Últimas Notícias - Creatina

França - USA -    relato da AFSSA (Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos) alerta quanto aos prováveis riscos da utilização da creatina, inclusive câncer, nos indivíduos que a utilizam com funções ergogênicas (melhorar o desempenho em esportes). O provável mecanismo para o risco de câncer seria que a creatina é precursora de agentes conhecidamente cancerígenos. http://www.afssa.fr/ftp/actu/Avis_et_Rapport_Creatine_du_24_janvier_2001.pdf 

A MDA-USA que patrocina estudos com o uso de creatina em portadores de distrofia muscular consultando especialistas que acompanham estas pesquisas não acredita que haja risco para os pacientes. Não existe na literatura médica nenhum trabalho que comprove este risco. Eventuais efeitos colaterais podem ocorrer por uso de doses excessivas ou por formulações com creatina impura. No entanto sempre é prudente que o uso da creatina  seja realizado sob supervisão médica.

http://www.mdausa.org/news/010201creatineupdate.html

Suiça - este estudo experimental confirma outros estudos clínicos que demonstram os benefícios da suplementação de creatina em portadores de distrofia. 

 

USA - Escolar e colaboradores tem estudado em modelos experimentais drogas que podem atuar retardando a evolução da distrofia muscular. Neste estudo de mais de 50 drogas muitas se mostraram promissoras. Com o avanço dos conhecimentos sobre as alterações que ocorrem na distrofia muscular fica mais fácil identificar como as drogas atuam nesta situação e pesquisar os seus efeitos em seres humanos. Neste relato ela mostra uma  relação das 10 drogas mais promissoras e faz um esquema de como ocorre as alterações no músculo e onde estas drogas atuam. Estas drogas serão as primeiras a serem testadas em seres humanos; os projetos que já se iniciaram foram os testes com a glutamina, a creatina, a coenzima Q10 e a oxatomida. A lista de drogas mais promissoras esta aqui e o esquema patofisiológico esta aqui.

Alemanha - neste estudo a creatina foi testada em pacientes com distrofia muscular miotônica do tipo 2 (miopatia miotônica proximal). Os pacientes receberam creatina ou placebo por 3 meses. Apesar de algumas medidas demonstrarem uma pequena melhora com creatina ela não foi significante do ponto de vista estatístico. A mialgia aumentou em 2 pacientes. Deve se levar em conta dois aspectos: o número de pacientes estudados e o tempo de aplicação da creatina forma muito pequenos. Este artigo será publicado num dos próximos números da revista Neurology.

Creatine monohydrate in DM2/PROMM - A double-blind placebo-controlled clinical study 

C. Schneider–Gold, MD; M. Beck, MD; C. Wessig, MD; A. George, MD; H. Kele, MD; K. Reiners, MD; and K.V. Toyka, MD

Abstract—The efficacy and safety of creatine monohydrate (Cr) in patients with myotonic dystrophy type 2/proximal myotonic myopathy were studied in a small placebo-controlled double-blind trial. Twenty patients received either Cr or placebo for 3 months. After 3 months, there were no significant differences of muscle strength as assessed by hand-held dynamometry, testing of maximum grip strength, Medical Research Council scoring, and the Neuromuscular Symptom Score between the two groups. Some measures indicated trends toward mild improvement with Cr. Myalgia improved intwo patients.

NEUROLOGY 2003;60:500–502

Bélgica - pesquisadores administraram creatina por 3 meses a 12 meninos com Duchenne e 3 com Becker. Os mesmos pacientes foram estudados sem o uso da medicação. Há uma melhora em alguns testes de força muscular. Não houve efeitos colaterais com a creatina. Apesar do estudo ser realizado com poucas pessoas e por tempo pequeno é mais uma evidência dos benefícios da creatina.

USA -  a creatina é um suplemento alimentar que inicialmente foi utilizado por atletas para melhorar o desempenho físico. Hoje o número de doenças que se beneficiam do seu uso tem aumentando (inclusive nas distrofias musculares).  Daí surge o interesse pelo seu mecanismo de ação, sua metabolização e as condições que podem aumentar ou reduzir seu efeito. Este artigo faz uma revisão destes aspectos da creatina. Há uma importante referência ao uso da cafeína que pode diminuir o efeito da creatinina; portanto a creatina não pode ser administrado em conjunto com bebidas com cafeína (café, chá, refrigerantes).

Pharmacokinetics of the Dietary Supplement Creatine [Review Article]  NEW

Clinical Pharmacokinetics, 2003, 42(6):557-574

Persky, Adam M; Brazeau, Gayle A;Hochhaus, Günther

Creatine is a nonessential dietary component that, when supplemented in the diet, has shown physiological benefits in athletes, in animal-based models of disease and in patients with various muscle, neurological and neuromuscular disease. The clinical relevance of creatine supplementation is based primarily on its role in ATP generation, and cells may be able to better handle rapidly changing energy demands with supplementation.

