ATENÇÃO ESTA PÁGINA CONTÉM INFORMAÇÕES OBTIDAS EM SITES MÉDICOS, DE NOTÍCIAS, DE ENTIDADES DE PESQUISA E LITERATURA MÉDICA ESPECIALIZADA. MUITAS DAS INFORMAÇÕES SE DESTINAM A PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE OU PESQUISA POR SEREM MUITO ESPECIALIZADAS. AS PESQUISAS AQUI RELATADAS SÃO NA SUA MAIORIA DE PONTA, NÃO PODENDO SER TRANSPOSTAS RAPIDAMENTE PARA O USO CLÍNICO. EM GERAL HÁ UMA DEMORA QUE PODE SER SUPERIOR A 5 ANOS ENTRE UM TRABALHO EXPERIMENTAL PROMISSOR E SEU USO CLÍNICO.
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COMO FICOU? Por que uma pesquisa promissora não teve continuidade? (28/12/02)
USA - em março de 2001 quando iniciamos o site divulgamos uma promissora notícia sobre uma nova modalidade de terapia gênica: a utilização do gene da alfa 7 beta 1 integrina no tratamento de um modelo experimental de distrofia muscular. O artigo veio ilustrado por um interessante vídeo das pesquisas (http://www.jcb.org/cgi/content/full/152/6/1207/DC1/1) (para visualização do vídeo que tem 11,5MB, você precisa do quick time player). Após 21 meses não houve nenhuma continuidade da pesquisa e nenhum outro pesquisador realizou estudos nesta mesma linha.
Inaugurado o canil para abrigar os cães que serão utilizados em pesquisas de terapia gênica da distrofia muscular experimental (21/12/02)
Brasil - hoje pela manhã foi inaugurado o canil da Faculdade de Veterinária da USP que servirá para abrigar os cães ligados a pesquisa envolvendo as células tronco e distrofia musculares. A equipe da Faculdade de Veterinária está sensibilizada com a causa da distrofia muscular e promete se envolver completamente com as pesquisas. Há vários subprojetos utilizando as células tronco de cordão umbilicial, medula óssea e placenta. As pesquisas ocorrerão em São Paulo e no Centro de Terapia Gênica de Ribeirão Preto da AADM.
Alterações do cérebro em pacientes com distrofia muscular (21/12/02)
USA - nesta semana dois trabalhos abordam as alterações cerebrais na distrofia muscular. O primeiro é uma revisão das alterações cerebrais em pacientes com distrofia muscular ressaltando o papel da proteína distrofina no sistema nervoso central. Este trabalho relata que 1/3 dos pacientes com distrofia muscular de Duchenne tem algum tipo de retardo mental, não progressivo, e de intensidade leve a moderada. O segundo é um artigo da revista Quest que aborda as alterações neurológicas em diversas doenças neuromusculares. Há referência a uma porcentagem menor de retardo mental na distrofia de Duchenne e Becker (5%) e de alterações do aprendizado e de algumas alterações na memória (repetição de palavras ou identificação de sons recém ouvidos). Há também descrição de alterações emocionais e há pesquisas tentando identificar o papel da distrofina na sistema nervoso. Em algumas formas de distrofia muscular congênita as alterações neurológicas são mais severas com retardo mental mais severo e convulsões. Na distrofia miotônica que se manifesta na vida adulta tem alterações neurológicas leves e as congênitas se acompanham de grandes alterações neurológicas.
- Cingapura - os pesquisadores estudaram 24 pacientes com doenças neuromusculares que tinham sido submetidos a cirurgia de coluna no período de 1993 a 1998 (entre os quais pacientes com distrofia muscular). A média de idade foi de 10,6 anos e o tempo de seguimento médio foi de 5,5 anos. O tempo de permanência na UTI foi de 2 dias e a média de hospitalização foi de 11 dias. A média de correção da escoliose foi de 75,6 a 25,4 graus. A capacidade pulmonar se manteve estável após a cirurgia. Duas complicações severas foram encontradas: pseudoartrose e infecção profunda que necessitam de cirurgia e duas complicações leves: infecção urinária e superficial da pele. Não ocorreram mortes pela cirurgia e nem complicações neurológicas. os autores concluem que a cirurgia é segura e uma boa modalidade de terapia, necessitando reavaliar em outros estudos os resultados sobre a função respiratória.
