients diagnosed at the present time are not likely to benefit from gene therapy. Since the incidence of DMD in the US is about 100,000 new cases per year, DMD is not an orphan disease. Pharmaceutical companies should therefore be interested in developing drugs for DMD; since Orphan Drug status is not applicable. Furthermore, developing drugs for DMD could be made more attractive to pharmaceutical companies as part of an idea to discover drugs for muscle weakness. Synthetic Dystrophin will not pass through the muscle cell membrane and must be produced or introduced inside the membrane by the muscle cell to be effective. WE NEED SAFE TREATMENTS TO DELAY/STOP THE EVOLUTION OF THE DISEASE.
Criada linhagem de células tronco no Japão (31/05/03)
Japão - utilizando células embrionárias cientistas da Universidade de Kyoto criaram a primeira linhagem de células tronco no Japão. As células forma obtidas de embriões que não iriam ser fertilizados e que seriam descartados. Os pais e portadores brasileiros de distrofia muscular lutam por uma lei que permita a utilização das células tronco de origem embrionária no Brasil.
Novo fator pode auxiliar na terapia gênica (14/06/03)
USA - neste relato breve o autor descreve o papel da Interleucina 4 na função e atividade dos mioblastos. O autor relata que a utilização desta interleucina pode melhorar os resultados da terapia gênica.
A cytokine that packs a punch
The Journal of Cell Biology, Volume 161, Number 5, 835-a-835
Muscle cells undergo an unusual developmental program in which several partially differentiated cells called myoblasts fuse to form a multinucleated myotube. This nascent myotube undergoes further maturation and growth, which requires the addition of nuclei by fusion of more mononucleated myoblasts with myotubes. Valerie Horsley, Grace Pavlath, and colleagues (Emory University, Atlanta, Georgia) have found that nascent myotubes promote fusion, and thus their own growth, by secreting a cytokine normally associated with immune cells.The cross-system cytokine is IL-4, which is required in immune cells for macrophage fusion. Not one to throw away a good thing, Nature evidently coopted the system for muscle cells. As in immune cells, IL-4 expression in nascent myotubes is driven by a member of the NFAT transcription factor family. Myotubes lacking either IL-4 or the NFAT factor were smaller and had fewer nuclei than wild-type cells. Recovery from muscle injury was also diminished by the lack of IL-4 or the IL4alfa receptor.Myoblasts are the targets of IL-4 action, which may promote fusion by inducing myoblast expression of adhesion molecules such as integrins (as in macrophages) or VCAM. Alternatively, IL-4 may act as a chemokine, as it does for osteoblasts, to stimulate migration of myoblasts toward myotubes. Whatever the mechanism, stem cell therapies for disorders such as muscular dystrophies may be improved by expression of IL-4 to increase the fusion capacity of the muscle stem cells.
USA - "Nós não podemos ficar calados", disse o médico da comissão de ética da Associação Americana de Medicina que lançou um manual em apoio ao uso de células tronco com finalidades terapêuticas. Os médicos farão também um lobby para modificar as decisões do presidente Bush em limitar este uso das células tronco.
Escolha do irmão ocasiona debate ético (21/06/03)
Genetically matched baby sparks ethical debate
Inglaterra - casal inglês que tem um filho com anemia hereditária tiveram um outro filho, escolhido geneticamente, para fornecer células tronco do cordão umbilical. Este tipo de escolha é proibido na Inglaterra mas os pais realizaram a inseminação in vitro em outro país. O nascimento desta criança aumentou o debate sobre a clonagem terapêutica; acredito que esta polêmica promoverá maior discussão sobre o tema e haverá um benefício em potencial para outros doentes e outras doenças.
Brasil - dois grupos de pesquisa, um do Rio de Janeiro e outro da Bahia, receberam importantes verbas de pesquisa para utilização de células tronco injetadas no coração. Um dos grupos utilizará estas células em pacientes que apresentam falência cardíaca por doença de Chagas e outro grupo utilizará na insuficiência cardíaca decorrente de infarto do miocárdio. Esta terapêutica também pode ser útil na doença cardíaca das distrofias musculares. Esta notícia foi divulgada por vários jornais com este.
Canadá - células tronco são fontes potenciais de músculos normais. Pesquisadores canadenses identificaram um subtipo de célula tronco (CD45+) com este potencial e utilizando uma proteína denominada Wnt eles conseguiram transformar as células tronco CD45+ em músculos. Eles prosseguem com estes estudos tentando determinar se a aplicação desta proteína diretamente em animais poderia trazer resultados. Esta notícia esta comentada também nos seguintes artigos:
Ottawa team uncovers how stem cells form muscle
MDA FINDS KEY PROTEIN FOR REBUILDING MUSCLE
Movimento quer liberar células tronco para pesquisas (05/07/2003)
Brasil - pesquisadores encabeçados pela bióloga Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo, e grupos de pacientes decidiram usar a internet para reunir o maior número possível de assinaturas em defesa de uma proposta que para muitos pode parecer polêmica. "A idéia é pressionar o governo e parlamentares brasileiros a autorizar o uso dos embriões que são descartados nas clínicas de fertilidade assistida para as pesquisas com células-tronco embrionárias", diz Mayana, a primeira a assinar o apelo do Movimento em prol da Vida (Mõvitae) no site www.movitae.bio.br. Mayana e outros pesquisadores querem usar células de embriões descartados para um trabalho sério. No Brasil, hoje, já há pesquisas com células-tronco de adultos, mas elas não são tão versáteis quanto as de embriões. Cada uma das células de um embrião tem o potencial de se transformar em todas as células do organismo. "O projeto é polêmico, mas essa proposta também está em discussão na Itália", conta a jornalista Andréia Bezerra de Albuquerque, responsável pela divulgação da proposta. A iniciativa precisa de apoiadores - instituições, entidades profissionais, grupos de pacientes, que endossem a proposta - e de recursos, é claro. Ela tem interesse pessoal na pesquisa com células-tronco embrionárias. Há seis anos, Andréia descobriu que é portadora de uma forma de distrofia muscular, uma das doenças que, no futuro, podem ser tratadas com células tronco.
IMPORTANTE - Células tronco retiradas de vasos sanguíneos podem ser úteis no tratamento da distrofia muscular (10/07/03)
Outros links:
Stem Cells Offer Hope for Muscular Dystrophy
Modified Blood Vessel Stem Cells Might Treat Muscular Dystrophy
STEM
CELLS WORK AGAINST MUSCULAR DYSTROPHY IN MICE,
MDA SCIENTISTS FIND
Itália - estudo realizado em camundongos demonstra o potencial das células tronco retirada de vasos sanguíneos no tratamento da distrofia muscular. Apesar de ser um estudo ainda inicial, eles demonstraram ser possível obter células adultas dos vasos, os mesangioblastos, corrigirem estas células em laboratório e infundí-las novamente em camundongos. O modelo utilizado foi da deficiência do gene da alfa sarcoglican, uma forma de distrofia muscular tipo cinturas. As células tratadas e reinfundidas na circulação ajudaram na produção de células musculares sadias. Como são células retiradas do próprio organismo a possibilidade de rejeição é menor.
Espanha - país de predominância católica, a Espanha liberou esta semana o uso de células tronco de origem embrionária. As únicas restrições são que as células sejam obtidas de embriões de clínicas de fertilização que seriam descartados e a concordância dos pais
Células especiais da pele migram e se implantam nos músculos em camundongos com distrofia muscular (02/08/03)
USA - a médula óssea e o músculo tem uma subpopulação de células denominadas células de superfície. Os autores descrevem uma modalidade de céulas semelhantes na pele. Estas células da pele são semelhantes a dos músculos. Estas células de pele foram isoladas em camundongos, cultivadas em laboratório e transplantadas para camundongos com distrofia muscular. Estas células foram identificadas no músculo e expressavam a distrofina.
Identificado subtipo de célula tronco de origem muscular com maior capacidade para utilização em terapia gênica (02/08/2003)
Itália - o uso de mioblastos para terapia gênica esbarra na dificuldade da célula migrar para o músculo. Pesquisadores italianos associados a equipe canadense identificar um subtipo de células tronco de origem muscular com baixa ligação aos vasos sanguíneos; estas células tem maior potencial para utilização em terapia gênica.
Inglaterra - pesquisadores do King College de Londres criaram um nova linhagem de células tronco obtidas a partir de embriões descartados em clínicas de fertilização. A Inglaterra é um dos países com legislação mais liberal com relação ao uso das células tronco.
USA - empresa americana, envolvida em terapia gênica, obteve patente para armazenamento de óvulos não fertilizados. Estes óvulos são usados para doação para casais inférteis e no futuro poderão ser usados em terapia gênica.
Canadá - este grupo de pesquisa no passado já tinha identificado uma fração de células tronco com capacidade de participar na regeneração muscular. Neste trabalho eles identificam um sinal que as células musculares emitem para que as células tronco participem da regeneração muscular. A identificação deste sinal pode abrir uma nova linha de pesquisas para a descoberta de novos tratamentos.
USA - no músculo existem células satélites, precursoras das células musculares com capacidade semelhante a das células tronco; neste estudo em camundongos os pesquisadores utilizaram um vetor viral que levou o minigene da distrofina a estes células precursoras que tiveram o seu defeito genético corrigido. Estas células "tratadas" conseguiram levar o gene da distrofina ao músculo, corrigindo o defeito genético.
USA - neste estudo os pesquisadores corrigiram as células tronco de origem muscular e injetaram em camundongos portadores de distrofia. Houve um resultado positivo desta terapia mas após algumas semanas do experimento houve uma resposta inflamatória no músculo demonstrando mais uma vez que será necesário utilizar um tratamento imunossupressor quando a terapia gênica estiver disponível.
Canadá - pesquisadores canadenses demonstraram o potencial das células tronco em regenerar o músculo cardíaco em pacientes que sofreram ataque cardíaco. O aperfeiçoamento desta técnica permitirá o seu uso também em pacientes com distrofia muscular. São pesquisas promissoras, mas ainda iniciais.
Células tronco podem regenerar músculos (22/11/03)
USA - Dois estudos independentes a serem publicados em dezembro de 2003 na revista Nature Medicine confirmam que as células tronco podem regenerar músculos. No primeiro estudo, da Baylor College of Medicine, as células tronco produzem células inflamatórias que migram para os músculos lesados e se fundem às células musculares. No outro estudo da University of British Columbia do Canadá e da Stanford University School of Medicine encontraram que uma única célula tronco pode reconstituir o sistema hematopoiético e auxiliar a regeneração muscular. Os resultados podem ser úteis no tratamento de pacientes com distrofia muscular mas há necessidade de novos estudos. Os resumos dos artigos podem ser vistos nos links abaixo:
Single hematopoietic stem cells generate skeletal muscle through myeloid intermediates
Contribution of hematopoietic stem cells to skeletal muscle
Revisão sobre as células tronco derivadas dos músculos (20/12/03)
USA - dois artigos publicados nesta semana falam sobre o uso das células tronco em distrofia muscular. O primeiro fala sobre o uso das células tronco em geral, as suas potencialidades e os problemas para sua utilização. O segundo é escrito por este grupo de pesquisadores da Universidade de Pittsburgh que tem se dedicado a estudar as células tronco derivadas no músculo e seu potencial no tratamento das distrofias musculares. Neste artigo eles fazem uma revisão sobre as inofrmações disponíveis a respeito destas células e o seu potencial no tratamento de doenças.
Cingapura - estudando o peixe zebra cientistas de Cingapura identificaram o chamado u-boot gene que pode estar envolvido com a diferenciação de células musculares em rápidas ou lentas durante o período embrionário. Esta identificação poderá ser importante no estudo dos mecanismos genéticos envolvidos com as miopatias congênitas.
USA - a Via Cell e a Amgen anunciaram que cada uma delas vai investir 20 milhões de dólares na pesquisa de células tronco no tratamento de doenças como a distrofia muscular. A Via Cell atua com banco de células tronco de cordão umbelical e a Amgen no campo de fatores de crescimento que facilitariam a diferenciação de células tronco em diferentes tipos de tecidos.
