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Os resumos das notícias podem ser copiados livremente desde que citada a fonte.....Os resumos das notícias podem ser copiados livremente desde que citada a fonte...Os textos não assinados são de autoria de David Feder

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USA - realizado em Ohio, USA, o encontro anual do Parent Project americano reuniu importantes pesquisadores, médicos, fisioterapeutas para relatar aos pais importantes informações sobre a doença e sobre os avanços na terapêutica. No site do Parent Project encontramos os resumos destas apresentações. Após um cadastro as informações podem ser copiadas (textos em inglês). Na medida do possível tentaremos aproveitar este material no site, respeitados os direitos autorais. 

Espanha - país de predominância católica, a Espanha liberou esta semana o uso de células tronco de origem embrionária. As únicas restrições são que as células sejam obtidas de embriões de clínicas de fertilização que seriam descartados e a concordância dos pais.

Alemanha - os pacientes com distrofia muscular devem ter cuidado especial com anestesia geral. Neste artigo os pesquisadores estudaram o recurônio, frequentemente utilizado em anestesia geral para relaxamento dos músculos, em pacientes com distrofia muscular de Duchenne. Os resultados mostraram que estes pacientes respondem diferente ao rocurônio demonstrando um risco em potencial para sua utilização na distrofia muscular de Duchenne.

USA -  no site do Parent Project há um manual com fotos sobre os exercícios necessários aos pacientes com Duchenne. Há exercícios que o paciente pode fazer por si só e outros que os pais podem realizar.  Tais exercícios são úteis também em outras formas de distrofia. Se você quiser acessar click aqui. Caso seja possível tentaremos traduzí-lo. O arquivo está em formato pdf.

Itália - neste artigo os pesquisadores descrevem um novo método, que poderia ser descrito como um ultrassom cardíaco sofisticado, que poderia determinar precocemente as alterações cardíacas na distrofia muscular de Duchenne. Comparando o método em crianças com Duchenne com 7 a 10 anos ele observou que havia uma significante diferença em relação as crianças que não apresentavam distrofia. Entre os pacientes com distrofia muscular havia uam variação de resultados muito maior que os normais. No excelente editorial a respeito deste artigo Towbin relata que a maioria dos médicos  só indica os  exames cardiológicos quando a criança já apresenta os sintomas. Na opinião dele e na nossa também, nesta situação a lesão cardíaca já esta estabelecida e os resultados dos tratamentos não são  bons. Ele acredita que o diagnóstico precoce das alterações cardíacas deveria ser tentado para que se possa instituir um tratamento precoce com inibidores da enzima de conversão e beta bloqueadores. O tratamento precoce pode impedir ou retardar o aparecimento das alterações cardíacas e melhorar a qualidade de vida e a sobrevida. Ele acha este método de diagnóstico bastante promissor.

USA - os músculos dos pacientes com distrofia muscular apresentam aumento do tecido fibroso e a pesquisa de drogas antifibróticas pode permitir descobrir alguma droga útil para retardar a evolução da doença. Neste estudo a droga suramin, que inibe um fator muscular que leva a fibrose foi testada em músculos lesados. Os resultados demonstraram que a droga inibe a formação de fibrose e favorece a regeneração muscular. Esta é mais uma droga que deverá ser estudada experimentalmente na distrofia muscular.

Antifibrotic effects of suramin in injured skeletal muscle after laceration NEW

 J Appl Physiol 95: 771–780, 2003. 