Although the pharmacological outcome measures of creatine have been investigated, the behaviour of creatine in the blood and muscle is still not fully understood. Creatine is most probably actively absorbed from the gastrointestinal tract in a similar way to amino acids and peptides. The distribution of creatine throughout the body is largely determined by the presence of creatine transporters. These transporters not only serve to distribute creatine but serve as a clearance mechanism because of creatine ‘trapping’ by skeletal muscle. Besides the pseudo-irreversible uptake by skeletal muscle, creatine clearance also depends on renal elimination and degradation to creatinine.

Evidence suggests that creatine pharmacokinetics are nonlinear with respect to dose size and frequency. Skeletal muscle, the largest depot of creatine, has a finite capacity to store creatine. As such, when these stores are saturated, both volume of distribution and clearance can decrease, thus leading to complex pharmacokinetic situations. Additionally, other dietary components such as caffeine and carbohydrate can potentially affect pharmacokinetics by their influence on the creatine transporter. Disease and age may also affect the pharmacokinetics, but more information is needed.

Overall, there are very limited pharmacokinetic data available for creatine, and further studies are needed to define absorption characteristics, clearance kinetics and the effect of multiple doses. Additionally, the relationship between plasma creatine and muscle creatine needs to be elucidated to optimise administration regimens.

USA - no Encontro Anual de Neurologistas Americanos realizado em outubro foi apresentado um estudo realizado por Diana Escolar da Universidade de Washington com 60 meninos com idade entre 5 e 9 anos. Ela estudou 2 drogas que demonstraram efeito em camundongos. Um grupo recebeu creatina ou glutamina. Os resultados foram comparados aos obtidos em portadores de distrofia sem medicação. Houve uma melhora nas crianças que receberam creatina maior do que as que receberam glutamina. Além disso as crianças com menor idade, 5 a 7 anos, apresentaram resultados melhores com a creatina. Ela assinalou que apesar dos resultados serem observados em crianças com menor idade ela diz que outras crianças podem fazer uso da medicação visto que os efeitos colaterais são pequenos.

Creatine Supplements May Improve Muscle Strength in Young Children With DMD 

Young children with Duchenne muscular dystrophy (DMD) show improved muscle strength and functional status and evidence of a slowing of disease progression with creatine supplements, researchers reported at the 128th annual meeting of the American Neurological Association.

A study of 60 children with DMD between the ages of five and nine years was conducted, based on studies of animal models of DMD that showed that glutamine and creatine supplementation prevented loss of muscle strength compared with prednisone.

Lead investigator Diana M. Escolar, MD, from the Children's National Medical Center at George Washington University in Washington, D.C., and the Cooperative International Neuromuscular Research Group, randomized the children to one of three arms: creatine 5 g daily plus placebo twice daily, glutamine 0.3 mg/kg daily plus placebo twice daily, or placebo twice daily alone. Dr. Escolar noted that the investigators were comparing creatine versus placebo and glutamine versus placebo, but not creatine versus glutamine.

The primary outcome measure was manual muscle strength (MMT, 34 muscle groups) and the secondary outcome measure was quantitative muscle strength (QMT, seven muscle groups), which measured functional status using various physical activities.

"We found very different outcomes in the 30 children in the younger age group [between the ages of five and seven years] and the 30 children in the older group [between the ages of seven and nine years] on the primary outcome measure," Dr. Escolar told Medscape.

In the six-month study, MMT scores did not significantly differ between the three groups of the study, Dr. Escolar reported. But on QMT scores, children in the placebo group showed more deterioration in muscle strength compared with children in the two treatment groups. Children randomized to creatine showed a lesser degree of deterioration than children receiving glutamine. Children in the younger age group scored higher on measures of functionality such as standing, climbing, and running than the older children receiving creatine.

"I have a theory to explain this," Dr. Escolar said. "These compounds improve muscle energy. Younger kids have muscles that respond more to an increase in energy than older kids.... They don't need more strength, they just need more energy. For the older kids, an increase in strength translates to an increase in functionality." Dr. Escolar said it is possible that the energy supplements may even slow the progression of DMD.

While she stressed that there was only a trend toward increased functionality in the younger children rather than a statistically strong outcome, she pointed out that creatine and glutamine have very minimal adverse effects. "If parents want to go out and buy these supplements, I wouldn't care if they do," Dr. Escolar asserted.

ANA 128th Annual Meeting: Poster WIP7. Presented Oct. 21, 2003.

