Pesquisa desenvolve "super-camundongo" resistente a deterioração muscular com a idade
USA - Pesquisa financiada pela MDA-USA desenvolve em laboratório uma espécie de camundongo geneticamente modificada, capaz de produzir mIgf1 (muscular insulin like growth factor 1). Esta proteína é normalmente produzida por jovens, músculos sadios e estimula o crescimento muscular e a regeneração. Níveis elevados de mIgf1 durante toda a vida capacitam as células musculares se recuperar de agressões que normalmente causariam danos permanentes. Como na distrofia muscular a idade se acompanha de perda muscular e prejuízo na capacidade de recuperação dos músculos lesados. Especula-se sobre a possibilidade de uso desta proteína em camundongos com distrofia.
http://www.nature.com/cgi-taf/dynapage.taf?file=/ng/journal/v27/n2/index.html
http://www.mdausa.org/news/010130supermice.html
Pesquisa irá utilizar IGF-1 em cães com distrofia muscular (23/02/02)
USA - em entrevista a CNN sobre a possibilidade de utilização da terapia gênica para aumentar o desempenho muscular nos esportes o pesquisador Lee Sweeney da University of Pennsylvania Medical School revelou que estará pesquisando os efeitos do IGF-1 em cães com distrofia muscular. O IGF-1 (Insulin-like Growth Factor-One) é um fator produzido normalmente por animais. Em suas pesquisas experimentais ele desenvolveu um super-camundongo que recebeu gene para aumentar a produção de IGF-1. Este animal apresenta maior massa muscular e maior capacidade de regeneração muscular. O IGF-1 é um dos fatores estudados por Escolar como tratamento paliativo da distrofia muscular (notícia de 16/02/02).
http://www.cnn.com/2002/TECH/science/02/08/oly.igf1.research/index.html?related
http://www.cnn.com/2002/TECH/science/02/08/igf1.side/index.html
http://www.cnn.com/2002/HEALTH/diet.fitness/02/20/engineered.athletes/
USA - Pesquisa liderada por H Lee Sweeney da Universidade da Pennsylvania introduziu o gene da IGF-1 (fator de crescimento semelhante a insulina- 1) em camundongos com distrofia muscular experimental; IGF-1 é uma proteína presente no organismo normal mas camundongos normais que receberam este gene adquiriram maior massa muscular ("super-camundongos") e ficaram resistentes a perda muscular relacionada com a idade. Os resultados obtidos foram muito positivos: a massa muscular aumentou em até 40% com aumento da força muscular em relação aos camundongos portadores de distrofia que não recebeu o gene IGF-1. O músculo diafragma exibiu hipertrofia e hiperplasia em todas as idades observadas. Além disso a expressão da IGF-1 reduz significantemente a quantidade de fibrose observada no diafragma. Diminuição da mionecrose também foi observada no diafragma e no quadríceps. Por fim aumento da capacidade de regeneração e proteção celular foi obervado. Os autores concluem que o aumento da capacidade de regeneração e prevenção da necrose muscular pode ser um tratamento efetivo para os sintomas secundários a ausência da distrofina. Em complemento o pesquisador sugere que o uso de células tronco do paciente associado a introdução deste gene pode se constituir em um tratamento efetivo. Sharon Hesterlee da MDA sugere que está forma de tratamento pode ser utilizada em várias formas de distrofia.
http://www.mdausa.org/news/020401superMouseDMD.html
Efeitos benéficos da taurina e da IGF-1 na distrofia muscular experimental de camundongos (19/12/02)
Itália e Suíça - Pesquisas tem sido realizadas para encontrar tratamentos paliativos para as distrofias musculares com mínimos efeitos colaterais. Pesquisadores estudaram a taurina e a creatina, drogas que podem reduzir a degeneração muscular e a IGF1,droga que pode aumentar a regeneração muscular, em um modelo experimental de distrofia muscular em camundongos. A droga foi administrada por 4 a 8 semanas e os camundongos foram submetidos ao exercício para acelerar as alterações musculares. Efeitos benéficos foram obtidos com a taurina e a IGF-1 demonstrando um potencial destas drogas no tratamento da distrofia muscular.
Terapia gênica com IGF-1 em um modelo de lesão muscular (17/07/03)
Japão - o IGF-1 tem sido testado em distrofia muscular há algum tempo. Neste estudo experimental foram realizadas lesões musculares em camundongos e a o IgF-1 foi transferido ao músculo por corrente elétrica. Os pesquisadores demonstraram que o IGF-1 promove regeneração dos músculos. Este trabalho demonstra o potencial do IGF-1 na regeneração muscular e é uma alternativa para o tratamento da distrofia muscular.
IGF-I gene transfer by electroporation promotes regeneration in a muscle injury model
Gene Therapy. 10(8):612-620, April 2003.