Yi-Sheng Chan,1,2,3 Yong Li,1,2 William Foster,1 Takashi Horaguchi,1,2 George Somogyi,4 Freddie H. Fu,2 and Johnny Huard1,2,5

Muscle injuries are very common in traumatology and sports medicine. Although muscle tissue can regenerate postinjury, the healing process is slow and often incomplete; complete recovery after skeletal muscle injury is hindered by fibrosis. Our studies have shown that decreased fibrosis could improve muscle healing. Suramin has been found to inhibit transforming growth factor (TGF)- beta1 expression by competitively binding to the growth factor receptor. We conducted a series of tests to determine the antifibrotic effects of suramin on muscle laceration injuries. Our results demonstrate that suramin (50 g/ml) can effectively decrease fibroblast proliferation and fibrotic-protein expression (alfa-smooth muscle actin) in vitro. In vivo, direct injection of suramin (2.5 mg) into injured murine muscle resulted in effective inhibition of muscle fibrosis and enhanced muscle regeneration, which led to efficient functional muscle recovery. These results support our hypothesis that prevention of fibrosis could enhance muscle regeneration, thereby facilitating more efficient muscle healing. This study could significantly contribute to the development of strategies to promote efficient muscle healing and functional recovery.

Japão - o IGF-1 tem sido testado em distrofia muscular há algum tempo. Neste estudo experimental foram realizadas lesões musculares em camundongos e a o IgF-1 foi transferido ao músculo por corrente elétrica. Os pesquisadores demonstraram que o IGF-1 promove regeneração dos músculos. Este trabalho demonstra o potencial do IGF-1 na regeneração muscular e é uma alternativa para o tratamento da distrofia muscular.

IGF-I gene transfer by electroporation promotes regeneration in a muscle injury model  

Gene Therapy. 10(8):612-620, April 2003.

Takahashi, T 1; Ishida, K 1; Itoh, K 1; Konishi, Y 2; Yagyu, K-I 2; Tominaga, A 2,3; Miyazaki, J-I 4; Yamamoto, H 1

The goal of this study was to determine whether insulin-like growth factor-I (IGF-I) gene delivery by electroporation promotes repair after muscle injury. An injury-repair model was created using mice in which a hamstring muscle was cut and sutured. A total of 50 [mu]g of IGF-I DNA or green fluorescent protein (GFP) DNA (both in pCAGGS) was injected into the lesion and introduced into muscle cells by electrostimulation using an electric pulse generator. The number of regenerating muscle fibers in the IGF-I DNA group was significantly more than that in the GFP DNA group at 2 weeks after injection. The diameter of regenerating muscle fibers from the IGF-I DNA group was larger than that of the GFP DNA group at 4 weeks after injection. There was no significant difference in the serum IGF-I concentration between the IGF-I DNA group and the GFP DNA group at 1, 2, and 4 weeks after injection. However, muscle IGF-I concentration in the IGF-I DNA injection group was significantly greater than that in the GFP DNA injection group at 2 weeks after injection. These results demonstrated that the effects of enhanced IGF-I production were local and limited to the injected area. The ratio (injected/uninjected; intact) of the amplitude of compound muscle action potentials (CMAP) in the IGF-I DNA injection group was greater than that in the GFP DNA injection group at 4 weeks after injection and of the control group. In conclusion, IGF-I gene transfer by electroporation proved to be a simple, safe, inexpensive, and effective method to promote the regeneration of injured muscles in our injury model.

Austrália - este trabalho foi apresentado no Congresso Internacional de Genética em Melbourne na Austrália. Mulheres portadoras da mutação no gene da distrofina podem apresentar alterações cardíacas em frequência variável. Os pesquisadores australianos estudaram a função cardíaca de  mulheres de famílias de portadores de distrofinopatias (Duchenne e Becker). Uma mulher com 63 anos  apresentava. Duas apresentavam estrutura cardíaca normal (60 e 42 anos). Duas mulheres portadoras, 21 e 39 anos, apresentavam alterações no ecocardiograma (dilatação do ventrículo esquerdo e mínima redução da função cardíaca. Os autores sugerem que apartir do final da adolescência as mulheres devem se submeter a avaliação cardíaca periódica.

