Pesquisadores conseguem corrigir a mutação de ponto em camundongos distróficos com a infusão do chamado anti-sense oligoribonucleotídeo Australia - Pesquisadores da University of Western Australia conseguiram com a infusão do anti-sense oligoribonucleotídeo corrigir a mutação de ponto de camundongos portadores de distrofia muscular; a distrofina produzida é mais curta que a normal mas provavelmente funcionante; o efeito seria semelhante ao da gentamicina; novos estudos serão feitos com maior número de animais para testar a efetiva função da distrofina.
A pesquisa foi publicada em Proc. Natl. Acad. Sci. USA, Vol. 98, Issue 1, 42-47, January 2, 2001.
Técnica de terapia gênica "in vitro"obtém sucesso em células musculares obtidas de pacientes portadores de distrofia muscular (28/07/2001)
Holanda - pesquisa realizada em laboratório com células musculares obtidas de portadores de distrofia muscular de Duchenne conseguiu aumentar a produção de distrofina em até 75% dos miotubos utilizando a técnica de mRNA (antisense). O estudo mostra uma das linhas que estão sendo estudadas para corrigir o defeito genético.
INÉDITO - Células musculares de portador de distrofia in vitro passam a produzir distrofina com a administração de oligonucleotídeos (1/12/01)
Japão - oligonucleotídeos tem sido pesquisados como forma de tratar portadores de distrofia com deleção do gene (cerca de 2/3 dos pacientes); este tratamento permitiria a transcrição da distrofina, pulando o bloqueio do gene defeituoso; neste experimento os pesquisadores da Universidade de Kobe realizaram uma biópsia muscular de um voluntário consentido portador de distrofia muscular de Duchenne com deleção no exon 20. As células foram cultivadas. A análise do músculo mostrou que não havia distrofina. As células receberam oligonucleotídeos. Estudos realizados nos dias subsequentes constataram a produção de distrofina pelas células após este tratamento. Os pesquisadores já tem projeto de realizar a pesquisa in vivo com portadores de distrofia, já havendo aprovação por comitê de ética em pesquisa para sua realização. Neste mesmo trabalho os pesquisadores citam um outro grupo da Holanda que realizou concomitantemente a mesma pesquisa utilizando células musculares de dois portadores de distrofia muscular de Duchenne com deleção no exon 45 e obtiveram um resultado positivo semelhante.
USA - Em um modelo experimental de distrofia muscular os pesquisadores procuraram corrigir o defeito genético com a utilização de oligonucleotídeos quiméricos. Os resultados demonstraram em cultura de células a expressão do gene da distrofina (1 a 15%). A injeção destes oligonucleotídeos no músculo de camundongos com distrofia também demonstrou resultado.
Pesquisa busca alterar a severidade da Distrofia Muscular de Duchenne (11/04/02)
Austrália - notícia divulgada pela ABCNews Online em 9 de abril revela que o Dr. Andrew Hoey, da University of Southern Queensland (USQ) e da Australian Neuromuscular Research Institute na Western Australia tem realizado pesquisas para desenvolver um tratamento que permita as células ignorar as mutações genéticas, transformando a Distrofia Muscular de Duchenne em uma forma mais branda, a Distrofia Muscular de Becker. Nesta condição a doença evoluiria mais lentamente aumentando a sobrevida e a qualidade de vida. Já se divulgou em artigos científicos várias tentativas semelhantes mas o que chama atenção nesta reportagem é a frase que "os estudos iniciais provaram que há aumento da força muscular" que deve ser o objetivo de todo tratamento (não adianta corrigir o defeito sem melhorar a força do músculo). Infelizmente a reportagem não revela como o estudo está sendo realizado, em que animais, onde será divulgado cientificamente, etc. O pesquisador tem uma página no site da Universidade e até o momento não respondeu ao e-mail enviado para nos fornecer mais detalhes do experimento.