Anunciado o primeiro caso da utilização de células tronco em paciente com Distrofia Muscular de Duchenne na Itália ( 1/02/04)
Itália - na reportagem do Correio Della Sera de 30/01/2004 foi relatado que em fevereiro será realizado o primeiro da utilização de células tronco em portador de distrofia muscular de Duchenne. O procedimento será realizado na Policlínica, uma clínica especializada financiada por Enzo Ferrari, dono da Fiat e da Ferrari, que tinha um filho com distrofia muscular de Duchenne. O procedimento será realizado em um adolescente, filho de um médico. O procedimento foi autorizado pelo Ministério da Saúde da Itália. Neste experimento serão utilizadas células tronco obtidas do próprio paciente. A notícia foi traduzida para o português por Franco Scarola:
CÉLULAS
TRONCO, O PAI MÉDICO EXPERIMENTA A CURA NO FILHO
Técnica
revolucionária no Policlinico para curar oito meninos distróficos.
“Papai,
se começar as terapias quero ser o primeiro”
Pela
primeira vez no mundo, em fevereiro será iniciado no Policlinico um experimento
para entender se será possível curar com células tronco a distrofia muscular
de Duchenne, uma doença genética que destrói os músculos. O primeiro será
um menino de 15 anos, atualmente "preso" em uma cadeira de rodas. E
entre os médicos da Clinica Neurológica que farão a tentativa estará
presente também o Dr. Angelo, que é o pai do menino. Um médico que não é
pesquisador e nem neurologista, mas que há dez anos trabalha como voluntário
nas pesquisas que possam dar esperança ao seu filho e a todas as crianças
doentes. E o Dr. Angelo, pai corajoso, conta: “Quando nasceu, meu menino não
era diferentes das outras crianças. Falou e andou na idade certa, começou
a correr e brincar”. Os seus olhos sofridos narram um filme de imagens alegres
e normais que lhe passam pela memória. Em seguida prossegue, há muito
custo: “Quando o meu menino tinha pouco mais e quatro anos, comecei a notar
nos seus movimentos, que havia alguma coisa que não estava bem. Sou médico, e
não meu iludo muito. Com pavor, fiz o diagnóstico. Como médico me parecia
verossímil, como pai o (diagnóstico) rejeitava”. Encaminhou-se ao
Policlinico que havia frequentado como estudante de medicina, o Dr. Angelo teve
o indiscritível dor de vê-lo (diagnóstico) confirmado. Resignar-se ? “Não,
como médico e como pai, prometi ao meu filho de tentar. Talvez é só um sonho,
mas penso como que seria maravilhoso esquiar com ele.” O filho está no
segundo ano do colegial e é sensível e inteligente, tem seguido todas as
pesquisas. Quando viu-se que camundongos paralisados voltavam a andar, foi a
reviravolta. Conclui o Dr. Angelo: “Quando lhe dei a dei a notícia, meu filho
disse: "Papai, se partirem para os homens, o primeiro quero ser eu". E
me sorriu”.
O engenheiro
Enzo Ferrari tinha um jovem filho que morreu por causa da distrofia muscular de
Duchenne. Chamava-se Dino. O dono de Maranello (cidade onde encontra-se o
estabelecimento da Ferrari), quase vinte anos atrás, contribuiu com uma
considerável soma para propiciar ao Policlinico a possibilidade de ter um
centro de excelência para a cura das distrofias musculares. E aquí nasceu a idéia
de experimentar o uso das células tronco. Os médicos da Clinica Neurologica da
Universidade dos Estudos, trabalham há anos na pesquisa, atualmente dirigida
pelo professor Nereu Bresolin, que recebeu a herança científica do
professor Guglielmo Scarlato, falecido no ano passado. O anúncio do experimento
( que tem o consentimento do Instituto Superior Sanitário e a autorização do
Ministério da Saúde) que será dada na seguinda-feira 2 de fevereiro em Milão,
pelo ministro Girolamo Sirchia, que considera-se parte da
<<equipe>>.: quando era diretor do centro de imunologia dos
transplantes, estudou e realizou no Policlinico o banco de células tronco, a fábrica
de células, onde as células tronco úteis são multiplicadas. A distrofia
muscular de Duchenne é uma doença genética que atinge um em 3500 crianças, e
só do sexo masculino. Esta mutação revela-se pela falta da distrofina, uma
proteína encontrada dentro da membrana celular muscular. Progressivamente, o
tecido muscular vem sendo substituido por tecidos fibrosos, e os movimentos se
"apagam". Explica o professor Nero Bresolin; No nosso centro de excelência
fazem parte mais de 600 meninos e rapazes, e há anos estamos procurando
uma terapia, como os pesquisadores de todo o mundo. Agora queremos tentar o uso
de células tronco. Obviamente, não partimos do zero, mas de uma longa
experimentação em animais. Finalmente há cerca de dois anos atrás,
conseguimos um resultado, publicado na Science de julho 2003: utilizando células
tronco nos camundongos portadores da doença, conseguimos colocá-los em condições
de poderem caminhar novamente. Em
estreita síntese, o experimento parece simples, mesmo baseando-se nas pesquisas
e sobre estudos difíceis e complicados: <<O que faremos?>> Com
anestesia, retiraremos de uma perna do menino, um pedacinho de músculo. Em
laboratório determinaremos as células tronco capazes de fabricar distrofina, e
as multiplicaremos. Enfim, com uma injeção praticada em uma mão,
transplantaremos estas células ao jovem paciente. Deverá trancorrer um bom
tempo, várias semanas e então se saberá se acendeu-se a esperança. A FICHA
DA DOENÇA -. A distrofia muscular é uma doença na qual o tecido muscular se
atrofia até impedir os movimentos. É provocada por um dano genético. A CURA -
para curar a doença, é necessário fornecer às células musculares doentes
(com as tronco) AS CÉLULAS - As tronco são células ainda indiferenciads,
pluripontes, e compostas de vários elementos fundamentais do sangue.
A notícia em italiano é a seguinte:
venerdì, 30 gennaio, 2004 | |
MEDICINA MALATTIE | |
Pag. 049 |
Cellule staminali, il padre medico sperimenta la cura sul figlio |
Tecnica rivoluzionaria al Policlinico per curare otto bambini distrofici. «Papà, se iniziate le terapie voglio essere il primo» | |
Cremonese Antonella |
Per la prima volta al mondo, entro febbraio sarà avviata al Policlinico una sperimentazione per capire se sia possibile curare con le cellule staminali la distrofia muscolare di Duchenne, una malattia genetica che distrugge i muscoli. Il primo sarà un ragazzino di 15 anni, ormai inchiodato sulla carrozzina. E tra i medici della Clinica Neurologica che faranno il tentativo ci sarà anche il dottor Angelo, che è il padre del ragazzino. Un medico che non è un ricercatore e non è un neurologo, ma che da dieci anni lavora come volontario alle ricerche che potrebbero dare una speranza a suo figlio e a tutti i bimbi malati. E il dottor Angelo, il padre coraggioso, racconta: «Quando è nato, il mio bambino non era diverso da tutti gli altri bambini. Ha parlato e ha camminato all' età giusta, ha cominciato a correre e a giocare». I suoi occhi sofferenti raccontano il film d' immagini gioiose e normali che gli passano nella memoria. Poi prosegue, a fatica: «Quando il mio bambino aveva poco più di quattro anni cominciai a notare che nei suoi movimenti c' era qualcosa che non andava. Sono medico, e non mi sono illuso a lungo. Con spavento, ho fatto la diagnosi. Come medico mi sembrava verosimile, come padre la respingevo». Rivoltosi al Policlinico che aveva frequentato come studente di medicina, il dottor Angelo ebbe l' indicibile dolore di vederla confermata. Rassegnarsi? «No, come medico e come padre, ho promesso a mio figlio di tentare. Forse è solo un sogno, ma penso come sarebbe meraviglioso sciare con lui.» Il figlio, che fa la seconda liceo scientifico ed è sensibile e intelligente, ha seguito tutte le ricerche. Quando si è visto che topi paralizzati riprendevano a camminare, è stata la svolta. Conclude il dottor Angelo: «Quando gli ho dato la notizia, mio figlio ha detto: "Papà, se partite sull' uomo, il primo voglio essere io". E mi ha sorriso». Antonella Cremonese
Una cura di cellule staminali contro la distrofia muscolare |
Entro febbraio prima sperimentazione al Policlinico | |
Cremonese Antonella |
L' ingegner Enzo Ferrari aveva un giovane figlio che morì a causa della distrofia muscolare di Duchenne. Si chiamava Dino. E' nel suo ricordo che il patron di Maranello, quasi vent' anni fa, con una cospicua donazione volle dare al Policlinico la possibilità di avere un centro di eccellenza per la cura delle distrofie muscolari. E qui è nata l' idea di sperimentare l' uso delle cellule staminali. Vi lavorano da anni i medici della Clinica Neurologica dell' Università degli Studi, ora diretta dal professor Nereo Bresolin, che ha raccolto l' eredità scientifica del professor Guglielmo Scarlato, scomparso l' anno scorso. L' annuncio della sperimentazione (che ha il nullaosta dell' Istituto Superiore di Sanità e l' autorizzazione del ministero della Salute) verrà dato lunedì 2 febbraio a Milano dal ministro Girolamo Sirchia, che può a buon diritto considerarsi parte della «squadra»: quando era direttore del centro di immunologia dei trapianti, ha studiato e realizzato al Policlinico la «banca» delle cellule staminali e la cosiddetta «Cell Factory», dove le cellule staminali utili vengono moltiplicate. La distrofia muscolare di Duchenne è una malattia genetica che colpisce circa un nato su 3500, e solo di sesso maschile. Questa mutazione comporta l' assenza di distrofina, una proteina trovata dentro la membrana cellulare muscolare. Progressivamente, il tessuto muscolare viene sostituito da tessuti fibrosi, e i movimenti si spengono. Spiega il professor Nereo Bresolin: «Al nostro centro di eccellenza fanno riferimento oltre 600 bambini e ragazzini, e noi da anni stiamo cercando una terapia, come i ricercatori di tutto il mondo. Ora vogliamo tentare l' uso delle cellule staminali. Ovviamente, non partiamo da zero, ma da una lunga sperimentazione su animali. Finalmente circa due anni fa abbiamo raccolto un risultato, poi pubblicato su Science nel luglio 2003: utilizzando cellule staminali su topi portatori della malattia, li abbiamo messi in grado di camminare di nuovo». In strettissima sintesi, la sperimentazione appare semplice, anche se si basa su ricerche e su studi difficili e complicati: «Che cosa faremo? In anestesia, preleveremo da una gamba del ragazzino un pezzettino di muscolo. In laboratorio individueremo le cellule staminali capaci di fabbricare distrofina, e le faremo moltiplicare. Infine, con un' iniezione praticata in una mano, trapianteremo queste cellule al giovane paziente». Dovrà trascorrere del tempo, parecchie settimane. Poi si saprà se si è accesa la speranza. A.Cre. La scheda LA MALATTIA La distrofia muscolare è una malattia in cui il tessuto dei muscoli si atrofizza fino a impedire i movimenti. È provocata da un danno genetico LA CURA Per curare la malattia bisogna fornire alle cellule muscolari il gene funzionante, oppure sostituire le cellule muscolari malate (con le staminali) LE CELLULE Le staminali sono cellule non ancora differenziate, pluripotenti, capostipiti di tutti gli elementi fondamentali del sangue
Coréia - cientistas coreanos conseguiram extrair células tronco de embriões clonados em laboratório. Este procedimento que não tem relação com a clonagem reprodutiva abre caminho para obtenção de células pluripotentes, capazes de se transformar em qualquer tipo de célula ou tecido. Você pode ler mais sobre o tema neste artigo:
Koreans succeed in stem cell first
A Dra. Mayana Zatz escreveu um artigo para a Folha de São Paulo de ontem (13/02/04) esclarecendo o tema. A preocupação no momento relaciona-se com a futura decisão do Senado que irá modificar a lei da Biosegurança, já votada na Câmara dos Deputados e que proibe qualquer forma de clonagem; se esta decisão não for modificada o Brasil impedirá as pesquisas e a possibilidade de utilização de células tronco no Brasil. Precisamos pressionar os senadores. A cópia do texto é a seguinte:
Esperança renovada
MAYANA ZATZ
ESPECIAL PARA A FOLHA
A pesquisa que acaba de ser publicada na revista
"Science" por um grupo de cientistas coreanos (Hwang e colegas, 2004) confirma a
possibilidade de obter células-tronco pluripotentes (capazes de se diferenciar
em vários tecidos) a partir da técnica de clonagem terapêutica ou transferência
de núcleos (TN). Trata-se de uma nova esperança de obtenção de células-tronco
para fins terapêuticos, e poderá no futuro representar a esperança de cura para
milhares de afetados por doenças neurodegenerativas, muitas delas letais antes
da segunda década de vida.
