ATENÇÃO ESTA PÁGINA CONTÉM INFORMAÇÕES OBTIDAS EM SITES MÉDICOS, DE NOTÍCIAS, DE ENTIDADES DE PESQUISA E LITERATURA MÉDICA ESPECIALIZADA. MUITAS DAS INFORMAÇÕES SE DESTINAM A PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE OU PESQUISA POR SEREM MUITO ESPECIALIZADAS. AS PESQUISAS AQUI RELATADAS SÃO NA SUA MAIORIA DE PONTA, NÃO PODENDO SER TRANSPOSTAS RAPIDAMENTE PARA O USO CLÍNICO. EM GERAL HÁ UMA DEMORA QUE PODE SER SUPERIOR A 5 ANOS ENTRE UM TRABALHO EXPERIMENTAL PROMISSOR E SEU USO CLÍNICO.
As notícias estão colocadas em ordem de data. Se você quiser procurar as últimas notícias por assunto clique aqui.
Itália - o uso de corticóides na distrofia muscular está bem estabelecido cientificamente. Existem discussões sobre a melhor forma de administrar os corticóides, e o tipo de corticóide a ser empregado. Há cerca de um ano estão sendo divulgados estudos sobre o uso precoce de corticóides na distrofia muscular de Duchenne, as vezes antes do início dos sintomas. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito da prednisona, uma forma de corticóide, em doses baixas e em dias alternados em 5 meninos com 2 a 4 anos com Duchenne. Os resultados foram comparados ao de meninos que não fizeram uso da medicação. Após 55 meses de tratamento as crianças apresentaram capacidade de subir escadas enquanto dois de 3 meninos que não receberam a medicação perderam esta capacidade. Os efeitos colaterais observados foram declínio no ritmo de crescimento e excessivo ganho de peso (em três pacientes com prednisona e em um que não fez uso de medicação). Pelo seu resultado efetivo em prolongar a função, mas não recuperar a função perdida, os autores deste estudo recomendam o uso de doses baixas de corticóides assim que o diagnóstico é feito.
"Superman" vai a Austrália para manter as pesquisas com células tronco de origem embrionária (28/01/03)
Austrália - Christopher Reeve, ator americano do filme Superman, paralisado após queda de cavalo, é um ativista do uso terapêutico das células tronco embrionárias. Ele tem feito esforços em vários países para manter e acelerar as pesquisas. Ele foi convidado a visitar a Austrália e reunir-se com autoridades para influenciar os políticos e a opinião pública.
Cuidado com o uso de suplementos (28/01/03)
USA - o uso de suplementos alimentares tem sido utilizado em pacientes com distrofia muscular. Nesta reportagem são abordados aspectos relacionados com a qualidade, composição e eficiência dos produtos. Nos Estados Unidos o controle de qualidade e composição dos produtos está a margem do rigoroso controle dos medicamentos. Muitos apregoam efeitos que não tem e outros podem não ter a composição que afirmam no rótulo. Aos que usam estes suplementos é muito importante utilizar produtos de empresas conceituadas, de boa procedência e manter um juízo crítico sobre os resultados da propaganda.
Japão - este mesmo grupo de pesquisadores descreveu em junho de 2002 um estudo com o complexo zinco-carnosina demonstrando seu efeito. A pesquisa atual completa a anterior demonstrando que este complexo reduz a fatigabilidade global, provavelmente por aumento da força de fibras musculares lentas.
USA - Johnny Huard, um dos mais conceituados pesquisadores em distrofia muscular, recebeu uma verba de U$ 1.200.000 para 5 anos de pesquisa em distrofia muscular; Huard tem se dedicado ao uso de células tronco de origem muscular para tratamento da distrofia muscular experimental.
Aparelho de ventilação será disponibilizado (25/01/03)
São Paulo - notícia da Folha de São Paulo de hoje informa sobre a decisão da justiça de dar um prazo de 120 dias para a Secretaria Estadual da Saúde providenciar os aparelhos de ventilação não invasiva aos pacientes com distrofia muscular. A íntegra da notícia segue abaixo:
Aparelho de ventilação será
disponibilizado
A Justiça de São Paulo determinou que a Secretaria de Estado da Saúde
disponibilize, em 120 dias, aparelho de ventilação mecânica não-invasiva
para os pacientes portadores de distrofia muscular progressiva que necessitem do
equipamento.