Avaliação da função cardíaca em crianças com distrofia muscular congênita merosina positiva (21/12/02)
Turquia - neste trabalho 42 pacientes com distrofia muscular congênita merosina positiva foram submetidos ao ecodopplercardiograma para avaliação da função cardíaca em comparação a 22 pacientes normais. Os pacientes com distrofia muscular apresentavam função cardíaca significantemente menor que o grupo controle, sendo que em 3 deles a função estava em níveis abaixo do normal. Os autores concluem que o prejuízo da função cardíaca pode ocorrer em pacientes com distrofia muscular congênita merosina positiva sendo que estes pacientes devem ser submetidos periodicamente a avaliação cardíaca.
Assessment of left ventricular systolic and diastolic functions in children with merosin-positive congenital muscular dystrophy
Naci Ceviz, Fusun Alehan, Dursun
Alehan, Sencan Ozme, Zuhal Akçoren, Gulsev Kale, Haluk Topaloglu
Abstract
Cardiopathy is an expected finding in
X-linked Duchenne and Becker muscular dystrophies. This holds true for some
other forms such as autosomal recessive limb-girdle dystrophies. However, data
on early-onset and usually severe congenital muscular dystrophies are limited.
The purpose of this study was to investigate the presence of cardiac involvement
in children with merosin-positive congenital muscular dystrophy. A total of 42
patients and 22 healthy subjects were evaluated by M-mode, 2D, and Doppler
echocardiography. Cardiac anatomy, left ventricular dimensions, wall thickness
and systolic and diastolic functions were investigated in patients and
compared with those of healthy control subjects. Mean left ventricular ejection
fraction and shortening fraction were significantly lower in the patient group
(P<0.05 and P<0.001, respectively) and in three patients ejection fraction
was below 55%. Although some impairments in left ventricular inflow indexes
which were suggestive of left ventricular diastolic dysfunction were detected in
patients with merosin-positive congenital muscular dystrophy they were not
statistically significant. Our results suggest that left ventricular systolic
abnormalities may occur in children with merosin-positive congenital muscular
dystrophy.
Efeitos benéficos da taurina e da IGF-1 na distrofia muscular experimental de camundongos (19/12/02)
Itália e Suíça - Pesquisas tem sido realizadas para encontrar tratamentos paliativos para as distrofias musculares com mínimos efeitos colaterais. Pesquisadores estudaram a taurina e a creatina, drogas que podem reduzir a degeneração muscular e a IGF1,droga que pode aumentar a regeneração muscular, em um modelo experimental de distrofia muscular em camundongos. A droga foi administrada por 4 a 8 semanas e os camundongos foram submetidos ao exercício para acelerar as alterações musculares. Efeitos benéficos foram obtidos com a taurina e a IGF-1 demonstrando um potencial destas drogas no tratamento da distrofia muscular.
Empresa consegue aumentar e conservar as células tronco para o uso terapêutico (19/12/02)
USA - a ViaCell uma empresa líder no estudo das células tronco umbilicais apresentou no Congresso da Sociedade Americana de Hematologia sua técnica de expandir o número de células tronco e preservá-las para o uso terapêutico. As células são criopreservadas (conservadas em baixissimas temperaturas) e não perdem a sua função. Estas células poderão ser utilizadas em doenças do sangue, doenças genéticas, etc.
Researchers at ViaCell Report Additional Successes in Expanding And Preserving Stem Cells from Umbilical Cord Blood for Use in Cellular Therapies NEW
BOSTON, Dec. 18 /PRNewswire/ -- ViaCell,
Inc., a premier cellular therapy company, has presented study results
demonstrating its ability to expand and preserve purified stem cell populations
from umbilical cord blood for future potential use as cellular medicines.