Essa pesquisa está sendo publicada num momento extremamente importante no
Brasil, em que se discute um projeto de lei sobre biossegurança que veta
pesquisas com embriões. O projeto que acaba de ser aprovado pela Câmara dos
Deputados mostra uma confusão entre três conceitos: a) clonagem reprodutiva; b)
clonagem terapêutica; e c) terapia celular com células-tronco (que não é
sinônimo de clonagem terapêutica).
Antes da votação do texto definitivo no Senado Federal, é fundamental que os
parlamentares entendam que a terapia celular com células-tronco, incluindo as
embrionárias, podem representar a esperança de tratamento para milhões de
brasileiros afetados por doenças genéticas (que atingem mais de 5 milhões de
pessoas, a maioria crianças e jovens), que sofrem de doenças comuns como o
diabetes e a doença de Parkinson, ou que estão incapacitados porque sofreram
acidentes.
A clonagem reprodutiva humana, que seria a tentativa de produzir uma cópia de um
indivíduo, é condenada por todos. Deve realmente ser proibida.
A clonagem terapêutica ou transferência de núcleo nada mais é do que um
aprimoramento das técnicas hoje existentes para culturas de tecidos, que são
realizadas há décadas. A vantagem é que, ao transferir o núcleo de uma célula de
uma pessoa para um óvulo sem núcleo, esse novo óvulo, ao se dividir, gera
células potencialmente capazes de produzir qualquer tecido em laboratório.
Isso abre perspectivas fantásticas para futuros tratamentos. Seria o caso de
reconstituir a medula de alguém que se tornou paraplégico após um acidente, ou
de substituir o tecido cardíaco em uma pessoa que sofreu um infarto. Entretanto,
no caso de portadores de doenças genéticas, não seria possível usar as células
da própria pessoa (porque todas têm o mesmo defeito genético).
Existem células-tronco em vários tecidos (como medula óssea, sangue e fígado) de
crianças e adultos. Entretanto, a quantidade é pequena, e não sabemos ainda em
que tecidos elas são capazes de se diferenciar. A maior limitação dessa técnica,
o autotransplante, que tem mostrado resultados promissores em pessoas com
insuficiência cardíaca, é que ela também não serviria para portadores de doenças
genéticas.
O sangue do cordão umbilical e da placenta é rico em células-tronco, mas não
sabemos ainda qual é seu potencial de diferenciação. Se as pesquisas mostrarem
que células-tronco de cordão umbilical serão capazes de regenerar tecidos ou
órgãos, serão sem dúvida a fonte mais importante.
Teríamos de resolver então o problema de compatibilidade entre as células-tronco
do cordão doador e o receptor. Para isso será necessário criar, com a maior
urgência, bancos de cordão públicos. Quanto maior o número de cordões em um
banco, maior a chance de achar um compatível.
Se as células-tronco de cordão não derem os resultados esperados, a alternativa
será o uso de células-tronco embrionárias. Elas podem ser obtidas pela técnica
de transferência de núcleo, como na pesquisa sul-coreana, ou a partir de
embriões que são descartados em clínicas de fertilização.
É justo deixar morrer uma criança ou um jovem afetado por uma doença
neuromuscular letal para preservar um embrião cujo destino é o lixo? Um embrião
que, mesmo implantado em um útero, teria um potencial baixíssimo de gerar um
indivíduo?
Ao usar células-tronco embrionárias para regenerar tecidos em uma pessoa
condenada por uma doença letal, não estamos na realidade criando vida? Isso não
é comparável ao que se faz hoje em transplantes, quando se retiram os órgãos de
uma pessoa com morte cerebral, mas que poderia permanecer em vida vegetativa?
A maioria dos países da União Européia, o Canadá, a Austrália, o Japão e Israel
aprovaram pesquisas para obtenção de células-tronco embrionárias obtidas por
clonagem terapêutica ou de embriões com até 14 dias. Essa é também a posição das
academias de ciência de 63 países, inclusive a brasileira.
Muitos acreditam que a vida começa no momento da fertilização. Entretanto,
cientistas da Coréia acabam de demonstrar que células-tronco pluripotentes podem
ser obtidas sem fertilização. É fundamental que a nossa legislação também aprove
essas pesquisas, porque elas poderão no futuro salvar inúmeras vidas.
Mayana Zatz é professora-titular de
Genética Humana e Médica no Instituto de Biociências da USP, coordenadora do
Centro de Estudos do Genoma Humano/IB-USP, presidente da Associação Brasileira
de Distrofia Muscular e membro da Academia Brasileira de Ciências
USA - recentemente células precursoras foram identificadas nos músculos com um potencial que se assemelha as células tronco. Neste estudo, liderado por Louis M Kunkel, descobridor do gene da distrofina, as células precursoras musculares de camundongos com distrofia foram retiradas do músculo e receberam o microgene da distrofina. O microgene foi introduzido na células por um vetor viral. Este microgene consegue fazer a célula produzir distrofina. Estas células precursoras tratadas foram injetadas em veias dos mesmos camundongos e migraram para os músculos doentes. Esta é uma boa alternativa para a terapia gênica por utilizar as células precursoras do animal doente, diminuindo a change de rejeição às células e a resposta inflamatória do músculo.
Canadá - pesquisadores identificaram um gene, o Pax7, que tem a capacidade de estimular as células tronco em células musculares. A presença desde gene é fundamental nas células regenerativas com a finalidade de corrigir lesões nos músculos. Este seria um novo caminho para aperfeiçoar a terapia gênica ou para melhorar a capacidade natural de regeneração dos músculos.
http://www.plosbiology.org/plosonline/?request=get-document&doi=10.1371/journal.pbio.0020130
Japão - comitê japonês aprovou nesta semana o uso de células tronco de origem embrionária para pesquisas. Seguindo a tendência da maioria dos países, este uso será limitado ao uso terapêutico destas células no tratamento de doenças. No Brasil a decisão do senado sobre este uso das células tronco será votado nas próximas semanas.
França - decisão desta semana do parlamento francês bane a clonagem que passa a ser crime. No entanto, por um período de 5 anos os cientistas poderão utilizar legalmente os embriões remanescentes nas clínicas de fertilização. Após 5 anos de pesquisas os parlamentares irão reavaliar está lei e dependendo dos resultados poderão liberar definitivamente o uso de células tronco com fins terapêuticos.
Itália - neste estudo uma fração das células tronco circulantes, a fração AC133(+), foi injetada em camundongos com distrofia muscular; os camundongos tratados apresentaram expressão da distrofina e maior força muscular; se estas células puderem ser identificadas, isoladas e tratadas poderia ser aberto um caminho para tratamento das distrofias musculares.
China - pesquisadores chineses injetaram células tronco da medula óssea na veia do rabo de camundongos portadores de distrofia muscular. Após 5 a 20 semanas os pesquisadores evidenciaram aumento da expressão da distrofina e utrofina nestes camundongos. Não há relatos detalhados deste experimento.
Inglaterra - O Departamento de Embriologia e Fertilização Humana da Grã-Bretanha concedeu a licença a especialistas da Universidade de Newcastle.Os cientistas estão pesquisando novos tratamentos para doenças como diabetes, mal de Parkinson e mal de Alzheimer.Os especialistas acreditam que esta é não apenas a primeira vez que tal licença é concedida na Grã-Bretanha, mas também na Europa.Mas eles advertem que vai levar pelo menos cinco anos - ou até mais - para que pacientes recebam tratamentos com células-tronco criadas a partir de seu trabalho.
Brasil - Depois de uma manhã de intensos debates, os parlamentares que integram a Comissão de Educação do Senado concederam, em 10 de agosto de 2004, uma vitória parcial à comunidade científica com relação às pesquisas com células-tronco retiradas de embriões humanos. Parcial, porque apesar de votarem substitutivo da Lei de Biossegurança favorável às pesquisas, estas se limitam apenas aos embriões que já estão congelados nas clínicas de fertilização, não abrangendo aqueles que virão a ser congelados depois de aprovada a lei.
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2004/ago/10/160.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u87648.shtml
Nova técnica permite a correção das células tronco dos músculos e mioblastos (21/08/04)
Canadá - este grupo de pesquisa, liderado por Jacques P. Tremblay, tem estudado novas técnicas para aperfeiçoar o transplante de mioblastos. Neste estudo, que será publicado em breve na Revista Molecular Therapy (resumo em inglês abaixo) eles estudaram uma nova técnica para correção dos mioblastos e células tronco dos músculos para poder utilizar as próprias células do paciente neste tratamento. A possibilidade de correção das células do próprio paciente poderia contribuir para melhorar o resultado deste tipo de tratamento.
(In Press: Molecular Therapy, 2004) Nucleofection of Muscle-Derived Stem Cells and Myoblasts with C31 Integrase: Stable Expression of a Full-Length-Dystrophin Fusion Gene by Human Myoblasts NEW
Simon P. Quenneville,Pierre Chapdelaine,JoJl Rousseau, Jean Beaulieu, Nicolas J. Caron, Daniel Skuk, Philippe Mills, Eric C. Olivares, Michele P. Calos, and Jacques P. Tremblay - Canada
Ex vivo gene therapy offers a potential treatment for Duchenne muscular dystrophy by transfection of the dystrophin gene into the patient’s own myogenic precursor cells, followed by transplantation. We used nucleofection to introduce DNA plasmids coding for enhanced green fluorescent protein (eGFP) or eGFP-dystrophin fusion protein and the phage C31 integrase into myogenic cells and to integrate these genes into a limited number of sites in the genome. Using a plasmid expressing eGFP, we transfected 50% of a mouse muscle-derived stem cell line and 60% of normal human myoblasts. Co-nucleofection of a plasmid expressing the C31 integrase and an eGFP expression plasmid containing an attB sequence produced 15 times more frequent stable expression, because of site-specific integration of the transgene. Co-nucleofection of the C31 integrase plasmid and a large plasmid containing the attB sequence and the gene for an eGFP–full-length dystrophin fusion protein produced fluorescent human myoblasts that were able to form more intensely fluorescent myotubes after 1 month of culture. A nonviral approach combining nucleofection and the C31 integrase may eventually permit safe autotransplantation of genetically modified cells to patients.
USA - utilizando um modelo de distrofia muscular canino os pesquisadores realizaram transplante de células tronco da medula óssea. A análise dos músculos antes e após o transplante não demonstraram aumento da expressão da distrofina nos músculos.
São Paulo - O ministro da Saúde, Humberto Costa, lançou nesta sexta-feira, 24/09/04, a primeira Rede Pública de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (Brasilcord) do país, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O projeto é uma parceria entre o hospital e o governo federal. Com a implantação da rede, cerca de 4.000 cordões umbilicais devem ser coletados por ano. Um dos destinos do material é o uso em transplantes de medula óssea. O Brasilcord é composto por dez bancos públicos de cordão umbilical e placentário.
Brasil - pesquisadores da Clínica Pró-Cardiaco no Rio de Janeiro em associação com a Universidade do Texas divulgaram os primeiros resultados do uso de células da medula óssea, ricas em células tronco, no coração de pessoas com doença cardíaca grave, que estavam na espera de transplante cardíaco. Até o momento 14 pacientes já foram tratados com esta técnica e há um grupo de pacientes com tratamento convencional para controle. Os paciente com mais tempo do tratamento sairam da fila dos candidatos a transplante. Um dos pacientes faleceu devido a um derrame cerebral e o seu músculo cardíaco esta sendo estudado para determinar se houve sucesso no tratamento. É um grande avanço para o tratamento da doença cardíaca e pode abrir caminho para o uso em outras doenças como a distrofia.
USA - os autores estudaram a capacidade de regeneração das células tronco não musculares em um modelo experimental em camundongos. Menos de 1% das células expressaram o gene, indicando que o recrutamento de células não musculares foi muito baixo. Estudos como este devem ajudar a entender o papel das células tronco e encontrar um modo de induzí-las a participar da regeneração muscular.