A doença, que causa paralisação muscular progressiva, acomete pelo menos 500
crianças paulistas.
A secretaria informou que já tinha iniciado a compra dos equipamentos.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2501200321.htm
Avaliação cardíaca de meninas portadoras do gene da Distrofia Muscular de Duchenne e Becker (18/01/03)
Australia - alguns casos são descritos de doença cardíaca em mulheres que tem o gene da distrofina (não tem a distrofia, mas tem o gene). Um estudo anterior tinha identificado 15% de alterações cardíacas em portadoras do gene com menos de 16 anos. Estes pesquisadores realizaram avaliação cardíaca (eletrocardiograma e ecocardiograma) em 23 meninas dos 6,2 a 15,9 anos de idade. Nenhuma anormalidade cardíaca foi encontrada. Este resultado demonstra que nesta faixa etária não seria necessário a realização de exames cardíacos nestas meninas. Este trabalho será publicado em breve na revista Neuromuscular Disorders.
Cardiac assessment in childhood carriers of Duchenne and Becker muscular dystrophies
M.A. Nolan, O.D.H. Jones, R.L. Pedersen, H.M. Johnston
Cardiac disease in adult female carriers of the X-linked dystrophinopathies, Duchenne and Becker muscular dystrophies, is a wellrecognised entity. A single study has reported a 15% incidence of cardiac abnormalities in female carriers under 16 years. Our study aims, clinically and with electrocardiograph and echocardiograph, to determine the incidence of cardiac abnormality in young girls who are proven carriers of X-linked dystrophinopathies. Twenty-three girls aged 6.2–15.9 years were assessed. All had normal cardiac examination. None had electrocardiograph abnormalities consistent with dystrophic cardiomyopathy. Left ventricular fractional shortening ranged from 33 to 55% (normal . 28%). Septal thickness, posterior wall thickness and wall thickness ratio were within normal limits. No cardiac abnormalities have been demonstrated in young girls who are proven carriers of X-linked dystrophinopathies in our study. This has important implications for planning timing of carrier determination and cardiac assessment.
Conceitos sobre a Hipertermia Maligna (18/01/03)
USA - a hipertermia maligna é uma séria complicação de cirurgias; pacientes com distrofias musculares podem apresentar quadro semelhante ao da hipertermia maligna durante anestesias. Neste artigo é feita uma revisão sobre a hipertermia maligna, as formas de diagnóstico e a importância do tratamento adequado. Pacientes com distrofia muscular não podem receber anestésicos gerais chamados de halogenados e não podem utilizar o relaxante muscular denominado succinilcolina; para mais informações ver o texto sobre anestesia no ítem tratamento (http://www.distrofiamuscular.net/anestesia.htm)
Current Concepts in Malignant Hyperthermia
Journal of Clinical Neuromuscular Disease 2002; 4(2):64-74
Josef Finsterer, MD, PhD
Malignant hyperthermia (MH) is a rare, potentially lethal, clinically and genetically heterogeneous pharmacogenic myopathy, which during or after general anesthesia manifests as MH crisis (MHC) in genetically predisposed, but otherwise mostly normal, individuals (MH susceptibles) in response to anesthetic-triggering agents. MHC can also occur in patients with central core disease. MCH-like crises have been reported in those with Duchenne/Becker muscular dystrophy, myotonic dystrophy, mitochondriopathy, and various other conditions. MH susceptibility is diagnosed if there is an MHC in the individual or family history or by the in vitro caffeine-halothane contracture test. Although screening for mutations in the ryanodine-receptor-1 gene and the dihydropyridine-receptor gene, respectively, could further substantiate the diagnosis, the caffeine-halothane-contracture test still remains the gold standard for diagnosing MH susceptibility. The most well-known triggers of an MHC are depolarizing muscle relaxants and volatile anesthetics. Therapy of an MHC comprises discontinuation of triggering agents, oxygenation, and correction of the acidosis and electrolyte disturbances, treatment of arrhythmias, cooling, and dantrolene. If MH susceptibility is not known preoperatively and an MHC unexpectedly interrupts anesthesia, consultation by a specialist in MH susceptibility after anesthesia is essential to investigate the patient for MH susceptibility or subclinical myopathy, guide laboratory investigations, manage therapy, and counsel the family on further risk. To further reduce morbidity and mortality of those with MHC, anesthesiologists and neurologists should be well educated and should strengthen their clinical vigilance. Research should be intensified and extended with regard to the development of new in vitro tests to further elucidate the heterogeneous genetic background of MH susceptibility.