Canadá -  a suplementação de creatina tem demonstrado resultados em algumas formas de distrofia muscular. Um recente estudo não demonstrou efeito da creatina na distrofia miotônica do tipo 1 mas eles não mediram a creatinafosfoquinase muscular. Neste estudo 34 pessoas com distrofia miotônica foram avaliados. Estas pessoas recebiam creatina ou placebo durante um período do estudo. Teste físicos, dosagens laboratoriais e prova de função pulmonar. Nenhum resultado positivo foi observado com a utilização da creatina.

Bélgica - a creatina é um dos suplementos utilizados e testados em várias formas de distrofia muscular. Nesta pesquisa a creatina foi adicionada ao meio de cultura de células. Após 72 horas houve um significativo aumento do IGF-1 e dos fatores reguladores miogênicos. Este resultado demonstra que a hipertrofia observada com o uso da creatina pode se dever em parte a estes fatores.

IN PRESS  (FEBS Letters: 28018 (2004) 1-5) - Creatine increases IGF-I and myogenic regulatory factor mRNA in C2C12 cells NEW

Magali Louis, Ronald Van Beneden, Mischael  Dehoux, Jean Paul Thissen, Marc Francaux;

Abstract: Addition of creatine to the diferentiation medium of  C2C12 cells leads to hypertrophy of the myotubes. To investigate  the implication of insulin-like growth factor I (IGF-I) and myogenic regulatory factors (MRFs) in this hypertrophy, their  mRNA levels were assessed during the first 72 h of diferentiation. Creatine significantly increased the IGF-I mRNA level over the whole investigated period of time, whereas the MRF mRNA levels were only augmented at precise moments, suggesting a general activation mechanism for IGF-I and a specifically regulated mechanism for MRF transcription. Our results suggest therefore that creatine-induced hypertrophy of C2C12 cells is at least partially mediated by overexpression of IGF-I and MRFs.

USA - este é o congresso mundial  mais importante na área de doenças pulmonares. Neste ano o congresso ocorrerá em Orlando, em maio e lá serão apresentados 8 trabalhos relacionados à distrofia. Um dos artigos (o número 1) fala dos resultados positivos com terapia genética para o músculo diafragma de camundongos com distrofia. O artigo sete fala de uma nova forma de ventilação mecânica em pacientes com distrofia muscular.  O número 8 descreve os efeitos da associação entre corticóides e creatina em ratos normais. Os resumos em inglês podem ser lidos aqui. Encontrei também no site do congresso 22 artigos apresentados nos últimos anos (2001-2003) nestes encontros. Há importantes artigos falando na melhora da função pulmonar com o uso dos corticóides, nos benefícios da ventilação não invasiva (que já é usada no exterior há 10 anos), alterações do sono na distrofia, equipamentos de estimulação da tosse, experimentos com terapia gênica em animais entre outros. Os resumos em inglês podem ser lidos aqui.

Bélgica e Canadá - em um artigo recente foi dito que a creatina não fazia efeito em portadores de doenças neuromusculares apesar de ser segura e sem efeitos colaterais. Dois artigos recentemente publicados mostram resultados diferentes: a creatina faz efeito na distrofia muscular. Um dos artigos utiliza camundongos portadores de distrofia muscular e observa resultado no aumento da força muscular. O resumo pode ser lido aqui. O outro artigo fala do uso da creatina em meninos com distrofia muscular de Duchenne; os resultados observados em quatro meses de uso demonstraram que há um aumento da força muscular com o uso da creatina. O resumo deste artigo que será publicado nesta semana está a seguir:

Creatine monohydrate enhances strength and body composition in Duchenne muscular dystrophy NEW

Tarnopolsky, M.A. MD, PhD; Mahoney, D.J. BSc; Vajsar, J. MD; Rodriguez, C. BSc; Doherty, T.J. MD, PhD; Roy, B.D. PhD; Biggar, D. MD

Neurology,62(10):1771-7, may 2004

Abstract

Objective: To determine whether creatine monohydrate (CrM) supplementation increases strength and fat-free mass (FFM) in boys with Duchenne muscular dystrophy (DD).

Methods: Thirty boys with DD (50% were taking corticosteroids) completed a double-blind, randomized, cross-over trial with 4 months of CrM (about 0.10 g/kg/day), 6-week wash-out, and 4 months of placebo. Measurements were completed of pulmonary function, compound manual muscle and handgrip strength, functional tasks, activity of daily living, body composition, serum creatine kinase and [gamma]-glutamyl transferase activity and creatinine, urinary markers of myofibrillar protein breakdown (3-methylhistidine), DNA oxidative stress (8-hydroxy-2-deoxyguanosine [8-OH-2-dG]), and bone degradation (N-telopeptides).

Results: During the CrM treatment phase, there was an increase in handgrip strength in the dominant hand and FFM (p < 0.05), with a trend toward a loss of global muscle strength (p = 0.056) only for the placebo phase, with no improvements in functional tasks or activities of daily living. Corticosteroid use, but not CrM treatment, was associated with a lower 8-OH-2-dG/creatinine (p < 0.05), and CrM treatment was associated with a reduction in N-telopeptides (p < 0.05).