Primeiro caso de transplante de células tronco em distrofia muscular de Duchenne na China (26/10/04)
China - recebi esta semana um relato do primeiro caso do transplante de células tronco em Distrofia Muscular de Duchenne; o procedimento foi realizado há 92 diasem um menino de 12 anos; previamente o paciente recebeu quimioterapia para destruir a sua médula óssea; em seguida recebeu na veia as células tronco do cordão umbilical; a biópsia realizada após 76 dias revelou que algumas fibras estava expressando a distrofina. Ele apresentou uma discreta melhora de força muscular. Este é o e-mail que recebi do Dr. Cheng Zhang que realizou o procedimento:
"Dear Dr. David Feder,
Thank you for your email. Today is 92 days that the DMD boy is transplanted by umbilical cord stem cells. He is twelve years old and he cannot walk for almost three years. The umbilical cord stem cells was transfer into his vein 92 days ago. The muscle biopsy was done after 76 days of the transplantation. We find that the dystrophin staining is weak positive in some muscle cells. We are conforming that the weak positive muscle cells come from the donor. The DMD boy has a little improvement in his locomotive function, for example, he touch his nose a little better than before. Now, the DMD boy is OK, he like watch TV, and sometimes play cards with nurse. We are still waiting and observing what happen on him.
Sincerely yours,
Cheng Zhang, MD, PhD - Professor and Chair, Department of Neurology
First Affiliated Hospital - Sun Yat-sen University - Guangzhou, Guangdong, 510080
P. R. China"
Mais notícias sobre o uso de células tronco em Distrofia Muscular de Duchenne na China (28/10/04)
China - em resposta as minhas perguntas o Dr. Zhang disse que o transplante utilizou células de cordão umbilical obtida de doador não aparentado; havia uma compatibilidade entre doador e receptor mas o paciente esta recebendo tratamento imunossupressor em conjunto. Ele está planejando utilizar esta terapia em outros pacientes. A resposta dele pode ser lida aqui:
"Dear Dr. David Feder,
Thank you for your email. Yes, we used a nonrelated cord blood stem cell. Because the HLA match is very well so the immune reaction is not obvious, but we still use some immunossupresor drugs now. We are preparing another boys for transplantation.
Best wishes,
Cheng Zhang"
USA - algumas formas de distrofia muscular tipo cinturas e a distrofia de Miyoshi estão relacionadas a mutação do gene da disferlina. Neste estudo os pesquisadores estudaram um camundongo com mutação do gene da disferlina. Os pesquisadores realizaram o transplante de células de cordão umbilical nestes camundongos que receberam também drogas imunossupressoras durante todo o experimento. O estudo dos músculos permitiu identificar um pequeno número de células humanas implantadas nos músculos. Este estudo permitiu docimentar que as células do cordão umbilical humano tem um potencial de diferenciação em células musculares.
Resumos apresentados no 14o Encontro Anual da Sociedade Européia de Neurologia (14/11/04) - Espanha/junho de 2004
Espanha - realizou-se em junho de 2004 esta reunião de neurologistas europeus na qual foram apresentadas 4 pesquisas em distrofia muscular. Na primeira os autores descrevem a melhora da força e da fadiga muscular em camundongos com distrofia muscular utilizando duas drogas: a IRFI 042, antioxidante, e a PDTC, um inibidor da NF-kB, uma proteína que causa degeneração muscular. Na segunda os pesquisadores encontraram um pequeno resultado com o transplante de células da medula óssea em camundongos com distrofia muscular (baixa expressão da distrofina nos músculos). Na terceira pesquisa os autores encontraram déficits de linguagem em portadores de distrofia muscular de Duchenne (déficit em compressão de sintaxe e gramática, sem dificuldade de leitura). Na quarta pesquisa os autores discutem as causas de insuficiência respiratória na distrofia miotônica (apnéia do sono, fraqueza muscular). Os trabalhos como foram apresentados no Congresso podem ser lidos aqui:
S. Messina, P. Seminara, M. Aguennouz, M.C. Monici, H. Marini, F. Squadrito, G. Vita (Messina, I)
Previous studies provided evidences that generation of reactive oxygen species and activation of transcription factor NF-kB may play important roles in the pathogenesis of Duchenne muscular dystrophy. We tested whether IRFI 042, a vitamin E-like antioxidant, and PDTC, a NF-kB inhibitor, could have an effect on muscle weakness in mdx mice. We treated 48 5/6-week old mdx and wild type mice with intraperitoneal injections of PDTC (50 mg/kg), IRFI 042 (20 mg/kg), or vehicle, three times a week for five weeks. Data regarding weight, survival and forelimb strength and fatigue were collected. Motor performance measurements were carried out using a grip meter attached to a force transducer which measures peak force generated. Mdx mice treated with IRFI 042 or PDTC showed at the end of treatment a significantly higher forelimb strength than vehicle controls (IRFI 042: +53.6%, p<0.001; PDTC: +53.1%, p<0.05) as well as higher strength normalised to weight (IRFI 042: +57.8%, p<0.001; PDTC: +54%, p<0.05). Furthermore PDTC-treated mdx mice had significantly less fatigue than vehicle animals (-120%, p<0.004).
Our results suggest that PDTC and IRFI 042 might have a beneficial effect on weakness and fatigue in mdx mice. Further studies are needed to investigate the morphological and biochemical substrates of such encouraging preliminary results.
F. Chretien, P.A. Dreyfus, P. Caramelle, B. Chazaud, R.K. Gherardi (Créteil, F)
We have previously developed a murine model of bone marrow (BM)
transplantation from B6-TgGFP transgenic mice to normal irradiated B6 mice, the
cytoplasmic green fluorescent protein (GFP) being used as an unambiguous marker
of donor-derived cells in host muscle. Using this model we were able to
demonstrate that stem cell marker-expressing cells found in connective tissue
and myogenic precursor cells (satellite cells) may be derived from bone-marrow
in adulthood. To investigate the therapeutic potential of BM transplantation in
muscle diseases such as dystrophinopathies, we compared the results obtained in
C57Bl6 (B6) mice and mdx mice, a model for Duchenne muscular dystrophy in which
muscle regeneration is dramatically increased. In mdx muscle compared to B6
muscle, we observed numerous GFP+ mononucleated cells corresponding to
macrophages and numerous necrotic fibers filled by GFP+ macrophages and
myoblasts. The number of GFP+ satellite cells number was similar in mdx and B6
mice 6 months post transplantation. However, GFP+ muscle fibers were more
numerous in mdx mice. They were from month 1 post transplantation, a time point
showing no GFP+ fiber in B6 mice. Six months post transplantation, 4 fold more
GFP+ muscle fibers were found in mdx mice compared to B6 mice.
In contrast, dystrophin expression was only mildly increased (0,65% at month 6)
and colocalizations between GFP and dystrophin was rarely found on serial cross
sections. We conclude that the nuclear domain of dystrophin is probably much
shorter than that of GFP.
F. Civati, M. Guglieri, M.G. D' Angelo, A. Tavano, F. Fabbro, M.L. Lorusso, M. Sironi, A.C. Turconi, G.P. Comi, N. Bresolin (Bosisio Parini, San Vito, Milan, I)
Background: Duchenne Muscular Dystrophy (DMD) is a fatal recessive x-linked
muscular disease caused by the absence of dystrophin. Dystrophin isoforms are
also expressed in the cerebral neocortex and in the cerebellum. Cognitive
impairment is described in 1/3 of DMD patients, particularly in patients
carrying deletions in the distal part of the gene. Difficulties in verbal skills
and reading abilities are more frequently described in English speaking patients.
According to the literature children with DMD show linguistic deficits already
in the early phases of language development which mainly consist of poor
expressive verbal abilities and deficits in short-term memory. These
observations suggest that in some cases dystrophinopathy may be associated to
language disorders. Preliminary results in our group of Italian speaking
children showed deficit in Grammatical and Syntax Comprehension.
Aims of the study are:
1) to describe the language and reading ability in a group of italian DMD
children
2) to clarify the nature of the language and reading deficits
Patients: 13 children with DMD (mean age 8,3 years; standard deviation 1,7) were
diagnosed according to international standard criteria. Full Intelligence
Quotient(assessed using Wechsler Intelligence Scale) was >70.
Methods: Language and Reading abilities were determined through: “Test dello
sviluppo Morfosintattico”, Battery of standardized tests, Battery to evaluate
Dyslexia and Dysortography and Tasks of correctness and rapidity. To exclude
additional cognitive deficits we evaluated attention/executive functions domain
and memory and learning domain thought a Developmental Neuropsychological
Assessment (NEPSY particularly: Auditory attention and response set - Visual
attention - List learning - Memory for names).
Results: 8 patients out of 13 showed deficit in Syntax Comprehension. 7 patients
out of 13 manifested deficits in Grammatical Comprehension. No DMD patients (except
one) presented disabilities in reading. Most of the patients showed mild
attention and memory deficits.
Discussion: An early identification of the language and eventually attention/memory
difficulties, would be important for an early treatment, to support DMD children
in their learning course.
H. Takada, S. Kon (Namioka, JP)
Sleep apnoea and hypopnoea have been reported in myotonic dystrophy (MD), but it
is unclear whether those are simply attributable to respiratory impairment as
well as respiratory muscle weakness. The aim of this study was to assess the
correlation of the disrupted nocturnal sleep and awake respiratory function, and
to deduce a mechanism of respiratory failure in MD. The study population
comprised eighteen patients with MD and seventeen patients with other types of
muscular dystrophy for a control group. Patients in the control group were
chosen to represent a similar range of the results of routine spirometry
examination, particularly the expected/observed forced vital capacity (%VC).
Arterial blood gases were also examined early in the morning. Sleep apnoea and
hypopnoea were evaluated in all patients using somnography (Sleep Tester LT-200,
Fukuda Denshi Co., Japan). The number of apnoea and hyponoea during night (NA)
was counted and types of apnoea were judged; the percentage of central type
apnoea (%CSA) and obstructive apnoea (%OSA) among total apnoea. Transcutaneous
recording of oxygen saturation during night were simultaneously performed. The
mean nadir and minimal value of oxygen saturation were obtained. The apnoea
index (AI) and the nocturnal hypoxia index (NHI) were calculated. The mean age
of the MD group was significantly younger than that of the control group (42.9
+/- 11.7 vs. 51.6 +/- 12.8 years). There was no significant difference in the %VC
between the two groups (63.0 +/- 15.4 vs. 65.7 +/- 23.4). The mean PaO2 in MD
was significantly lower and the mean PaCO2 in MD was higher than those in the
control (78.8 +/- 13.2 vs. 94.1 +/- 10.9 mmHg, 49.1 +/- 3.9 vs. 40.3 +/- 4.9
mmHg). The mean nadir (94.7 +/- 1.6 vs. 96.9 +/- 0.7 mm Hg) and minimal value
(73.0 +/- 15.9 vs. 85.6 +/- 7.5 mm Hg) of oxygen saturation in MD were
significantly lower than those in the control. The mean NHI in MD was
significantly higher than that in the control (96.1 +/- 45.3 vs. 36.0 +/- 16.7).
On the other hand, there were not significant differences in the NA, the %CSA,
the %OSA, or the AI between the two groups. Moreover, all the parameters for
apnoea did not correlate with the results of spirometry or arterial blood gases,
although the AI correlated with the NHI or the %CSA in MD. Our results suggest
that respiratory failure in MD is not simply owing to sleep apnoea or
respiratory muscle weakness, but might be due to impaired chemosensitivity or
ventiratory output.
Carta publicada no jornal "Estado de São Paulo" em favor das pesquisas com células tronco no Brasil (14/11/04)
São Paulo - no dia 7 de novembro foi publicada esta carta do meu filho, Leonardo Feder, no jornal. O texto publicado e a foto, que é do próprio Leonardo está a seguir:
"carta aberta à Igreja
“O movimento dos fiéis não era em favor da vida, mas em favor da morte”
Leonardo Feder
SÃO PAULO, SP
No dia 28 de outubro,um grupo de católicos se estabeleceu numa mesa aos pés da Igreja de São Judas Tadeu. Pediam para as pessoas assinarem um manifesto “a favor da vida” e contra o “aborto”. Mas esse “aborto” não se referia à extinção da vida humana quando implantada no útero. Era uma manifestação contra as células-tronco. Isso não era explicado ao público. As células-tronco são extraídas do embrião na fase do blastocisto, cinco dias após a fecundação. Poderiam, teoricamente, transformar-se em vários tipos de células e, num futuro, curar doenças como mal de Alzheimer e diabete. Nessa fase, o embrião é um amontoado de células e mede meio milímetro. Se alguém afirmar que esses embriões, sistematicamente jogados no lixo nas clínicas de fertilização, são vida, isso significa dizer que potencial de vida é vida. Assim, as pessoas que estão morrendo pela falta de tratamento com a promissora pesquisa com as células-tronco estarão perdendo muitas vidas, a própria e a dos filhos que poderiam ter. Portanto, mais seres morrerão se a pesquisa não for concluída rapidamente. O que esse grupo de católicos estava fazendo não era movimento em favor da vida, mas em favor da morte.
