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ATENÇÃO ESTA PÁGINA CONTÉM INFORMAÇÕES OBTIDAS EM SITES MÉDICOS, DE NOTÍCIAS, DE ENTIDADES DE PESQUISA E LITERATURA MÉDICA ESPECIALIZADA. MUITAS DAS INFORMAÇÕES SE DESTINAM A PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE OU PESQUISA POR SEREM MUITO ESPECIALIZADAS. AS PESQUISAS AQUI RELATADAS SÃO NA SUA MAIORIA DE PONTA, NÃO PODENDO SER TRANSPOSTAS RAPIDAMENTE PARA O USO CLÍNICO. EM GERAL HÁ UMA DEMORA QUE PODE SER SUPERIOR A 5 ANOS ENTRE UM TRABALHO EXPERIMENTAL PROMISSOR E SEU USO CLÍNICO.

São Paulo - estudo realizado no Centro do Genoma Humano da USP (Brasil)  e publicado esta semana analisa a incidência da deficiência de disferlina em famílias de portadores de distrofia de cinturas. Em 24 dos 166 casos analisados a deficiência de disferlina foi encontrada, constituindo-se na segunda causa de distrofia de cinturas em nosso meio, após a calpainopatia.

São Paulo -  esta semana foi entregue o Prêmio Cláudia para as mulheres que mais se destacaram no ano; a Prof.Dr. Mayana Zatz  foi uma das 5 vencedoras do prêmio pelas suas pesquisas em distrofias musculares e pela sua atuação a frente da ABDIM.

http://www.uol.com.br/claudia

São Paulo - realizado no período de 10 a 14 de outubro de 2001 em São Paulo o Congresso contou com a presença de uma delegação de membros da APIDIM (Associação Paraense de Distrofia Muscular). Neste congresso Denise Amanajás, fisioterapeuta da APIDIM, apresentou o trabalho "RISCOS E POSSIBILIDADES DA CINESIOTERAPIA MOTORA NA DISTROFINOPATIA"

Japão -  frequentemente o ecodopllercardiograma é utilizado para avaliar a função do músculo cardíaco mas as pesquisas procuram identificar métodos mais precisos ou que permitem o diagnóstico mais precoce. Neste estudo japonês foram comparados vários métodos de avaliação da função cardíaca em 28 portadores de distrofia muscular (ecodopplercardiograma, eletrocardiograma, mapeamento com tálio e avaliação do metabolismo dos ácidos graxos por radioisótopos). Alterações foram observadas em maior número de portadores com a avaliação do metabolismo dos ácidos graxos (este método ainda é experimental).

Phoenix (USA) - esta informação foi veiculada ontem por  por Jeffrey Gimble no Encontro da Sociedade Americana de Ossos e Pesquisa Mineral. A sua empresa a Artecel Sciences, sediada na Carolina do Norte  recebeu verba da NIH (Instituto Nacional de Saúde americano) para pesquisa com stem cells obtidas da gordura ( http://triangle.bcentral.com/triangle/stories/2001/07/23/daily11.html); considerada como material a ser descartado esta gordura é processada por enzimas para a separação das células maduras das células tronco que podem ser utilizadas para a formação de ossos, células sanguíneas, etc.

http://www.nzherald.co.nz/latestnewsstory.cfm?storyID=222667&thesection=technology&thesubsection=latest

http://www.azcentral.com/news/reuters/stories/SCIENCE-HEALTH-STEMCELLS-FAT-DC.shtml

Brasil - saiu este mês a edição semestral do jornal da ACADIM e do jornal bimestral da ABDIM; temas como assistência respiratória, fisioterapia, etc são abordados; mais informações nos sites respectivos ( http://www.abdim.org.br  e http://acadim.strategy.com.br

Califórnia - mais de 40 trabalhos apresentados no Congresso abordam temas relacionados a diferentes formas de distrofia; alguns trabalhos foram produzidos no Brasil. A maioria deles tem interesse exclusivo para especialistas ou pesquisadores; de qualquer modo para ler os  resumos click aqui