Pesquisador australiano esclarece sua pesquisa (15/04/02)
Austrália - no dia 11/04 publiquei a seguinte notícia: Pesquisa busca alterar a severidade da Distrofia Muscular de Duchenne; hoje recebi os esclarecimentos do Dr.Andrew Hoey por e-mail; ele esta utilizando oligonucleotídeos que foram injetados no músculo e possibilitaram que a célula consiga transcrever a distrofina, mesmo apresentando uma mutação; estes oligonucleotídeos foram sintetizados por Steve Wilton; ele esclarece que as pesquisas estão em fase inicial e o que justificou a notícia no site é que este tratamento possibilitou a melhora da força muscular que é o objetivo de qualquer tratamento. A pesquisa no momento envolve um modo de levar estes oligonucleotídeos para todas as células.
RNA carregeando antisense consegue corrigir a deleção em células de distrofia muscular de Duchenne (29/06/02)
Itália - neste estudo realizado in vitro os pesquisadores conseguiram corrigir a deleção 48-50 e restaurar a produção de distrofina utilizando trechos de RNA com antisense. Esta é uma das alternativas em estudos para a correção genética da distrofia muscular.
Austrália - uma das formas de terapia gênica que estão sendo estudadas na distrofia muscular é a utilização de oligonucleotídeos; ao invés de substituir o gene defeituoso se utiliza uma sequência pequena de nucleotídeos com a finalidade de fazer a célula vencer o defeito genético e passar a produzir uma forma de distrofina com um pequeno defeito mas funcionante. Esta forma de tratamento está sendo testada em vários centros no Japão, Cingapura e na Austrália; há vários relatos anteriores desta técnica no itém antisense (http://www.distrofiamuscular.net\notisense.htm). Nesta pesquisa em células de camundongo com distrofia os cientistas produziram várias sequências de oligonucleotídeos que demonstraram sucesso e com menor tamanho e com resultados mais efetivos com as células passando a sintetizar a proteína distrofina.
Nova estratégia para correção das doenças genéticas (15/03/03)
Inglaterra - utilizando uma técnica já descrita por outros pesquisadores e relatada no site no dia 12/01/03 os pesquisadores ingleses estão tentando com células de portadores de atrofia espinal a correção do mRNA, intermediário entre o DNA e a síntese de proteínas.
IMPORTANTE - Células musculares de portadores de distrofia muscular de Duchenne foram corrigidas em laboratório (05/04/03)
Holanda - uma linha de pesquisa que está sendo desenvolvida na Holanda, Japão, Austrália, Cingapura e outros centros é a da correção do defeito genético; utilizá-se oligonucleotídeos que ajudam a célula a suplantar o ponto de mutação e produzir distrofina. Neste trabalho eles utilizaram células de 6 diferentes pacientes e no laborátorio esta técnica deu excelente resultado: mais de 75 por cento das células passaram a produzir distrofina. A produção se iniciou com 16 horas do processo com pico de 2 dias e se manteve por pelo menos uma semana. Este é um bom caminho para as pesquisas.
IMPORTANTE - Pesquisadores britânicos conseguem grande avanço na terapia gênica de camundongos com distrofia muscular experimental (07/07/03)
http://www.ananova.com/news/story/sm_797512.html
Inglaterra - neste trabalho divulgado hoje os pesquisadores ingleses utilizando oligonucleotídeos numa técnica conhecida como antisense conseguiram excelentes resultados. Os oligonucleotídeos foram transferidos em grande porcentagem para a célula com a utilização de um detergente sintético. A força muscular aumentou para 70% do normal por mais de três meses. Apesar do excelente resultado há um grande caminho até a utilização desta técnica em seres humanos.
Mais links para este artigo:
RESEARCHERS REMOVE GENE DEFECT IN COMMON FORM OF MUSCULAR DYSTROPHY
Functional amounts of dystrophin produced by skipping the mutated exon in the mdx dystrophic mouse
O uso de oligonucleotídeos restaura a distrofina em camundongos adultos com distrofia muscular experimental (30/08/03)
Austrália - uma das formas de terapia gênica é tentar corrigir o gene defeituoso com oligonucleotídeos; seria uma forma de terapia gênica mais fácil e poderia ser útil para 70% dos pacientes. Neste estudo eles utilizaram camundongos adultos (o que simula a situação atual desta geração de pacientes com distrofia). Após a injeção intramuscular dos oligonucleotídeos, 20 a 30% dos músculos expressaram a distrofina. Apesar da expressão ter sido transitória o efeito seria suficiente para melhorar os sintomas (ou seja seria possível transformar uam distrofia de Duchenne numa forma mais branda como a de Becker). Esta é uma pesquisa bastante promissora mais ainda longe de testes em seres humanos.