ACADIM realizará ato público em favor do uso das células tronco embrionárias no Brasil (22/11/04)
Rio de Janeiro - no dia 26/11/2004 das 12:00 às 14:00hrs, no Rio de Janeiro, no Largo da Carioca em frente ao metrô a ACADIM estará realizando um ato-público a favor do uso das células tronco embrionárias no Brasil. Este ato pretende sensibilizar a população e os deputados federais que em breve estarão votando a lei da Biosegurança. É muito importante a divulgação e a presença de todos.
Esclarecimento sobre o uso de células tronco no tratamento das distrofias musculares (26/01/05)
Brasil - após a reportagem do Globo Repórter sobre as potencialidades do tratamento com as células tronco tenho recebido muitos e-mail com pedidos de esclarecimentos do uso das células tronco em distrofia muscular e pedidos de inscrição em uma provável fila de candidatos a voluntários. Para esclarecimento de todos gostaria de dizer que os estudos com células tronco em distrofia tem sido realizados em animais. Tenho, no momento, conhecimento de três casos de tratamento com células tronco em distrofia muscular. O primeiro foi por acaso: um menino que recebeu transplante de medula óssea devido a leucemia. Com o passar dos anos se percebeu que o menino era portador de distrofia muscular de Duchenne e que os sintomas que ele apresentava eram menos intensos e que ele apresentava células do doador em seus músculos. O segundo caso foi relatado na China pelo Dr. Zhang que transplantou as células tronco em um menor com distrofia muscular de Duchenne há 6 meses. Não há informações recentes sobre o resultado deste tratamento. O que descobri recentemente é que ele cobra para realizar este tratamento (algo em torno de 36000 a 60000 dólares); ele mesmo alerta para os riscos deste tratamento, inclusive de morte, visto que há necessidade de drogas imunossupressoras antes do tratamento e neste momento o paciente fica sem defesa contra infecções. O terceiro caso que localizei há uma semana foi realizado pela empresa Biomark (http://www.biomark-intl.com/frontdoor/stem_cell.cfm ), que realizou há cerca de 6 meses o tratamento de uma criança com Duchenne (http://www.biomark-intl.com/media/publications/Evans,%20Davey-%20MD-%20Robesonia,%20PA1.pdf). Esta empresa cobra para realizar o procedimento e não faz nenhuma acompanhamento confiável do tratamento, nem exames para averiguar o sucesso ou não do tratamento e não usa drogas imunossupressoras antes ou depois do procedimento. Ou seja é um tratamento que visa lucro, é comercial, e pelo contato que tivemos com o pai do menino não proporcionou até o momento nenhum resultado visível. Portanto concluo que os estudos ainda estão em fase experimental e quando os estudos com pacientes for se iniciar eles serão realizados no Brasil em instituições respeitáveis, com acompanhamento de especialistas para avaliação de resultados e com aprovação de comitês de ética. Estes estudos serão noticiados aqui e todos os critérios para escolha de pessoas para este estudo também serão divulgados. Não há no momento nenhum estudo em andamento e não há nenhuma fila de voluntários.
Brasil - "O Ministério Público Federal em Taubaté (MPF) ajuizou Ação Civil Pública para permitir a pesquisa com células tronco que sejam obtidas de embriões humanos produzidos a partir de fertilização in vitro, desde que com o consentimento dos respectivos genitores.A acão, ajuizada pelo procurador da República João Gilberto Gonçalves Filho contra a União e o Conselho Federal de Medicina, alerta que não há legislação que impeça este tipo de pesquisa.Outro objetivo da ação, é aumentar as chances de cura para pessoas que sofrem de paralisia dos membros, leucemia, entre outras doenças onde o tratamento com células tronco está sendo estudado.Na ação, o procurador diz que os embriões são produzidos para o tratamento de mulheres que têm dificuldade em engravidar. Alguns destes embriões são usados para a fertilização das mulheres, mas “o restante dos embriões inicialmente congelados, hoje em dia, acaba sendo descartado como lixo biológico imprestável”.O que se pretende é que este material descartável possa ser usado em pesquisas científicas que irão beneficiar milhares de pessoas portadoras de doenças graves"
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Um profundamente dividido comitê legal da Assembléia Geral da ONU adotou na sexta-feira uma declaração, que não exige comprometimento legal dos países, pedindo aos governos que proíbam todas as formas de clonagem humana, inclusive as técnicas utilizadas nas pesquisas com células-tronco. O comitê registrou 71 votos favoráveis, 35 contrários e 43 abstenções para adotar o texto proposto por Honduras e apoiado pelo governo do presidente norte-americano George W. Bush. Defensores das pesquisas com células-tronco se opuseram a medida, que agora deve ser votada pela Assembléia Geral, composta por 191 países. Antes de aprovar a declaração, o comitê legal rejeitou uma séries de emendas propostas pela Bélgica que iria amenizar o tom do texto tornando-o mais aceitável para os defensores das pesquisas com células-tronco. No centro dos debates do comitê esteve as pesquisas médicas que dependem da chamada clonagem terapêutica, na qual embriões humanos são clonados para obter as células usadas nos estudos. Depois, os embriões clonados são descartados. Muitos cientistas afirmam que nesta técnica está a esperança de cerca de 100 milhões de pessoas que têm problemas como mal de Alzheimer, câncer, diabetes e lesões na coluna espinhal. Mas os Estados Unidos, a Costa Rica e outros países argumentam que vêem esse tipo de pesquisa, independente de seu propósito, como a retirada de uma vida humana. A votação de sexta-feira ocorre após anos de deliberações sobre propostas para uma proibição global da clonagem de humanos. As discussões começaram em 2001 com uma proposta para elaborar um tratado global que proibisse a clonagem de humanos e que determinasse o comprometimento legal dos governos com seu conteúdo.
USA - recentemente noticiamos que algumas empresas como a BioMark estavam fazendo tratamentos com células tronco de cordão umbilical para várias doenças, inclusive distrofias. Reportagem publicada hoje nos Estados Unidos desmascara a empresa BioMark demonstrando série de irregularidades da empresa, falta de preparo e técnica, exploração do desespero alheio entre outros problemas. O FDA está investigando a empresa que está proibida de realizar o tratamento nos Estados Unidos (pacientes são tratados em outros países como o Canadá e o México). Esta noticía é muito importante pois revela que há muita gente querendo explorar o desespero de famílias. Muita atenção com tratamentos milagrosos que só um médico pode fazer. Pesquisadores sérios divulgam suas pesquisas em Congressos e em reuniões de especialistas e não cobram para realizar pesquisas.
Brasil - "Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite a Lei de Biossegurança, regulamentando a pesquisa com células-tronco de embriões e o plantio e a comercialização de produtos transgênicos.Deputados contrários à pesquisa com células-tronco tentaram até o último momento retirar a medida do texto, prevista no artigo 5º, após muita discussão. Foram derrotados com a rejeição do destaque que pedia a supressão do artigo --366 votos a favor da manutenção da autorização à pesquisa, 59 contrários e 3 abstenções. O único partido a encaminhar posição contrária ao artigo 5º foi o Prona. Os outros votos contrários eram, na maioria, de parlamentares ligados à Igreja Católica, que condena o uso de embriões em pesquisa, e à bancada evangélica, que ficou dividida. Os deputados ligados à Igreja Universal, por exemplo, votaram a favor. O deputado Salvador Zimbaldi, do PTB de São Paulo, afirmou que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra o projeto, que ele considera inconstitucional. Pacientes com deficiências físicas que podem ser beneficiados com as pesquisas no futuro passaram o dia no Salão Verde da Câmara, conversando com deputados, relatando seus casos e pedindo a aprovação do texto. Vários acompanharam a sessão. Depois, voltaram ao Salão Verde para comemorar. Alguns choraram."Estou radiante. Foi uma história muito suada, mas valeu a pena", disse Mayana Zatz, geneticista da USP que foi a principal articuladora dos interesses dos cientistas no Congresso.Desde segunda-feira, grupos de movimentos pró e contra pesquisas com células-tronco fizeram atos de pressão na Câmara. A aprovação do texto-base, modificado no Senado no final do ano passado, foi por 352 votos a favor, 60 contrários e 1 abstenção.O padre Márcio Fabri, teólogo e bioeticista do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, criticou o que considera um erro de foco na discussão. "Infelizmente, a discussão toda tomou um caminho em que interesses não-declarados fizeram uma onda maior", disse. "Esses interesses não são apenas pelo progresso da humanidade, mas de transformar os serviços em produtos."Pelo texto aprovado ontem, a clonagem humana continua proibida. O texto agora será encaminhado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva"
Células-tronco: expectativas e realidade: artigo de Lygia V. Pereira na
revista Scientific American Brasil(17/04/05)
Brasil - " O Governo Federal irá investir R$ 11 milhões em pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 20, pelos ministros da Ciência e Tecnologia e da Saúde, Eduardo Campos e Humberto Costa, que lançaram, na Câmara dos Deputados, edital do CNPq que selecionará projetos de pesquisas básicas, pré-clínicas e clínicas relacionadas ao desenvolvimento de procedimentos terapêuticos inovadores em terapia celular. O uso de células-tronco embrionárias foi possível graças à aprovação da Lei de Biossegurança em março deste ano. Para Eduardo Campos, o lançamento desse edital é um dos mais importantes passos para um avanço extraordinário do país quanto à produção de conhecimento na área médica. “Representa, também, um marco na afirmação do trabalho dos cientistas brasileiros em favor do progresso do país e de melhores condições de vida para sua população”, disse.“Realmente só precisávamos do marco legal (a aprovação da Lei de Biossegurança) para que os cientistas pudessem utilizar o talento e a capacidade que possuem, como demonstram pesquisas já realizadas com células-tronco adultas, para avançar nesta área de alta especialização”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia. O MCT também vem investindo em pesquisas nessa área há alguns anos. A primeira ação, em 2001, visou à capacitação do país, em C&T, para introduzir e desenvolver uma nova área médica, a Medicina Regenerativa, que trata pacientes com doenças crônico-degenerativas e traumáticas com terapias celulares e teciduais. Foram repassados mais de R$ 4 milhões. Desde então, foram lançados vários editas pelas agências de fomento – CNPq e FINEP – a fim de transferir recursos para pesquisas em terapia celular. “O edital já estava sendo elaborado quando a lei foi aprovada. Prevíamos apenas a utilização de células-tronco adultas derivadas da medula óssea e do cordão umbilical. Com a nova lei, abrimos o leque de pesquisa”, informou Humberto Costa. “Ainda há um caminho longo a ser trilhado, mas se não começássemos logo, o Brasil ficaria muito defasado”, defendeu o ministro lembrando que o Governo Federal já vinha inovando no âmbito da pesquisa em saúde desde 2003, quando foi promovida uma mudança na política nacional de pesquisa para o setor quando, entre outras ações, foi criada a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos no Ministério da Saúde. Segundo o ministro, no ano passado foram investidos um total de R$ 57 milhões em C&T e a previsão é de que o esse valor chegue a R$ 80 milhões este ano. Presente na cerimônia de lançamento do edital, o pesquisador Eduardo Krieger, presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC) afirmou que, para os cientistas, a iniciativa do Governo Federal é motivo de comemoração. “Hoje, nós cientistas não somos como as imagens estereotipadas do passado em que vivíamos isolados do mundo. Temos uma preocupação social forte e esperamos que o resultado de nossas pesquisas possa ser usado em prol da sociedade”, disse Krieger. A pesquisadora da USP Mayana Zatz, também prestigiando o evento, disse que, embora a possibilidade de utilização segura de células-tronco em pacientes ainda pertença a um futuro não tão próximo, o investimento em pesquisas é um progresso fantástico que permitirá estudar, por exemplo, o controle do processo de evolução dessas células, quando inseridas no corpo humano. Os beneficiários diretos do desenvolvimento dessas pesquisas também comemoram. Segundo a presidente da ONG Movitae (Movimento em Prol da Vida), essa foi uma das maiores vitórias para os portadores de doenças degenerativas. “Estamos há dois anos na luta para esclarecer a sociedade civil sobre a importância da liberação das pesquisas com células-tronco e agora estamos dando mais um passo rumo ao sucesso dessas pesquisas.”, disse. O edital, cujos recursos são provenientes, metade do Fundo Setorial de Biotecnologia (CT-Bio), metade da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS, está disponível na página do CNPq e as submissões de propostas poderão ser feitas até o dia 04/06/2005. Os estudos devem se desenvolver no período de dois anos e os recursos serão liberados em duas parcelas – a primeira este ano e a segunda em 2006.