Takahashi,
T 1; Ishida, K 1; Itoh, K 1; Konishi, Y 2; Yagyu, K-I 2; Tominaga, A 2,3;
Miyazaki, J-I 4; Yamamoto, H 1
The
goal of this study was to determine whether insulin-like growth factor-I (IGF-I)
gene delivery by electroporation promotes repair after muscle injury. An
injury-repair model was created using mice in which a hamstring muscle was cut
and sutured. A total of 50 [mu]g of IGF-I DNA or green fluorescent protein (GFP)
DNA (both in pCAGGS) was injected into the lesion and introduced into muscle
cells by electrostimulation using an electric pulse generator. The number of
regenerating muscle fibers in the IGF-I DNA group was significantly more than
that in the GFP DNA group at 2 weeks after injection. The diameter of
regenerating muscle fibers from the IGF-I DNA group was larger than that of the
GFP DNA group at 4 weeks after injection. There was no significant difference in
the serum IGF-I concentration between the IGF-I DNA group and the GFP DNA group
at 1, 2, and 4 weeks after injection. However, muscle IGF-I concentration in the
IGF-I DNA injection group was significantly greater than that in the GFP DNA
injection group at 2 weeks after injection. These results demonstrated that the
effects of enhanced IGF-I production were local and limited to the injected
area. The ratio (injected/uninjected; intact) of the amplitude of compound
muscle action potentials (CMAP) in the IGF-I DNA injection group was greater
than that in the GFP DNA injection group at 4 weeks after injection and of the
control group. In conclusion, IGF-I gene transfer by electroporation proved to
be a simple, safe, inexpensive, and effective method to promote the regeneration
of injured muscles in our injury model.
USA - o IGF-1 tem sido pesquisado em distrofia muscular. Neste estudo em camundongos normais com treinamento físico os pesquisadores demonstraram a hipertrofia dos músculos. O uso de IGF-1, ainda não disponível, poderá ser uma alternativa para tratamento medicamentoso da distrofia muscular.
Itália - embriões tem capacidades regenerativas que são perdidas na vida extra-uterina; pesquisadores italianos criaram camundongo capaz de manter esta capacidade; eles já sabiam que as células tronco são capazes de migrar por longas distâncias para corrigir tecidos lesados. Eles descobriram uma forma de IGF-1 muscular (mIGF-1) que emite sinais para atrair as células tronco. Ela funcionaria como um megafone para avisar as células tronco. Eles criaram em laboratório um camundongo capaz de produzir muitas mIGF-1 e com células tronco de medula fosforescentes. Estes camundongos passaram a apresentar uma alta capacidade de regeneração muscular. Com a ajuda do mIGF-1 foi possível atrair as células tronco que se diferenciaram em células do músculo. A próxima etapa é descobrir como fazer o organismo aumentar a produção de mIGF-1. O artigo integral pode ser lido aqui.
Efeitos benéficos da administração sistêmica do Igf-1 em camundongos com distrofia muscular (22/04/06)
Austrália - estudos prévios com camundongos geneticamente modificados para superexpressão do Igf-1 apresentam aumento da força muscular. Neste estudo o Igf-1 foi administrado sistemicamente para camundongos com distrofia muscular. Com este tratamento houve aumento do status oxidativo, observado pela atividade enzimática, e redução das alterações patológicas do músculo. O resumo em inglês pode ser lido abaixo:
(IN PRESS: Am J Physiol Endocrinol Metab - April 18, 2006) Systemic administration of IGF-I enhances oxidative status and reduces contraction-induced injury in skeletal muscles of mdx dystrophic mice
The absence of dystrophin and resultant disruption of the dystrophin glycoprotein complex renders skeletal muscles of dystrophic patients and dystrophic mdx mice susceptible to contraction-induced injury. Strategies to reduce contraction-induced injury are of critical importance because this mode of damage contributes to the etiology of myofiber breakdown in the dystrophic pathology. Transgenic over-expression of insulin-like growth factor-I (IGF-I) causes myofiber hypertrophy, increases force production, and can improve the dystrophic pathology in mdx mice. In contrast, the predominant effect of continuous exogenous administration of IGF-I to mdx mice at a low dose (1.0-1.5 mg/kg/day) is a shift in muscle phenotype from fast glycolytic toward a more oxidative, fatigue resistant, slow muscle without alterations in myofiber cross sectional area, muscle mass or maximum force producing capacity. We found that exogenous administration of IGF-I to mdx mice increased myofiber succinate dehydrogenase activity, shifted the overall myosin heavy chain isoform composition toward a slower phenotype, and most importantly, reduced contraction-induced damage in tibialis anterior (TA) muscles. The deficit in force producing capacity after two damaging lengthening contractions was reduced significantly in TA muscles of IGF-I treated (53 ± 4%) compared with untreated mdx mice (70 ± 5%, P < 0.05). The results provide further evidence that IGF-I administration can enhance the functional properties of dystrophic skeletal muscle and, when compared to results in transgenic mice or viral-mediated over-expression, highlight the disparities in different models of endocrine factor delivery.
Austrália - aumentar a regeneração dos músculos é uma alternativa experimental para tratamento da distrofia muscular de Duchenne. Neste estuda a regeneração muscular com o uso do IGF-1, uma proteína presente no nosso organismo. Ela foi administrada a camundongos com lesão muscular de duas formas: no primeiro grupo foi administrada a própria proteína e no segundo grupo foi administrado o gene que faz a célula produzir IGF-1. A comparação dos resultados demonstrou que a administração do gene do IGF-1 promove regeneração maior que o observado com a administração da proteína diretamente.
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