USA - o músculo diafragma do camundongo com distrofia muscular demonstra claramente as alterações da distrofia muscular, melhor que os músculos dos membros. Os pesquisadores aumentaram o trabalho do músculo diafragma e demonstraram aumento do dano muscular nos animais. Apesar disto os pesquisadores identificaram células de regeneração do diafragma, em decorrência do dano produzido pelo esforço. O trabalho demonstra que o músculo do camundongo atingido pela distrofia apresenta capacidade de regeneração; estratégias que aumentem a capacidade de regeneração deveriam ser pesquisadas como forma de tratamento.
USA - A matriz do cordão umbilical, denominada cientificamente de geléia de Wharton, é rica em células tronco. Esta parte do cordão umbilical é jogada fora após o parto. Estas células tronco foram denominadas de células tronco da matriz do cordão para diferenciá-las das células tronco do cordão umbilical e demonstraram potencial de transformação em outras células como as nervosas. Se estas células confirmarem seu potencial será uma grande fonte de células tronco para pesquisas.
Canadá - PharmaGap obteve patente para o desenvolvimento de células tronco a partir de células da pele. Estas células poderão ser utilizadas em doenças de pele e deverão ser estudadas quanto ao potencial de se transformar em outros tecidos. A empresa ressalta que os estudos não utilizam produtos de origem animal evitando os riscos deste tratamento.
USA - cientistas americanos estão analisando as causas de leucemia nos dois pacientes franceses com imunodeficiência que receberam a terapia gênica. A análise inicial mostra que o problema pode ter ocorrido por que o gene foi introduzido ao lado de um gene que pode desencadear este tipo de tumor. O esclarecimento completo e rápido é necessário para a liberação dos estudos com terapia gênica nos Estados Unidos.
MÁ NOTÍCIA: FDA suspende os ensaios clínicos com o uso de vetores virais em células tronco (14/01/2003)
USA - O FDA, agência americana de controle de medicamentos, alimentos e procedimentos médicos suspendeu por precaução trinta estudos em seres humanos utilizando vetores virais para corrigir defeitos em células tronco. Esta medida foi tomada após o aparecimento do segundo caso de leucemia em um paciente que recebeu tratamento para imunodeficiência (os dois casos ocorridos na França). Estes pacientes que são chamados de "meninos da bolha" por que precisam ficar isolados para não adquirir infecções (como foi mostrado em um filme bem antigo de televisão) estavam sendo submetidos ao tratamento com suas próprias células tronco que eram corrigidas em laboratório por vetores virais. Em outubro de 2002 o primeiro caso de leucemia nestes pacientes foi descrito e agora com o segundo caso o FDA resolveu suspender o procedimento nos Estados Unidos e abrir uma investigação. O tratamento com células tronco vinha sendo muito bem sucedido nesta doença e a suspensão das pesquisas causará um atraso na busca da cura desta e de todas as doenças genéticas.