Veja o edital em: http://www.cnpq.br/servicos/editais/ct/2005/edital_0242005.htm"
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Células-tronco serão o tema do programa Roda Viva desta semana (04/06/05)
São Paulo - nesta semana o programa Roda Viva da Rede Cultura de Televisão terá com entrevistada a professora Lygia da Veiga Pereira, professora do Departamento de Biologia da USP. O programa contará com entrevistados que são contra o uso de células tronco embrionárias como a Prof. Alice Ferreira da UNIFESP. A ação direta de inconstitucionalidade movida pelo procurador-geral da República, Claudio Fonteles, contra a Lei de Biossegurança, por permitir pesquisas com embriões humanos, também serão abordada. A participação de todos é importante inclusive com e-mails e pelo telefone. O programa Roda Viva será no dia 6 de junho de 2005 às 22:30 hrs com transmissão também pela internet (http://www.tvcultura.com.br/rodaviva).
China - eu já tinha colocado no site no ano passado as informações deste caso e agora o pesquisador publicou oficialmente os resultados do primeiro caso de distrofia muscular de Duchenne tratado com células tronco da medula óssea. O garoto de 11 anos foi tratado com células tronco da medula óssea de um doador compatível. Previamente ao estudo ele foi tratado com uma quimioterapia muito forte para destruir a sua medula óssea. Após um período de recuperação difícil o paciente apresentou melhora da força muscular. As células do doador desencadearam uma pequena reação ao organismo do menino. É apenas um caso isolado mas as informações obtidas com este tratamento irão auxiliar em novas pesquisas. Eu tive conhecimento que um pesquisador americano irá em futuro breve viajar para a China para avaliar os resultados deste estudo.
O uso de células tronco embrionárias em camundongos com distrofia muscular (25/06/05)
USA - o potencial das células tronco embrionárias ainda não foi totalmente esclarecido. Neste estudo os autores prepararam células tronco embrionárias de camundongos que foram injetadas em animais com distrofia muscular. Algumas fibras musculares normais, com circulação sanguínea normal foram formadas mas somente ocasionalmente. Não temos informações detalhadas deste estudo que será publicado em breve; o resumo, em inglês, pode ser lido abaixo:
(IN PRESS:Biochemical and Byophysical Research Communications, 2005; 333(2):644-649) Generation of skeletal muscle from transplanted embryonic stem cells in dystrophic mice
Satyakam Bhagavati and Weimin Xu - USA
Abstract
Embryonic stem (ES) cells have great therapeutic potential because of their capacity to proliferate extensively and to form any fully differentiated cell of the body, including skeletal muscle cells. Successful generation of skeletal muscle in vivo, however, requires selective induction of the skeletal muscle lineage in cultures of ES cells and following transplantation, integration of appropriately differentiated skeletal muscle cells with recipient muscle. Duchenne muscular dystrophy (DMD), a severe progressive muscle wasting disease due to a mutation in the dystrophin gene and the mdx mouse, an animal model for DMD, are characterized by the absence of the muscle membrane associated protein, dystrophin. Here, we show that co-culturing mouse ES cells with a preparation from mouse muscle enriched for myogenic stem and precursor cells, followed by injection into mdx mice, results occasionally in the formation of normal, vascularized skeletal muscle derived from the transplanted ES cells. Study of this phenomenon should provide valuable insights into skeletal muscle development in vivo from transplanted ES cells
China - periodicamente temos incluído no site informações sobre este menino de 12 anos, portador de Distrofia Muscular de Duchenne, que foi submetido em 2004 ao tratamento com células tronco do cordão umbilical. Os resultados tem melhorado ao longo do tempo e são promissores. Informações importantes sobre o procedimento: a) os pesquisadores utilizaram células tronco do cordão umbilical compatíveis com o menino; b) foi administrada uma quimioterapia potente antes do procedimento; c) drogas imunossupressoras foram administradas após o tratamento; d) houve mudança do tipo sanguíneo após o procedimento; e) as células do doador não reagiram contra o receptor; f) com 75 dias, a biópsia muscular revelou mioblastos e crescimento muscular; g) o número de fibras expressando distrofina aumentou progressivamente chegando a 2,5 a 25%; h) houve uma significativa redução dos níveis da CK; i) houve aumento da força muscular nos braços e pernas. Apesar de ser um estudo inicial e de ser preciso novos estudos, há uma perspectiva bastante positiva com relação a este procedimento em pacientes com distrofia muscular de Duchenne.
Revista Nature publica uma reportagem sobre os tratamentos com células tornco embrionárias na China (08/10/05)
USA - a revista Nature, uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, publica neste mês uma reportagem de seu correspondente na China a respeito das pesquisas com células tronco embrionárias (originadas de aborto), em especial no trauma medular e na esclerose lateral amiotrófica. Entrevistando o Dr Huang, pacientes e pesquisadores ocidentais o artigo aborda vários aspectos interessantes do problema. O Dr. Huang reclama que suas pesquisas não são publicadas em revistas ocidentais e periódicos conceituados por puro preconceito. Os pesquisadores ocidentais e as revistas se defendem dizendo que os dados que os chineses tem não podem ser comprovados por terem sido realizados com metodologia falha e avaliações subjetivas. Consideram estas descrições como anedotárias e sem valor científico. Quanto aos doentes, vindos de países ocidentais tem opiniões contraditórias sobre os tratamento na China. De qualquer modo devemos ter cautela ao analisar os informes vindos da China, procurando obter dados os mais confiáveis possíveis. O Dr. Zhang por exemplo, que fez o tratamento com células tronco de medula óssea em um portador de Duchenne, não responde mais aos meus e-mails e de outros pesquisadores dificultando o acesso as informações. Como ele deverá apresentar um trabalho nos Estados Unidos em novembro deste ano estou tentando convencer algum pai ou pesquisador para conseguir as informações.
Melhora da função pulmonar em paciente com distrofia muscular de Duchenne submetido a transplante de células tronco (17/10/05)
China - este grupo da China realizou o primeiro transplante de células tronco para tratamento da distrofia muscular de Duchenne; apesar de não dar informações e só publicar os artigos em chinês aos poucos eles vão trazendo mais informações sobre este tratamento. Neste resumo, que será apresentado em novembro em um congresso no Canadá, eles descrevem a melhora da prova de função pulmonar após 3 meses do tratamento com as células tronco. Não há informes recentes sobre a melhora da força muscular e da evolução do menino de 14 anos que foi submetido a este tratamento há mais de um ano. O resumo do poster está a seguir:
(IN PRESS: CHEST,2005:128(4) Supplement, p 356S) SIGNIFICANT IMPROVEMENT IN SPIROMETRY AFTER STEM CELL TRANSPLANTATION IN ONE DUCHENNE MUSCULAR DYSTROPHY PATIENT
Poster Presentations, November 2, Chest 2005 - Montreal, Canada
Li, Zhiping; Guo, Yubiao; Yao, Xiaoli; Zhang, Cheng; Xie, Canmao - Department of Pulmonary & Critical Care Medicine, the First Affiliated Hospital, Guangzhou, Peoples Rep of China
PURPOSE: To describe the pattern of lung
function abnormality and to investigate the
changes in spirometry before and after autologus hematopoietic stem cell
transplantation in one duchenne muscular dystrophy (DMD) patient.
METHODS: Lung function was measured by maximum expiratory flow-volume loops and
whole
body plethysmography in one 14-yr old DMD patient before and three months after
stem cell transplantation.
RESULTS: Lung function test was characterized by restrictive pattern manifested
by lung
volume reduction and increased FEV1/FVC due to muscular weakness. Before stem
cell transplantation, the FVC, FEV1 and MVV were 1.4L, 1.4L and 59.5L
respectively.
3 months after stem cell transplantation, the patient's FVC, FEV1 and MVV were
significantly increased to 2.12L, 2.12L and 118.0L respectively.
CONCLUSION: Although genetically modified myoblast transplantation remains
controversial for
DMD, a significant change in spirometry was found in this DMD patient after stem
cell transplantation.
CLINICAL IMPLICATIONS: Spirometric measurement provides a simple and useful
means of assessing disease progression in DMD patients and should be considered
when stem cell transplantation is planning. Furthermore, since DMD characterized
by gradually developing
muscular weakness, pulmonary physical rehabilitation should focus on the
training of respiratory accessory muscles.
Mais uma informação do paciente que foi submetido a transplante de células tronco na China (12/11/05)
China - temos recebido muito poucas informações sobre o menino com Distrofia Muscular de Duchenne que recebeu transplante de células tronco. O resumo abaixo foi apresentado em um congresso na Ásia. O Dr. Zhang e equipe descrevem as alterações da função respiratória em três meninos com Duchenne, dois deles submetidos a fisioterapia respiratória, sendo que um é o que recebeu transplante de células tronco. O terceiro menino não fez fisioterapia. O estudo mostrou que a realização de fisioterapia respiratória intensiva melhorou a função respiratória mas o menino que recebeu transplante de células tronco apresentou melhora da capacidade respiratória muito superior ao que recebeu somente fisioterapia. A seguir o texto do resumo:
(IN PRESS: Respirology 2005;10(Suppl):A108-A208) BOTH REHABILITATION EXERCISE AND STEM CELL TRANSPLANTATION HAVE POSITIVE EFFECTS ON LUNG FUNCTION IN PATIENTS WITH DUCHENNE’S MUSCULAR DYSTROPHY
ZHIPING LI, YUN ZHONG, XIAOLI YAO, YUBIAO GUO, JIANQIANG HUANG, KEJING TANG, CHENG ZHANG - CHINA
Objective To describe the pattern of lung function abnormality and to investigate the effects of rehabilitation exercise and stem cell transplantation on lung function.
Subject and Method Lung function was measured in three Duchenne’s muscular dystrophy (DMD) patients. Patient A insisted on long-term rehabilitation exercise with appropriate intensity. Patient B nearly never had any rehabilitation exercise. Patient C had exercises on sitting position before he received stem cell transplantation (SCT) and his lung function was measured both before and after SCT.
Results The lung function impairment was characterized by restrictive ventilatory disorder. FVC was significantly decreased and forced expiration was shorter than 2 seconds in all the three patients. Patient A that insisted on long-term rehabilitation exercise had better FVC% and FEV1% than patient B that nearly never had any rehabilitation exercise by 13% and 16% respectively. And Patient C who had exercises on sitting position before SCT had better FVC% and FEV1% than patient B by 3% and 6% respectively. After SCT, FVC% and FEV1% of patient C were both increased by 44%.
Conclusion The restrictive ventilatory disorder in DMD patients is caused by respiratory muscle damage. Rehabilitation exercise, especially those aiming at respiratory muscles such as abdominal breathing, inspiration against resistance and balloon blowing can help to delay the deterioration of lung function in DMD patients. Also, SCT can significantly improve the lung function in a DMD patient, suggesting that SCT may be a promising therapy for DMD patients.