http://www.faseb.org/genetics/ashg/meet-2001/2001meetmenu.htm

USA - na revista Neurology de 23/10 será divulgado o resultado do estudo sobre o uso do albuterol por um ano em pacientes com distrofia fáscio-escápulo-umeral. Estudos preliminares experimentais e em pacientes haviam demonstrado benefício com o uso do albuterol, uma droga normalmente utilizada do tratamento da asma (no Brasil conhecida como salbutamol); 90 pacientes foram divididos em 3 grupos: um grupo recebeu placebo (substância inócua); um grupo albuterol - 8mg duas vezes ao dia e o outro albuterol 16mg, duas vezes ao dia. As avaliações foram realizadas antes do experimento  e nas semanas 13,26 e 52. Os pesquisadores e os pacientes não sabiam a que grupo pertenciam e foram incluídos em cada grupo ao acaso. Do  total estudado, 84 pacientes concluiram o estudo. Não houve diferença entre os grupos com relação ao teste de contração isovolumétrica voluntária máxima e no teste do músculo manual. O teste da força do aperto de mão aumentou nos dois grupos tratados com albuterol. O grupo que recebeu a dose maior apresentou aumento da massa magra. Os pacientes toleraram bem a medicação; os efeitos colaterais mais frequentes foram caimbras, tremores, insonia e nervosismo. Os autores concluiram que apesar de não apresentar uma melhora da força muscular global o albuterol após um ano de tratamento aumentou a massa muscular  e algumas medidas de força muscular.

Quebec (Canadá) - o transplante de mioblastos é uma técnica de terapia da distrofia muscular que tem sido estudada há mais de 15 anos e que não mostrou bons resultados, tendo sido objeto de processos éticos nos USA por ter sido utilizada sem rigor científico e com finalidade exclusivamente financeira. Recentemente na literatura muitos pesquisadores éticos tem mantido linhas de pesquisa com a finalidade de entender os motivos do insucesso desta técnica e experimentalmente bons resultados são obtidos com a transferência de mioblastos associado a vários imunossupressores. Jacques P. Tremblay está recrutando crianças entre 5 e 15 anos com distrofia muscular de Duchenne para um estudo piloto (fase 1). Ele utilizará mioblastos de doadores compatíveis (pais ou irmãos). Os pacientes estudados serão submetidos a tratamento com droga imunossupressora (Tacrolimus) 1 semana antes do transplante de mioblastos. Só após os resultados positivos em um número limitado de pacientes  que as pesquisas prosseguirão em seres humanos. Trata-se de uma pesquisa ética e com todos os rigores científicos. Há riscos deste procedimento pela utilização de drogas imunossupressoras que tem sérios efeitos colaterais (infecções, nefrotoxicidade, diabetes  e câncer). A preferência será dada aos pacientes da região.

http://www.parentdmd.org/framenews1.html

Japão - estudo procura identificar a perda de peso que muitos portadores de distrofia muscular apresentam mesmo sem alteração da deglutição dos alimentos. Adolescentes foram analisados com relação ao gasto de energia, temperatura do corpo, frequência cardíaca,etc. Os resultados sugerem que a ativação do sistema nervoso simpático pode acelerar a produção do calor no tecido adiposo marrom e aumentar os níveis de energia consumidos e que os portadores de distrofia muscular podem necessitar de uma oferta calórica maior para manter o peso corporal que é importante para preservar a função respiratória.

Los Angeles (USA) - trabalho divulgado hoje contribui para entender as alterações musculares na distrofia muscular. Os autores propõem que o maior dano muscular decorrente da ausência de distrofina se deve a ação dos macrófagos. A distrofina forma um complexo com inúmeras outras proteínas incluindo a óxido nítrico sintetase (NOS). Em músculos deficientes de distrofina como no modelo mdx em camundongos, a expressão de NOS é diminuida. Considerando-se que a perda da atividade anti-inflamatória do óxido nítrico pode exacerbar a perda muscular os autores introduziram um gene para produzir níveis normais de NOS em camundongos distróficos. Estes camundongos tiveram redução da concentração de  macrófagos nos músculos e prevenção da maioria das alterações musculares. A depleção de macrófagos por anticorpos neste modelo experimental semelhantemente reduz a agressão muscular. O presente estudo mostra que a ausência de distrofina é o gatilho que deflagra mecanismos patogênicos de agressão muscular. A consequente redução de NOS leva a um infiltrado de macrófagos e a perda muscular. Os autores estão estudando estes efeitos em outros modelos experimentais e estarão iniciando estudos clínicos com drogas anti-inflamatórias em pacientes com distrofia muscular.

músculos de camundongos distróficos (mdx) (imagem acima)  ficando menos desorganizados com a introdução de NOS (imagem abaixo) 

http://www.jcb.org/cgi/content/full/155/1/10

 

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