USA - novas estratégias tem sido desenvolvidas para tentar corrigir as doenças genéticas através da terapia gênica; muitas pesquisas tem sido feitas com o mRNA que leva a informação do DNA (gene) até a síntese de proteínas. Nesta pesquisa realizada em laboratório cientistas conseguiram alterar o mRNA de células com a forma mais severa de atrofia espinal que passou a produzir a proteína que pode contribuir para reduzir a gravidade da doença. Esta pesquisa foi feita em tubo de ensaio mas há outros grupos estudando este procedimento em camundongos. Se esta pesquisa der certo em animais e futuramente em seres humanos ela pode ser aplicada em qualquer doença genética.
São Paulo - Leonardo Feder que foi o primeiro colocado no vestibular de jornalismo da PUC, Universidade conceituada de São Paulo, coloca a distrofia em destaque na mídia. A notícia também está na revista "Isto É" desta semana.
França - melhora da qualidade de vida é um dos objetivos do tratamento das distrofias musculares. Os pacientes com distrofia muscular, com traqueostomia e submetidos a ventilação mecânica foram comparados em dois modos de ventilação mecânica quanto a capacidade de manter a fala. O uso da ventilação mecânica por BPPV (bilevel positive-pressure ventilation) promoveu melhor fala e sem efeitos deletérios.
Inglaterra - a cirurgia da coluna é necessária em alguns pacientes com distrofia muscular que apresentam escoliose; a cirurgia contribui para melhorar a capacidade respiratória. O sangramento na cirurgia é maior nos portadores de distrofia do que em pacientes que não apresentam esta doença. Neste trabalho os cirurgiões utilizaram a droga aprotonin para reduzir o sangramento. Esta droga que tem mecanismo de ação conhecido (antifibrinolítico e preserva a função plaquetária) demonstrou nos pacientes estudados a aprotonin reduziu o sangramento e a necessidade de uso de transfusões sanguíneas durante e após a cirurgia.
As células tronco são consideradas como alternativa futura para o tratamento definitivo das distrofias musculares. Neste artigo os pesquisadores fazem uma revisão dos procedimentos e dificuldades para levar os genes para células tronco atráves de vetores virais. O sucesso deste procedimento será muito importante nas distrofias musculares.
Células tronco e coração: duas pesquisas (10/1/03)
- Reprogramação das células tronco para se transformar em cardiomiócitos nesta pesquisa realizada no Japão os pesquisadores conseguiram reprogramar as células tronco da medula óssea que se transformaram em células musculares cardíacas, com todas as características funcionais destas células. Este procedimento deverá ser estudado na distrofia muscular no futuro.
- Transplante de células tronco da medula óssea em pacientes com doença cardíaca neste trabalho realizado na Alemanha os cientistas injetaram células tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente; as células tronco foram injetadas em pacientes que sofreram infarto do miocárdio. Os resultados após 3 a 9 meses do procedimento mostraram melhora da função cardíaca. Há necessidade de acompanhamento dos pacientes por mais tempo e estudar um grande número de pacientes.
Itália - entender como a lesão cardíaca ocorre é importante para prevenir seu aparecimento. Nesta pesquisa os cientistas identificaram uma proteína no músculo cardíaco, a melusina, que é importante para prevenir a dilatação do coração durante a insuficiência cardíaca.
USA - células do cordão umbilical são congeladas e podem ser úteis no tratamento de doenças hematológicas como as leucemias e os linfomas. Além disso as células tronco do cordão umbilical poderão ser úteis também no tratamento de doenças genéticas como a distrofia muscular. Os pesquisadores estudaram células umbilicais que tinham sido congeladas por mais de 15 anos e observaram que elas continuavam viáveis e poderiam ser utilizadas nestas doenças.
USA - outros estudos já haviam demonstrado que nos músculos existem células com potencial equivalente as células tronco da medula óssea. Nesta pesquisa os cientistas identificaram dois tipos de células tronco: apenas um destes tipos tem a capacidade equivalente ao das células tronco. A seleção das células musculares com potencial das células tronco auxiliará na terapia gênica.