USP vai usar células de embrião para estudar distrofia muscular (14/11/05)
São Paulo - Texto da reportagem da Folha de São Paulo de 8/11/05: "Uma das principais cientistas a lutar pela liberação dos estudos com células-tronco embrionárias no Brasil finalmente vai poder pesquisar o tema. Mayana Zatz e seus colegas do Instituto de Biociências da USP recorreram com sucesso de uma decisão do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que havia negado financiamento a um projeto deles na área. "Eles diziam que nós não tínhamos experiência suficiente na área. Respondi que concordava, mas até aí ninguém no Brasil ainda tem essa experiência", argumenta Zatz. Para muitos cientistas, o resultado do edital do CNPq sobre células-tronco, divulgado em agosto, foi um balde de água fria. Dos 41 projetos aprovados, só um previa a derivação (criação) de células-tronco embrionárias humanas no país. A proposta de Zatz também o fará. Essa é a raiz da polêmica que cerca as células. Para obtê-las, é preciso destruir embriões com dias de vida, o que, para muita gente, equivale a tirar uma vida humana. A Lei de Biossegurança, que aprovou o uso das células, estipula que os embriões devem estar congelados há pelo menos três anos e que sejam doados com consentimento dos genitores. Zatz e seus colegas estudam doenças degenerativas neuromusculares. Por isso, sua intenção é "ensinar" as células embrionárias, extremamente versáteis, a se transformar em células nervosas e musculares. Uma vez dominado o processo, elas serão transplantadas para camundongos cujo organismo não fabrica a distrofina, proteína essencial para a saúde e o crescimento dos músculos. Esses animais servirão de modelo para estudar a distrofia de Duchenne, doença humana que é causada pela ausência de distrofina. "Ninguém é louco de colocar as células-tronco em humanos", ressalta Zatz. De fato, a falta de conhecimento sobre como as células-tronco embrionárias assumem a função dos vários tecidos do corpo ainda deve ser, por muito tempo, um obstáculo ao seu uso em pessoas. A pesquisadora diz que, uma vez estabelecidas as linhagens de células (um processo relativamente complicado), a equipe estará aberta a compartilhá-las com outros cientistas do país. "Se alguém tiver um projeto interessante, ficaremos felizes em colaborar", afirma. O CNPq dará R$ 400 mil ao projeto, mas Zatz diz que pedirá também financiamento à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)."
Holanda - a ídeia não é nova; os pesquisadores estudam o potenciam das células tronco da medula óssea no tratamento da distrofia muscular de Duchenne; a ideía seria utilizar células da medula do próprio paciente e corrigí-las com vetores virais; colocadas em meio de cultura estas células participaram da síntese de novos mioblastos. O estudo em tubo de ensaio mostrou a possibilidade desta forma de tratamento, apesar de que os estudos estão ainda muito no início.
USA - células tronco mesenquimais são células musculares com potencial para se transformar em células musculares. Nas doenças genéticas elas não podem ser utilizadas no tratamento da doença porque elas carregam o defeito genético. Nesta pesquisa em laboratório os pesquisadores utilizaram um vetor viral com um microgene da distrofina para corrigir as células tronco mesenquimais de camundongos. Estas células passaram a expressar a distrofina e poderiam ser utilizadas no tratamento da doença. Falta ainda provar que estas células injetadas nos animais sejam capaz de corrigir a doença, escolher a via de administração e muitos outros detalhes para que, no futuro, este estudo possa ser utilizado em seres humanos.
USA - o uso de células tronco pode ser uma possibilidade no tratamento das distrofias; neste estudo células tronco musculares. Células tronco de origem muscular já foram transplantadas em camundongos por via venosa com distrofia muscular com poucas células expressando a distrofina. Neste estudo as células foram injetadas em artérias. Com este tratamento houve um aumento da expressão(5-8%) e foi possível demonstrar que estas células se diferenciaram em músculos. Este estudo é mais um passo na busca de uma melhor alternativa para o tratamento da distrofia muscular com células tronco.
Transplante de medula óssea promove bons resultados em camundongos com uma forma de distrofia congênita mas não no camundongo mdx (14/07/06)
Japão - a maioria dos estudos experimentais utiliza o camundongo mdx que é deficiente em distrofina; nesta pesquisa foram comparados os resultados do transplante de medula óssea em camundongos mdx e camundongos com uma forma de distrofia congênita (deficiência em laminina alfa 2). Os camundongos com distrofia muscular congênita tratados com transplante de medula óssea apresentaram maior taxa de crescimento, aumento de força muscular, melhora da função respiratória e maior sobrevida. Os camundongos mdx apresentaram expressão da distrofina em algumas fibras mas não tiveram nenhuma melhora com o tratamento. O resumo em inglês do artigo pode ser lido abaixo:
IN PRESS: FEBS, 2006 Bone marrow transplantation improves outcome in a mouse model of congenital muscular dystrophy
Hiroki Hagiwaraa, Yutaka Ohsawaa, Shoji Asakurab, Tatsufumi Murakamia, Takanori Teshimac, Yoshihide Sunadaa - Japan
We examined whether pathogenesis in dystrophin-deficient (mdx) mice and laminin-a2-deficient (dy) mice is ameliorated by bone marrow transplantation (BMT). Green fluorescent protein (GFP) mice were used as donors. In mdx mice, BMT failed to produce any significant differences in muscle pathology, although some GFP-positive fibers with restored dystrophin expression were observed. In contrast, in the dy mice, BMT led to a significant increase in lifespan and an increase in growth rate, muscle strength, and respiratory function. We conclude that BMT improved outcome in dy mice but not mdx mice.
China - neste estudo os pesquisadores realizaram o transplante de medula óssea nos camundongos mdx (camundongos com mutação no gene da distrofina). Ao contrário do trabalho abaixo onde o resultado foi muito pequeno, neste estudo chinês houve expressão da distrofina progressivamente maior ao longo do tempo chegando até 16%.
Inglaterra -
"O cientista mais famoso do mundo, que só consegue se
comunicar com outras pessoas por meio de um computador e um sintetizador de voz,
atacou o governo de George W. Bush e classificou de "reacionária" a restrição às
pesquisas com células-tronco embrionárias nos EUA. O físico britânico Stephen
Hawking, 64, autor de idéias revolucionárias sobre a história do Universo e a
estrutura dos buracos negros, é portador de esclerose lateral amiotrófica,
doença que afeta severamente o controle dos músculos e que há décadas o mantêm
preso a uma cadeira de rodas. Ele fez seus comentários às vésperas de uma
votação na qual a União Européia poderia banir o financiamento à pesquisa com
embriões humanos. "A Europa não deve seguir a liderança reacionária do
presidente Bush", disse ele por e-mail. "A pesquisa com células-tronco é a chave
para o desenvolvimento de curas para doenças degenerativas como o mal de
Parkinson e as moléstias que afetam os neurônios motores, das quais eu e muitas
outras pessoas sofrem", declarou Hawking, que hoje é o professor da mesma
cátedra da Universidade de Cambridge ocupada por Isaac Newton no século 17. As
células-tronco embrionárias são capazes de assumir a função de qualquer tecido
do organismo, com grande potencial para reconstruir órgãos lesados. Mas, para
obtê-las, é preciso destruir o embrião, o que muitos consideram igual a um
assassinato. "O fato de que as células vêm de embriões não é uma objeção, porque
os embriões vão morrer de qualquer maneira", rebateu Hawking, referindo-se ao
fato de que a intenção dos pesquisadores é usar os embriões que sobram das
clínicas de fertilização. "Em termos morais, é o equivalente de se usar o
coração de uma vítima de um acidente de carro para um transplante." Hawking,
porém, negou que estivesse argumentando em interesse próprio. "Fico feliz que as
pessoas agora estejam usando células-tronco para tratar doenças do neurônio
motor, mas não estou prendendo minha respiração por causa disso", escreveu ele,
lembrando que terapias viáveis com a técnica ainda estão distantes. Nos EUA, um
veto de Bush (o primeiro de sua carreira presidencial) deteve o financiamento
federal das pesquisas. Na Europa, um acordo entre os países-membros permitiu que
os fundos da UE fossem usados para isso."
São Paulo - "
Cientistas da
Universidade de São Paulo (USP) estão obtendo avanços importantes na pesquisa de
células-tronco adultas (não embrionárias) obtidas de uma fonte pouco
convencional: a gordura residual das técnicas de lipoaspiração em clínicas de
cirurgia plástica. Em uma pesquisa realizada no Centro de Estudos do Genoma
Humano, células-tronco do tecido adiposo foram transformadas em células
musculares produtoras de distrofina, uma proteína essencial para pacientes com
distrofia de Duchenne, doença genética que causa degeneração dos músculos.
Segundo a pesquisadora Natássia Vieira, que faz o trabalho para sua tese de
doutorado, as células-tronco do tecido adiposo podem ser tão versáteis quanto as
da medula óssea - uma das fontes mais usadas em pesquisa. "Talvez sejam até
mais. Estou tentando demonstrar isso." Em experimentos in vitro, as
células-tronco da gordura se fundiram a células do músculo esquelético de
pacientes. Portadores da distrofia de Duchenne não produzem distrofina, o que
causa degradação da membrana que envolve as fibras musculares. "Sem essa capa
protetora, as proteínas que deveriam estar dentro dos músculos vazam e a
musculatura se degenera", explica a geneticista Mayana Zatz, que orienta a
pesquisa. Ao se fundir com as células-tronco, porém, as células musculares dos
pacientes passaram a produzir distrofina normalmente. "Os níveis de expressão
foram compatíveis com os de uma pessoa saudável", disse Natássia. Os
experimentos foram feitos apenas in vitro, e muitos estudos ainda são
necessários até que a técnica possa ser testada clinicamente. "É apenas um
primeiro passo, mas um passo importante", observa Mayana. Os próximos são testes
in vivo com camundongos e cachorros. A idéia, futuramente, é que as
células-tronco possam ser injetadas em portadores da doença para que seus
músculos produzam distrofina. "O que a gente quer é substituir o músculo, como
se fosse um transplante de órgão", compara Mayana. Segundo ela, há mais de 30
tipos de distrofias musculares - cada uma relativa a uma proteína diferente -
que poderiam se beneficiar da mesma técnica. A pesquisa é feita em colaboração
com a médica Vanessa Brandalise."
Células tronco melhoram a função muscular de cães com distrofia muscular (15/11/06)
Stem cell tests offer muscular dystrophy hope
Itália e França - este é a primeira pesquisa que demonstra resultados expressivos usando as células tronco em cães com distrofia muscular; eles utilizaram mesangioblastos, células tronco de vasos que foram injetadas em artéria. Houve uma grande expressão da distrofina em vários músculos, inclusive no diafragma. Além disso houve melhora da força muscular e aumento da sobrevida. os resultados demonstram que este é um bom caminho para o tratamento de todas as formas de distrofia muscular, mas ainda há necessidade de novos estudos. O resumo em inglês do artigo pode ser lido abaixo:
(IN PRESS: Nature, 2006) Mesoangioblast stem cells ameliorate muscle function in dystrophic dogs
Maurilio Sampaolesi, Stephane Blot, Giuseppe D’Antona, Nicolas Granger, Rossana Tonlorenzi, Anna Innocenzi, Paolo Mognol, Jean-Laurent Thibaud, Beatriz G. Galvez, Ines Barthelemy, Laura Perani, Sara Mantero, Maria Guttinger, Orietta Pansarasa, Chiara Rinaldi, M. Gabriella Cusella De Angelis, Yvan Torrente, Claudio Bordignon, Roberto Bottinelli
& Giulio Cossu - Italy and FranceDuchenne muscular dystrophy remains an untreatable genetic disease that severely limits motility and life expectancy in affected children. The only animal model specifically reproducing the alterations in the dystrophin gene and the full spectrum of human pathology is the golden retriever dog model. Affected animals present a single mutation in intron 6, resulting in complete absence of the dystrophin protein, and early and severemuscle degeneration with nearly complete loss of motility and walking ability. Death usually occurs at about 1 year of age as a result of failure of respiratory muscles. Here we report that intra-arterial delivery of wild-type canine mesoangioblasts (vessel-associated stem cells) results in an extensive recovery of dystrophin expression, normal muscle morphology and function (confirmed by measurement of contraction force on single fibres). The outcome is a remarkable clinical amelioration and preservation of active motility. These data qualify mesoangioblasts as candidates for future stem cell therapy for Duchenne patients.