Scientists from ViaCell presented data on these as well as other research and
development advancements at the recent American Society of Hematology's 44th
Annual Meeting in Philadelphia, PA. Among the findings, scientists showed that
populations of human umbilical cord blood stem cells that are expanded using
ViaCell's patented Selective Amplification(TM) technology can be successfully
cryopreserved without any significant loss of function. In a mouse model, these
cells were shown to engraft successfully in transplant procedures at a rate that
is comparable to that achieved by selectively amplified cells that were not
frozen. Study findings indicate that these stem cells can be manufactured and
cryogenically frozen in significantly large populations for future use as
cellular medicines. "Umbilical cord blood stem cells are used as a part of
the therapy regimen for nearly 50 diseases today. One of the challenges in
developing additional cellular therapies is the need to multiply and preserve
large quantities of these powerful umbilical cord blood stem cells for use in
treating an even broader range of diseases. These important studies indicate
that we can substantially increase the number of these valuable cells and freeze
them for later use," said Jan Visser, Ph.D., senior vice president, head of
science at ViaCell. Scientists also reported the ability to control various
expression patterns while reproducing a targeted population of umbilical cord
blood stem cells using Selective Amplification(TM). The ability to monitor
specific cell receptors and ligands offers the potential to engineer specific,
homogeneous and high-potency pools of hematopoietic stem cell candidates in
large quantities. Data also presented show that the presence of the growth
factor thrombopoietin (TPO) in combination with other agents significantly
increases the generation of both long- and short-term repopulating stem cells.
These findings are now being applied in ViaCell's Selective Amplification(TM)
process to expand target populations from various stem cell sources such as bone
marrow or cord blood. This is expected to result in the increased production of
human hematopoietic stem cell candidates. "We anticipate that these new
studies will show that TPO can further enhance production of human hematopoietic
stem cells for use in transplantation therapy," added Dr. Visser.
Additionally, research progress on the effects of insulin-like growth factor
binding protein-3 (IGFBP-3) in modulating the proliferation of primitive stem
cells indicates that IGFBP-3 also serves an important function in blocking cell
differentiation. The ability to prevent stem cells from differentiating into
other cell types could enhance the ability to grow highly enriched populations
of stem cells with broad applications in human health. ViaCell first announced
the discovery of this protein's impact on regulating the expansion and
engraftment potential of human stem cell populations at the 2001 American
Society of Hematology's Annual Meeting. "These critically important studies
significantly expand ViaCell's history of research discoveries and advances in
support of our mission to develop and provide the highest quality cellular
therapies for the treatment of many challenging human diseases," said Marc
Beer, president and CEO of ViaCell. "The progress reported here contributes
significantly to the rapidly evolving field of cellular medicine and therapeutic
development." "Our research and development strides presented at this
year's American Society of Hematology meeting represent a few of the important
accomplishments the ViaCell team has achieved in furthering cellular therapy,"
said Dr. Visser. "Our progress in areas including other growth factors,
antibodies, endogenous stem cell stimulants, pancreatic stem cell and pancreatic
islet isolation and expansion methodologies underscores our commitment to the
development of innovative cellular therapies to tackle numerous unmet clinical
challenges."
Modafinil reduz a excessiva sonolência de pacientes com distrofia muscular miotônica (16/12/02)
USA - modafinil é uma droga de mecanismo de ação desconhecido e indicada nos Estados Unidos para tratamento de narcolepsia. Ela foi testada em pacientes com distrofia miotônica com o objetivo de reduzir a hipersonolência, uma queixa constante destes pacientes. Para este estudo 50 pacientes foram avaliados, 14 dias com a droga e 14 com uma substância inócua (placebo). Os resultados mostraram que a droga reduziu a sonolência e melhorou o humor nos pacientes com distrofia miotônica. Quatro pacientes abandonaram o estudo, três pelos efeitos colaterais (dois durante o uso da droga e um quando usava placebo). O efeito colateral mais frequente foi dor de cabeça. O trabalho será apresentado num dos próximos números da revista Neurology.