Pais de portadores de distrofia entram em contato com pesquisadores (08/01/03)
Muitas pesquisas importantes divulgadas em 2001/2002 não tiveram continuidade ou delas não tivemos mais notícias. Pais de portadores de distrofia estão entrando em contato com pesquisadores para solicitar mais informações ou para mostrar aos cientistas que os pais estão com pressa nas pesquisas. A nossa amiga Julie Garcia da Califórnia conseguiu uma resposta do Dr. Eric van Lunteren sobre a pesquisa com o uso de inibidores dos canais de potássio na distrofia muscular experimental (Inotrophic effects of the K(+) channel blocker TEA on dystrophic (mdx and dy/dy) mouse diaphragm). Neste e-mail Eric responde que não tem informações sobre o uso de bloqueadores dos canais de potássio na distrofia muscular e não sabe dizer se serão usados clinicamente. Ele faz pesquisas básicas e não está envolvido com o tratamento de pacientes com distrofia muscular.
Pesquisadores de ciências básicas não sabem muito sobre as distrofias musculares e sobre a necessidade de urgência nas pesquisas.
I am not aware of any data on the
use of K+ channel blockers for the treatment of humans with muscular dystrophy,
so I really can't tell you how useful this will turn out to be clinically.
Although I do basic research in this area, I am not very involved in the
clinical treatment of people with muscular dystrophies. Thus it is
possible that there may be some information along the lines you are seeking
without my being aware of it. Sorry I can't be of much help beyond this.
Erik van Lunteren
A nossa amiga Berit Sofie da Noruega conseguiu a seguinte resposta do Dr. Jeffrey S Chamberlain que tem uma linha de pesquisa muito sólida em distrofia muscular e é um dos pesquisadores mais dedicados na pesquisa da cura da doença com a terapia gênica.
Gene therapy of muscular dystrophy
Neste e-mail o Dr. Chamberlain afirma que o objetivo de seu laboratório. O principal foco de pesquisa é como levar o gene para o tratamento. Os problemas para a efetivação da terapia gênica mas estão sendo feitos progressos. Ela faz pesquisas com camundongos que tem uma doença semelhante à humana. A administração do gene antes do desenvolvimento da doença pode prevenir a sua ocorrência. Ele está também pesquisado os efeitos da terapia gênica em camundongos que já apresentam alterações musculares tentando reverter os sintomas da doença. As pesquisas são divididas em três etapas. Primeiramente ele esta estudando transportadores do gene até o músculo. Segundo ele está pesquisando maneiras de avaliar corretamente a força muscular e analisar o resultado da terapia gênica. Terceiro ele está fazendo formas diferentes de distrofina, pequenas e grandes e colocadas em diferentes transportadores. Ele usa vírus como transportadores do gene, que são preparados em laboratórios sendo retirados genes do vírus que podem causar efeitos ruins. Ele tem bons resultados com dois vírus que já provaram sua capacidade em transportar o gene da distrofina aos músculos. Importante é que este processo pode acarretar lesão muscular que pode ser em parte revertida. A importância deste trabalho é que esta forma de terapia gênica demonstrou capacidade de reverter as alterações já existentes no músculo, o que abre a perspectiva de cura da doença mesmo com a lesão já estabelecida. Ele enfatiza que todos os estudos são feitos em camundongos e não há testes seguros em seres humanos. Ele também explica que os trabalhos demonstram efeito em um músculo e outros estudos deveram ser feitos para tratar todos os músculos. Ele acredita que iniciará estudos em seres humanos nos próximos 2 a 3 anos para testar a segurança do procedimento. Ele termina relatando que tem um grupo dedicado e que está trabalhando intensamente para resolver os problemas da terapia gênica.
Dear Berit,
Thank you for your interest in our work. The goal of our lab, and many
others, is to find a way to use gene therapy to treat muscular dystrophy. Our
main focus is on Duchenne Muscular Dystrophy (DMD), but we feel that the methods
used to deliver a gene to muscle should be generally applicable to most types of
muscular dystrophy. The difficulties in developing gene therapy are many,
but we are making good progress. The studies now being performed all use
animal models for muscular dystrophy. My lab studies a strain of mice that
have the same genetic defect as do patients with DMD. These mice therefore
allow us to test many potential approaches for therapy. Previous work in
mice has shown that if a new dystrophin gene can be delivered to muscle before
the disease develops, that dystrophy can be prevented from occurring. However,
we are also interested to find out whether it might be possible to halt the
disease, or even reverse some of the muscle damage, after the disease has
already developed.