São Paulo - uma das formas promissoras para tratamento da distrofia muscular é a utilização da células tronco. Um dos problemas ainda não solucionados é como fazer as células tronco se diferenciar no tecido que precisamos, no caso músculos. Nesta pesquisa realizada pela equipe da Dra. Mayana Zatz as células tronco cultivadas em laboratório puderam se diferenciar em músculos e produzir distrofina após serem implantadas em camundongos com distrofia muscular e novamente cultivadas em laboratório. Isto demonstra mais uma vez que existem em nosso organismo citocinas que podem orientar a diferenciação das células tronco. A identificação clara destas citocinas permitirá que as células tronco possam ser utilizadas no tratamento das distrofias musculares.
Nova droga anti-inflamatória previne as alterações musculares em camundongos com distrofia e melhora os resultados do tratamento com células tronco (20/12/06)
Itália - o mesmo grupo italiano que descreveu bons resultados com células tronco em camundongos e cães realizou esta pesquisa associando uma droga nova com a terapai com células tronco. A droga nova é chamada de HCT 1026, um anti-inflaamatório derivado do flurbiproen e que libera óxido nítrico. É auma droga segura com poucos efeitos colaterais paara o estômago e tolerada para tratamento a longo prazo. A droga foi administrada por um ano a camundongos, em dois modelos de distrofia, camundongo mdx, sem distrofina, e o camundongo sem a proteína alfa sarcoglican. Houve melhora das alterações dos músculos, dos níveis de CK e da fadiga muscular com retardo da evolução da doença. os resultados nos camundongos foram melhores que os obtidos com corticóides. Os camundongos tratados com HCT 1026 e que receberam células tronco tiveram quatro vezes mais células tronco mugrando para os músculos. Este tratamento experimental com HCT 1026 demonstrou ser muito eficiente, com resultados positivos a longo prazo. O resumo do artigo e as informações adicionais, em inglês, podem ser lido abaixo:
(IN PRESS: PNAS 2007, 104(1):264-9) Nitric oxide release combined with nonsteroidal antiinflammatory activity prevents muscular dystrophy pathology and enhances stem cell therapy
Silvia Brunelli, Clara Sciorati, Giuseppe D’Antona, Anna Innocenzi, Diego Covarello, Beatriz G. Galvez, Cristiana Perrotta, Angela Monopoli, Francesca Sanvito, Roberto Bottinelli, Ennio Ongini, Giulio Cossu and Emilio Clementi - Italy
Duchenne muscular dystrophy is a relatively common disease that affects skeletal muscle, leading to progressive paralysis and death. There is currently no resolutive therapy. We have developed a treatment in which we combined the effects of nitric oxide with nonsteroidal antiinflammatory activity by using HCT 1026, a nitric oxide-releasing derivative of flurbiprofen. Here, we report the results of long-term (1-year) oral treatment with HCT 1026 of two murine models for limb girdle and Duchenne muscular dystrophies (alpha-sarcoglycan-null and mdx mice). In both models, HCT 1026 significantly ameliorated the morphological, biochemical, and functional phenotype in the absence of secondary effects, efficiently slowing down disease progression. HCT 1026 acted by reducing inflammation, preventing muscle damage, and preserving the number and function of satellite cells. HCT 1026 was significantly more effective than the corticosteroid prednisolone, which was analyzed in parallel. As an additional beneficial effect, HCT 1026 enhanced the therapeutic efficacy of arterially delivered donor stem cells, by increasing 4-fold their ability to migrate and reconstitute muscle fibers. The therapeutic strategy we propose is not selective for a subset of mutations; it provides ground for immediate clinical experimentation with HCT 1026 alone, which is approved for use in humans; and it sets the stage for combined therapies with donor or autologous, genetically corrected stem cells.
ADDITIONAL INFORMATIONS:
"HCT 1026, a derivative of flurbiprofen, one of the most potent nonsteroidal antiinflammatory drugs, that releases NO and does not have the severe side effects of corticosteroids. Of importance for an immediate testing in the clinic is the fact that HCT 1026 is safe at the gastrointestinal level, and it has been approved for use in humans; it is effective on oral administration, and it is thus suited for long-term treatment."
"Two decades after the identification of the molecular defect responsible for Duchenne muscular dystrophy, there are still no effective cures for the disease. The failure of all previous pharmacological treatments has left corticosteroids as the only available drug treatment. Therapy with corticosteroids, despite current attempts to ameliorate the protocols of administration, is still of limited clinical benefits, and it is accompanied by severe side effects. The treatment we tested here meets several criteria for an effective therapy, including the ability to block or at least significantly delay the progress of the disease, produce little or no side toxicity, be cost-effective, and, eventually, resolve the underlying genetic defect. In particular, the administration of HCT 1026 was sufficient on its own to delay significantly and persistently the progression of muscular dystrophy in two different models relevant to muscular dystrophy in humans. The drug was effective in correcting biochemical and morphological alterations and in limiting inflammation. Most importantly, the drug increased muscle strength and significantly increased the ability of animals to perform on different motility tests. This functional amelioration was persistent after 12 months of treatment, when disease in untreated animal was severe, clearly demonstrating the efficacy of the treatment in slowing disease progression. Long-term beneficial effects have not been reported for any of the experimental treatments of muscular dystrophy investigated so far."
Uso de um vetor viral com microgene da distrofina para tratamento das células mesenquimais (10/02/2007)
China - os pesquisadores construiram um vetor viral para levar o microgene da distrofina, uma parte do gene que pode exercer a mesma função do gene inteiro. O vetor foi utilizado para tratamento das células mesenquimais dos camundongos com distrofia muscular. Os resultados demonstraram que este vetor foi capaz de tratar as células mesenquimais dos camundongos. Se isto se confirmar em seres humanos será possível obter células de portadores de distrofia muscular e tratá-las em laborátorio. Quando injetadas estas células poderiam corrigir a doença. O resumo do artigo em inglês pode ser lido abaixo:
Chinese Journal of Biotechnology, 2007; 23(1):27-32) Construction of Recombinant Adenovirus Including Microdystrophin and Expression in the Mesenchymal Cells of mdx Mice
Fu XIONG, Cheng ZHANG, Shao-Bo XIAO, Mei-Shan LI, Shu-Hui WANG, Mei-Juan YU and Yan-Chang SHANG
Construction of recombinant adenovirus, which contain human microdystrophin, and then transfection into mesenchymal cells (MSCs) of mdx mice were done, and genetically-corrected isogenic MSCs were acquired; the MSCs transplantation into the mdx mice was then done to treat the Duchenne muscular dystrophy (DMD). Microdystrophin cDNA was obtained from recombinant plasmid pBSK-MICRO digested with restrictive endonuclease Not I; the production was inserted directionally into pShuttle-CMV. The plasmid of pShuttle-CMV-MICRO was digested by Pme I, and the fragment containing microdystrophin was reclaimed and transfected into E. coli BJ5183 with plasmid pAdeasy-1. After screening by selected media, the extracted plasmid of positive bacteria was transfected into HEK293 cells with liposome and was identified by observing the CPE of cells and by the PCR method. Finally, MSCs of mdx mice were infected with the culture media containing recombinant adenovirus, and the expression of microdystrophin was detected by RT-PCR and immunocytochemistry. Recombinant adenovirus including microdystrophin was constructed successfully and the titer of recombinant adenovirus was about 5.58 × 1012 vp/mL. The recombinant adenovirus could infect MSC of mdx mice and microdystrophin could be expressed in the MSC of mdx mice. Recombinant adenovirus including microdystrophin was constructed successfully, and the microdystrophin was expressed in the MSC of mdx mice. This lays the foundation for the further study of microdystrophin as a target gene to correct the dystrophin-defected MSC for stem cell transplantation to cure DMD.
Células tronco dos vasos sanguíneos de seres humanos podem gerar células musculares (17/02/07)
Itália - este grupo de pesquisadores já tinha demonstrado que células de vasos sanguíneos de cães e camundongos podem gerar células musculares produtoras de distrofina. Neste experimento células tronco de microvasos sanguíneos foram injetadas em camundongos e estes animais passaram a expressar a distrofina, proteína que estava ausente. Estas células tronco de vasos de portadores de distrofia muscular de Duchenne se forem tratadas em laboratório com vetores virais podem fazer o músculo voltar a produzir distrofina. O resumo em inglês do artigo pode ser lido abaixo:
(Nature Cell Biology , 2007) Pericytes of human skeletal muscle are myogenic precursors distinct from satellite cells
Arianna Dellavalle, Maurilio Sampaolesi, Rossana Tonlorenzi, Enrico Tagliafico, Benedetto Sacchetti, Laura Perani, Anna Innocenzi, Beatriz G. Galvez, Graziella Messina, Roberta Morosetti, Sheng Li, Marzia Belicchi, Giuseppe Peretti, Jeffrey S. Chamberlain, Woodring E. Wright, Yvan Torrente, Stefano Ferrari, Paolo Bianco
and Giulio Cossu - ItalyCells derived from blood vessels of human skeletal muscle can regenerate skeletal muscle, similarly to embryonic mesoangioblasts. However, adult cells do not express endothelial markers, but instead express markers of pericytes, such as NG2 proteoglycan and alkaline phosphatase (ALP), and can be prospectively isolated from freshly dissociated ALP+ cells. Unlike canonical myogenic precursors (satellite cells), pericytederived cells express myogenic markers only in differentiated myotubes, which they form spontaneously with high efficiency. When transplanted into severe combined immune deficient–Xlinked, mouse muscular dystrophy (scid–mdx) mice, pericytederived cells colonize host muscle and generate numerous fibres expressing human dystrophin. Similar cells isolated from Duchenne patients, and engineered to express human minidystrophin, also give rise to many dystrophin-positive fibres
in vivo. These data show that myogenic precursors, distinct from satellite cells, are associated with microvascular walls in the human skeletal muscle, may represent a correlate of embryonic ‘mesoangioblasts’ present after birth and may be a promising candidate for future cell-therapy protocols in patients.O encantamento com a terapia com células tronco nas distrofias musculares (17/02/07)
Austrália e Reino Unido - nesta revisão os autores discutem o uso de células tronco no tratamento das distrofias musculares e questionam as analises feitas das últimas pesquisas recentemente publicadas. Como nestas últimas pesquisas realizadas na Itália com células tronco os animais receberam drogas imunossupressoras os autores discutem se o bom resultado obtido não pode ter ocorrido pela medicação e não pelo uso das células tronco. O resumo em inglês do artigo pode ser lido abaixo:
(Neuromuscular Disorders, 2007) The allure of stem cell therapy for muscular dystrophy
Miranda D. Grounds , Kay E. Davies - Australia and UK
Duchenne muscular dystrophy (DMD) is a lethal muscle disease for which an effective treatment is urgently needed. The use of stem cells to produce normal muscle cells to replace the missing dystrophin protein has attracted much attention. Claims of success using stem cell treatment in animal models of human muscle diseases require careful evaluation and are not necessarily easily extrapolated to the clinical situation. Recent studies in the dystrophic dog model have been claimed to show that injected mesangioblasts, stem cells derived from blood vessels, reduce the severity of the disease. However, the authors’ interpretation of the results did not consider that benefits might arise from the concomitant use of immunosuppressive drugs alone.
Japão - nesta pesquisa os autores demonstram que no sangue menstrual existem células com potencial de reparação dos músculos distróficos. Camundongos mantidos com imunossupressão receberam células derivadas do sangue menstrual; após o tratamento os músculos passaram a expressar a distrofina.
China - o Dr. Zhang já publicou várias pesquisas com células tronco de medula óssea no tratamento da distrofia muscular, inclusive em um paciente. Nesta pesquisa o transplante de células tronco de medula óssea foi feita em camundongos com 12 meses de vida, considerados camundongos velhos. Os resultados descritos foram bons apesar de no resumo não ser possível quantificar a intensidade da melhora.
China - células tronco mesenquimais do tecido adiposo tem potencial de transformação em músculos. Nesta pesquisa os autores injetaram estas células tronco em camundongos com distrofia muscular e observaram uma melhora das alterações patológicas e expressão da distrofina.
USA - mesangioblastos são células tronco dos vasos e já demonstraram seu potencial em cães com distrofia muscular (trabalho italiano publicado em 2006). Nesta pesquisa eles foram utilizados em camundongos com severa alteração muscular (ausência de distrofina e utrofina). Estes mesangioblastos injetados em camundongos com distrofia muscular se transformaram em células musculares, células de revestimento de nervos, em vasos e outros tecidos. Houve redução das alterações patológicas dos músculos dos animais tratados. Esta é mais uma demonstração do potencial dos mesangioblastos.
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