Modafinil reduces excessive somnolence and enhances mood in patients with myotonic dystrophy
J.R. MacDonald, PhD; J.D. Hill, MSc; and M.A. Tarnopolsky, MD, PhD
Abstract—Objective: To evaluate the potential of modafinil in reducing excessive daytime somnolence (EDS) and enhancing indexes of quality of life and mood in patients with myotonic dystrophy (DM). Methods: Forty patients with DM were randomized to receive modafinil and placebo for 14 days each, using a double-blind, cross-over design. Before and after each trial, subjects completed handgrip strength testing, spirometry, and quality-of-life measures (RAND). On days 7 and 14, each subject completed the Epworth Sleepiness Scale (ESS), the Stanford Sleepiness Scale (SSS), and the Profile of Mood States (POMS). Results: ESS scores were lower while taking modafinil (mean 248 mm; 95% confidence limit 220 to 276 mm) as compared with placebo (309 mm; 281 to 336 mm) (p < 0.001). Mean SSS scores were also lower during the modafinil trial (3.05; 2.77 to 3.33) than during the placebo trial (3.45; 3.18 to 3.71) (p < 0.05). The POMS indicated that modafinil decreased fatigue–inertia (p < 0.001) and increased vigor–activity and tension–anxiety (p < 0.001) indexes. The total mood disturbance score was also decreased during the modafinil trial as compared with placebo (p < 0.05). TheRAND quality-of-life measures of energy (p < 0.001) and health change (p < 0.05) were both significantly enhanced during the modafinil treatment phase. No changes in maximal grip strength or forced expired volume in 1 second were detected over the course of the study. Headache was the most frequently reported adverse event. Four patients withdrew from the study, three because of side effects (two during modafinil ingestion and one during placebo ingestion). Conclusion: Modafinil reduces somnolence and improves mood in patients with DM.
NEUROLOGY 2002;59:1876–1880
USA - existem várias maneiras de se tentar a terapia gênica; pesquisadores do Centro Médico da Universidade Vanderbilt criaram uma nova maneira de terapia gênica que mostrou eficiência em células estudadas em laboratório. Ao invés de corrigir o gene defeituoso eles corrigiriram o RNA mensageiro, que serve para sintetizar as proteínas. Eles testaram o método em células com miotonia congênita e observaram que as células defeituosas passaram a produzir a proteína cujo defeito genético impedia a síntese. Eles passaram a pesquisar esta forma de terapia gênica em animais.
Seleção de alguns resumos apresentados no 42o Encontro Anual da Sociedade Americana de Biologia Celular (14/12/02)
USA - este encontro anual será realizado em São Francisco de 14 a 18/12/2002. Há poucos trabalhos relacionados a distrofia muscular; os mais importantes estão relacionados abaixo. No primeiro artigo é estudado o papel da TGF-beta no desenvolvimento da fibrose muscular; existem estudo sendo realizados tentando inibir esta proteína para retardar as alterações musculares da distrofia muscular. No segundo trabalho os pesquisadores observaram que as células tronco são atraidas em maior quantidade para o músculo na lesão aguda do que nas lesões crônicas. O terceiro artigo fala do papel da inflamação no desenvolvimento das lesões musculares da distrofia muscular experimental; os pesquisadores reiteram a opinião que o tratamento desta inflamação no músculo pode retardar a evolução da doença. No último trabalho os pesquisadores discutem as dificuldades em fazer as células tronco se transformarem em células musculares em grande quantidade.
I) TGF-beta triggers the differentiation of myogenic cells toward myofibroblasts: Implication for muscle fibrosis
Y. Li, W. Foster, Y. Chan, B. M. Deasy, T. Payne, T. Horaguchi, N. Badlani, J. Cummins, J. Huard; Dept. of Orthopeadic Surgery, Children's Hospital of Pittsburgh, Pittsburgh, PA
Injured muscle can undergo regeneration; however, the healing process is often inefficient and hindered by progressive fibrosis, which is caused by stimulation of inflammatory factors. Transforming Growth Factor-beta1 (TGF-b1) is considered to be a central factor in fibrotic diseases of the liver, lung, heart, and kidney. Our previous research has found that muscle-derived stem cells are capable of differentiating into myofibroblasts following muscle laceration injury. We also have observed TGF-b1 over-expression in injured skeletal muscle. In this study, we determined that TGF-b1 stimulation can induce myoblasts (C2C12 cells) to express TGF-b1 in an autocrine manner, down-regulate the expression of myogenic proteins, and activate the production of fibrotic-related proteins in vitro. In addition, direct injection of human recombinant TGF-b1 into skeletal muscle in vivo was found to stimulate myogenic cells, including myofibers, to express TGF-b1 and subsequently induce scar tissue formation within the injected area. These results demonstrate that TGF-b1 is a key factor that can initiate the fibrotic cascades in skeletal muscle and induce a population of myogenic cells, which includes myofibers, to de-differentiate into myofibroblastic cells in injured muscle. These observations shed new light on the process of scar tissue formation, which commonly occurs in injured and diseased muscle.