Enhanced in vivo delivery of antisense oligonucleotides to restore dystrophin expression in adult mdx mouse muscle.
K.E. Wells;, S. Fletcher, C.J. Mann, S.D. Wilton, D.J. Wells - Australia
FEBS Letters 27592 (2003):1-5
Abstract: The use of antisense oligonucleotides (AOs) to induce exon skipping leading to generation of an in-frame dystrophin protein product could be of benefit in around 70% of Duchenne muscular dystrophy patients. We describe the use of hyaluronidase enhanced electrotransfer to deliver uncomplexed 2P-O- methyl modified phosphorothioate AO to adult dystrophic mouse muscle, resulting in dystrophin expression in 20-30% of fibres in tibialis anterior muscle after a single injection. Although expression was transient, many of the corrected fibres initially showed levels of dystrophin expression well above the 20% of endogenous previously shown to be necessary for phenotypic correction of the dystrophic phenotype.
Japão - um professor da Universidade de Kobe anunciou hoje que um paciente de 10 anos com distrofia muscular de Duchenne foi submetido a terapia gênica com oligonucleotídeos. O paciente recebeu um trecho de DNA para corrigir o DNA defeituoso do paciente. Após este tratamento ele conseguiu demonstrar que o paciente apresenta o RNA mensageiro, intermediário entre o DNA e a síntese de distrofina. Ele acredita que a distrofina certamente será formada apesar deste resultado ainda não estar pronto (demorará alguns meses). Esta técnica permitirá a melhora dos sintomas da distrofia mas não será a cura. Acreditá-se que está forma de tratamento poderá transformar a distrofia muscular de Duchenne em distrofia muscular de Becker. Ainda é um resultado muito inicial (paciente recebeu o tratamento há menos de 2 meses e não há grandes detalhes do procedimento mas é a primeira etapa em seres humanos para tornar esta forma de tratamento viável.
Novas informações vindas de Kobi, Japão (13/12/03)
Japão - em 3/12/03 relatamos o primeiro caso de terapia gênica com oligonucleotídeos, realizado em Kobi no Japão. Esta semana dois pais americanos entraram em contato com o Dr. Masafumi Matsuo que informou que a técnica que ele está desenvolvendo, para transformar a distrofia de Duchenne em Becker, pode ser utilizada na deleção do exon 20 ou 20+. Ele se colocou a disposição para realizar este tratamento em pacientes de outros países. Para qualquer contato o e-mail do Dr. Matsuo é: [email protected] . Ele tem um artigo que descreve as bases técnicas desta terapia, utilizada inicialmente em camundongos. Você pode ler o artigo aqui.
Técnica de terapia gênica pode ser aperfeiçoada (20/12/03)
Holanda - há cerca de uma semana informamos que um pesquisador japonês iniciou uma forma de terapia gênica em pacientes com distrofia muscular de Duchenne. A limitação desta técnica é que ela só é útil para portadores de deleção do exon 20 e 20+. Neste trabalho em laboratório, utilizando células de pacientes com distrofia muscular os pesquisadores realizaram um aperfeiçoamento desta técnica de oligonucleotídeos que pode permitir o tratamento independente do local da deleção.
Negamicina restaura a distrofina nos músculos de camundongos portadores de distrofia muscular (25/12/03)
Japão - este artigo já foi apresentado em Congresso e já tinha sido relatado anteriormente no site. Os antibióticos aminoglicosídeos tem demonstrado experimentalmente a capacidade de restaurar a produção de distrofina em animais com mutação de ponto ou em laboratório em células de pacientes com mutação de ponto. Este grupo estudou a negamicina, um antibiótico do mesmo grupo mas com menor toxicidade. Os resultados demonstraram que a negamicina tem a capacidade de restaurar a produção de distrofina, de modo semelhante a gentamicina.