We have taken several approaches to answering
these questions. First, we have been developing ‘shuttles’ that allow
genes to be transferred into muscle cells. Second, we have been developing
ways to measure muscle function in the mice, so that we can find out what
effects gene transfer has on muscle. Third, we have been making many
different types of dystrophin genes, both large and small versions, so that we
have available several options to use with our different shuttles. The
shuttles are made from viruses, but first we remove from the virus those genes
that might otherwise cause illness. We have obtained encouraging results
with two shuttles, adeno-associated virus, and adenoviral shuttles, each of
which have been stripped of all viral genes. Our most recent studies
showed that the so-called “gutted’ adenoviral shuttle could transfer the
full dystrophin protein to muscle cells. Importantly, we found that when
the gene was delivered to muscles of mice that had already developed a lot of
muscle damage, we were able to reverse some of that damage. The importance of
this work is that we now know that if the dystrophin gene and protein can be
replaced in muscles, then it should be possible to not only halt the disease
from getting worse, but also to reverse at least some of the pre-existing muscle
damage.
It is important to remember that all of this
work has been done in mice. Also, the shuttles we are using have not been
fully tested for their safety in humans. Third, at present we are able to
treat only a fairly small amount of muscle, even in the mice. Thus, we
still have a lot of work to do before we can hope to apply these results to
patients. We are continuing to test the safety of the shuttles, and we are
working hard to find ways to deliver them to all the muscles of the body. It
is likely that we will be able to begin some very limited human clinical trials
in the next 2-3 years that will be intended to test safety, and safety alone. We
hope to use the adeno-associated virus vector in these studies. If those
studies go well, and if we can improve our methods to deliver shuttles to muscle,
we would then be in a position to begin trying to improve muscle strength in
patients. I hope this work can proceed quickly, but it is very difficult
work and very time consuming. Nonetheless, I have a very dedicated group
of scientists working extremely hard on these problems.
With best wishes
Jeffrey S. Chamberlain, Ph.D.
Um dos maiores problemas da terapia gênica é a capacidade de levar o gene até a célula e fazé-lo funcionar. Neste estudo em células musculares de porcos os pesquisadores utilizaram um vírus para levar o hormônio de crescimento para as células. Para melhorar a eficiência desta terapia eles utilizaram uma corrente elétrica de baixa intensidade. Através desta corrente elétrica foi possível utilizar pequena quantidade de vírus. O estudos realizados mostraram que o gene passou a realizar o seu efeito: houve aumento do peso, diminuição da gordura e aumento da densidade óssea. O estudo comprovou que a corrente elétrica otimiza a terapia gênica.
Japão - a distrofia de Duchenne e Becker são formas de distrofia muscular ligada a um mesmo gene defeituoso. Em alguns casos a diferenciação da forma de distrofia é difícil clínicamente, sendo denominadas de formas intermédiárias da doença. Em um paciente com esta forma intermédiária os linfócitos foram estudados sendo encontrados três formas de mRNA, a estrutura da célula responsável pela transcrição das informações do DNA para a síntese de proteínas. A presença de 3 mRNA promoverá a criação de três formas de proteínas defeituosas e pode ser o motivo desta forma intermediária. O estudo do mRNA poderá se constituir em uma nova forma de tratamento do defeito genético, que poderá atenuar os sintomas das formas mais severas de distrofia muscular.
Resposta do cientista da pesquisa do dia 28/12/02 (02/01/03):
USA - Stephen Kaufman, cientista que está estudando a integrina no tratamento da distrofia muscular enviou a seguinte resposta a Berit Sofie a respeito de sua pesquisa: que a integrina é uma alternativa interessante e promissora no tratamento da distrofia muscular; que ele continua estudando o tema e que ele acredita que outros pesquisadores estejam estudando o tema e que há um caminho ainda longo para os testes em seres humanos.
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