 Evaluation of cardiac disease in adult female carriers in familial dystrophinopathies (abstract presented on The International Congress of Genetics, July 6-11, Melbourne, Australia)

ROBYN OTWAY1, Jian Janet Liu1, Guanglan Guo1, Jasmine Hessell1, Peter Macdonald2, Anne Keogh2, Christopher Hayward2, Diane Fatkin1

1Sr Bernice Research Programme in Inherited Heart Diseases, Victor Chang Cardiac Research Institute, Darlinghurst, NSW Australia; 2 Cardiac Transplant Unit, St Vincent’s Hospital, Darlinghurst, NSW Australia

Dystrophinopathies are a group of X-linked myopathies, including Duchenne Muscular Dystrophy (DMD), Becker Muscular Dystrophy (BMD) and X-linked Dilated Cardiomyopathy (XLDCM) caused by mutations in the DMD gene, that encodes the large cytoskeletal protein, dystrophin. In males, dystrophinopathies exhibit variable skeletal muscle and cardiac involvement. Clinically evident DCM has been reported to occur in 0-26% of female carriers of DMD and BMD. There is a paucity of data regarding cardiac disease in female carriers with XLDCM. Traditionally, cardiac disease in female carriers has been presumed to be relatively mild and occur in later adult life. We performed clinical and genetic evaluation of 10 adult members of a 4-generation kindred with an atypical BMD/XLDCM phenotype. Sequence analysis of the DMD gene showed a 5’ splice site mutation, exon 1+1G>T. Five females (71%), aged 21 to 64, were carriers for this mutation. Cardiac investigations (ECG, echocardiogram) were performed in all female carriers. One individual, aged 63 years, presented with symptomatic DCM. Two individuals, aged 60 and 42 years, respectively, had structurally normal hearts. In 2 female carriers, aged 39 and 21 years,  asymptomatic echocardiographic abnormalities (mild left ventricular dilation with normal or borderline contractile function) were identified. These data indicate that the severity and age of onset of cardiac disease in female carriers with DMD mutations is variable. Regular cardiac screening of all female carriers is warranted from late adolescence. Elucidation of the pathophysiological basis for variable phenotypic expression in female carriers may facilitate rationalisation of cardiac screening strategies.

Itália - o diabete mellitus é uma complicação frequente em portadores de distrofia muscular miotônica; neste estudo os pesquisadores estudaram os portadores de distrofia muscular miotônica tentando esclarecer o motivo desta alteração. Os resultados demonstraram que a alteração da liberação da insulina do pâncreas é provavelmente a causa do diabetes, não se observando alteração da sensibilidade da insulina em seu receptor. Este artigo serve de alerta para a pesquisa das doenças que acompanham a distrofia muscular miotônica.

Novo link: Cell Therapy of {alpha}-Sarcoglycan Null Dystrophic Mice Through Intra-Arterial Delivery of Mesoangioblasts.

Outros links:

Stem Cells Offer Hope for Muscular Dystrophy 

Modified Blood Vessel Stem Cells Might Treat Muscular Dystrophy 

STEM CELLS WORK AGAINST MUSCULAR DYSTROPHY IN MICE,
MDA SCIENTISTS FIND

Itália - estudo realizado em camundongos demonstra o potencial das células tronco retirada de vasos sanguíneos no tratamento da distrofia muscular. Apesar de ser um estudo ainda inicial, eles demonstraram ser possível obter células adultas dos vasos, os mesangioblastos, corrigirem estas células em laboratório e infundí-las novamente em camundongos. O modelo utilizado foi da deficiência do gene da alfa sarcoglican, uma forma de distrofia muscular tipo cinturas. As células tratadas e reinfundidas na circulação ajudaram na produção de células musculares sadias. Como são células retiradas do próprio organismo a possibilidade de rejeição é menor.