Conclusions: Four months of CrM supplementation led to increases in FFM and handgrip strength in the dominant hand and a reduction in a marker of bone breakdown and was well tolerated in children with DD.

São Paulo - pesquisa realizada na Universidade São Paulo demonstra que a creatina é capaz de reduzir a perda muscular quando administrada antes da imobilização e durante todo o experimento em camundongos. Os animais foram divididos em 3 grupos: os que não receberam a creatina apresentaram perda de 34% da massa muscular; os que receberam a creatina durante a imobilização tiveram perda de massa muscular semelhante; os que receberam creatina tiveram perda de 20% da massa muscular. Não foram relatados efeitos adversos nos animais.

O resumo do artigo em inglês segue a seguir:

(Clinicial Nutrition, 2004; 23:1176-1183) Deleteriuos effects of immobilization upon rat skeletal muscle: role of creatine supplementation  NEW

M.S. Aoki, W.P. Lima, E.H. Miyabara, C.H.A. Gouveia, A.S. Moriscot - Brazil

Summary Aim: The aim of the study was to investigate the impact of creatine feeding (5 g kg1 body weight day1) upon the deleterious adaptations in skeletal muscle induced by immobilization. Methods: Male Wistar rats were submitted to hind limb immobilization together with three dietary manipulations: control, supplemented with creatine for 7 days (along with immobilization) and supplemented with creatine for 14 days (7 days before immobilization and together with immobilization). Muscle weight (wet/dry) was determined in the soleus (SOL) and gastrocnemius (GAS). The analysis of lean mass was performed by DEXA and myosin heavy chain (MHC) distribution by SDSPAGE. Results: After 14 days of creatine loading, immobilized SOL and GAS total creatine content were increased by 25% and 18%, respectively. Regardless of dietary manipulation, the immobilization protocol induced a decrease in the weight of SOL and GAS (Po0.001). However, creatine feeding for 14 days minimized mass loss in the SOL and GAS (Po0.05). Our findings also indicate that creatine supplementation maximizes the expected slow-to-fast MHC shift driven by immobilization (Po0.05). Conclusions: Previous creatine supplementation attenuates muscle wasting induced by immobilization. This effect is associated with the increment of intramuscular creatine content.

Japão - neste estudo 29 pessoas, 14 com distrofia miotônica, 7 com fáscio-escápulo-umeral, 2 com distrofia tipo cinturas e 6 voluntários não portadores de distrofia muscular foram estudados, sendo que 27 completaram o estudo. Todos receberam creatina na dose de 20g por dia na primeira semana e 5g/dia nas sete semanas seguintes. Melhora subjetiva foi observada em 20 pacientes. Dez apresentaram efeitos colaterais leves. Aforça muscular aumentou pouco, não significativamente e o número de pacientes que não conseguiram completar o teste de esforço reduziu com a medicação. Outras alterações na função cardíaca ou laboratorial foi observada.

USA - o CINRG é um grupo de pesquisadores e universidades envolvidos em pesquisas visando encontrar tratamentos para a distrofia muscular de Duchenne. Neste estudo eles testaram a utilização da creatina e da glutamina em crianças com distrofia muscular de Duchenne não tratadas com corticóides. Os pacientes foram tratados por 6 meses e não se observou efeito positivo com a utilização destes tratamentos. No entanto muitas ressalvas tem que ser feitas: o período de tratamento foi muito curto, o número de crianças tratadas foi pequeno e não se utilizou em crinaças com idade mais avançada, o que não exclui a possibilidade de que em outros estudos este resultado possa ser observado. Este estudo foi realizado por 25 autores em mais de 40 centros e apesar disso eles não conseguiram reunir um número adequado de pacientes. Eu tenho tentado de alguma forma sensibilizar os americanos da necessidade de ampliar as pesquisas para outros paises para que os resultados sejam obtidos em menor espaço de tempo.

USA - nos últimos anos a suplementação de creatina tem demonstrado efeito em muitas doenças neuromusculares. O mecanismo de ação da creatina não está esclarecido mas a creatina demonstrou a capacidade de reduzir o cálcio citoplasmático e aumentar a reserva de fosfocreatina cerebral e muscular, promovendo proteção musculoesquelética e cerebral.

Este é um  artigo médico nos quais os pesquisadores fazem uma revisão sobre todas pesquisas feitas sobre um determinado tema. Neste os pesquisadores fizeram um levantamento de todas as pesquisas com o uso da creatina em doenças musculares. A conclusão desta revisão é que a creatina melhora a força em pessoas com distrofia muscular e é bem tolerada. Em outras miopatias não há evidência de bons resultados e na glicogenose do tipo V há aumento da dor muscular com o uso da creatina.

 

 

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