USA - Pesquisadores tinham com objetivo entender o papel da alteração dos vasos no aparecimento de lesão cardíaca em um modelo em camundongos com deficiência de beta ou delta sarcoglican (distrofia tipo cinturas experimental). Neste estudo eles conseguiram demonstrar que as alterações nos vasos não são responsáveis pelas alterações cardíacas. Além disso eles observaram que a injeção do vetor viral contendo o gene que faltava ao músculo produzia recuperação do músculo cardíaco. Eles concluem que o uso de técnicas de terapia gênica aliadas a medicamentos de proteção do músculo cardíaco pode ser uma estratégia promissora na distrofia tipo cinturas

USA - A revista Quest é publicada pela Associação Americana de Distrofia Muscular (MDAUSA). No seu mais recente número (julho-agosto/2003) podemos encontrar artigos interessantes como:

Hidroterapia : http://www.mdausa.org/publications/Quest/q104aquatics.cfm

Cadeira de rodas: http://www.mdausa.org/publications/Quest/q104wheelchair.cfm

Congresso Mundial e exposição em desabilidades: http://www.mdausa.org/publications/Quest/q104infoquest.cfm

Resumo das pesquisas: http://www.mdausa.org/publications/Quest/q104infoquest.cfm

Ensaio clínico com a utilização da pentoxifilina na Distrofia Muscular de Duchenne: http://www.mdausa.org/publications/Quest/q104resup.cfm#antiinf

O site google tem um tradutor (http://www.google.com/language_tools) que auxilia para as pessoas que tem dificuldade com o inglês. É uma tradução cheia de erros mas dá uma boa ajuda.

 

http://www.ananova.com/news/story/sm_797512.html

Inglaterra - neste trabalho divulgado hoje os pesquisadores ingleses utilizando oligonucleotídeos numa técnica conhecida como antisense conseguiram excelentes resultados.  Os oligonucleotídeos foram transferidos em grande porcentagem para a célula com a utilização de um detergente sintético. A força muscular aumentou para 70% do normal por mais de três meses. Apesar do excelente resultado há um grande caminho até a utilização desta técnica em seres humanos. 

Mais links para este artigo:

RESEARCHERS REMOVE GENE DEFECT IN COMMON FORM OF MUSCULAR DYSTROPHY 

Functional amounts of dystrophin produced by skipping the mutated exon in the mdx dystrophic mouse

Japão - este grupo de pesquisadores já tinham descrito previamente uma protease no músculo de camundongos com distrofia muscular denominada de distripsina; esta enzima apresenta atividade intensa antes do aparecimento dos sinais clínicos da doença. Para avaliar o papel desta enzima os autores utilizaram um inibidor desta protease, o mesilato calmostato. Os resultados positivos com esta droga pode abrir uma nova linha de estudo e pesquisa para tratamento medicamentoso da distrofia muscular de Duchenne.

Brasil - pesquisadores encabeçados pela bióloga Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo, e grupos de pacientes decidiram usar a internet para reunir o maior número possível de assinaturas em defesa de uma proposta que para muitos pode parecer polêmica. "A idéia é pressionar o governo e parlamentares brasileiros a autorizar o uso dos embriões que são descartados nas clínicas de fertilidade assistida para as pesquisas com células-tronco embrionárias", diz Mayana, a primeira a assinar o apelo do Movimento em prol da Vida (Mõvitae) no site www.movitae.bio.br. Mayana e outros pesquisadores querem usar células de embriões descartados para um trabalho sério. No Brasil, hoje, já há pesquisas com células-tronco de adultos, mas elas não são tão versáteis quanto as de embriões. Cada uma das células de um embrião tem o potencial de se transformar em todas as células do organismo. "O projeto é polêmico, mas essa proposta também está em discussão na Itália", conta a jornalista Andréia Bezerra de Albuquerque, responsável pela divulgação da proposta. A iniciativa precisa de apoiadores - instituições, entidades profissionais, grupos de pacientes, que endossem a proposta - e de recursos, é claro. Ela tem interesse pessoal na pesquisa com células-tronco embrionárias. Há seis anos, Andréia descobriu que é portadora de uma forma de distrofia muscular, uma das doenças que, no futuro, podem ser tratadas com células tronco.

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