II) Side population stem cells are
recruited to sites of acute but not chronic muscle degeneration
K. A. Lapidos, E. M. McNally; Cardiology, University of Chicago, Chicago, IL
Muscular dystrophies are degenerative disorders in which skeletal muscle undergoes chronic cycles of degeneration and regeneration. Stem cells are a critical component of the regenerative process. Recently, a pluripotent population of stem cells has been isolated from bone marrow and muscle of adult mice, and these side population (SP) cells were shown to regenerate hematopoietic lineages and skeletal muscle. Based on their ability to differentiate into both cell types, we hypothesized that SP cells comprise an in vivo, stable stem cell compartment available for the regeneration of muscle tissue or the hematopoietic lineages. For example, in muscular dystrophy, a high demand for stem cells in the muscle promotes recruitment of SPs from the bone marrow. Over time, this may result in a quantifiable decrease in SP cells from bone marrow and a quantifiable, concomitant increase at the muscle. We tested this hypothesis by quantifying the percentage of SP cells obtained from bone marrow or muscle in a chronic model of muscular dystrophy, g-sarcoglycan null mice (gsg-/-). Whole bone marrow and lower limb skeletal muscle were isolated from wild type and gsg-/- mice at either 6 weeks or 6 months of age. Using the Hoechst dye exclusion technique, SPs from bone marrow (HSPs) and muscle (MSPs) were quantified. We found no statistically significant differences between the mutant and wild type mice. We also studied an acute model of muscle degeneration elicited by cardiotoxin injection of the crural muscles of normal mice. Three days post-injection, SP cells showed a five to nine-fold increase in MSPs in cardiotoxin-treated versus the control. In conclusion, we have shown that side population cells increase at the site of acute, but not chronic, muscle degeneration/regeneration.
III) Staging Interactive Pathogenic Mechanisms in mdx Mouse Dystrophinopathy by Temporal Gene Expression Signatures
J. D. Porter, A. P. Merriam, S. Khanna; Ophthalmology, Case Western Reserve University, Cleveland, OH
Although Duchenne muscular dystrophy (DMD) results from mutations of dystrophin, multiple interactive mechanisms likely contribute toward pathogenesis. We used Affymetrix oligonucleotide arirays to compare hindlimb muscle of the mdx mouse dystrophinopathy to wild type mice at postnatal (P) ages 7, 14, 18, 23, 28, 56, and 112 days; 3 independent ; replicates/age/strain. Extraocular muscle, which shows no signs of pathology in dystrophinopathy, also was studied at most ages. Patterned alterations in hindlimb gene expression between P7 and P14 (prenecrotic stage) included only 8 genes. Rapid accumulation of expression changes was observed thereafter, with a 20-fold increase in the number of up-regulated genes between P14 and P28, which coincided with appearance of histologic changes in muscle. Assessed at the expression level, disease peaked with 376 differentially regulated genes at P56, but a persistent response was evident at P112 (~130 genes). Correlation analyses provided insight into the interactive nature of inflammatory, fibrotic, and muscle regenerative events, with proinflammatory mechanisms particularly evident. By contrast, few changes were detected in extraocular muscle at any age. Immunocytochemistry and quantitative PCR for chemotaxic molecules confirmed their early role in recruitment of an inflammatory infiltrate to dystrophic muscle, along with a corresponding absence in extraocular muscle. These findings suggest that inflammation is a key contributor to, rather than a consequence of, the pathogenesis of dystrophin deficiency. The absence of changes in extraocular muscle suggest that this tissue does not adapt, but rather is constitutively protected in muscular dystrophy. Taken together, genome-wide expression profiling establishes an integrated profile of dystrophinopathy and the resultant mdx temporal expression signature for hindlimb suggests that blockade of inflammatory cell recruitment may be effective in ameliorating the disease, an attractive prospect in the absence of effective therapy for the primary mutation.
IV) Migration and Fusion of Muscle SP Cells into Dystrophic Myofibers
R. L. Sohn,1 E. Gussoni2 ; 1 Medicine/Cardiology, Brigham and Women's Hospital, Boston, MA, 2 Division of Genetics, Children's Hospital, Boston, MA
Cell therapy with muscle SP cells in animal models is being explored as a potential treatment for muscular dystrophy. However, though promising, stem cell therapy is plagued by its low efficiency: only about 1-5% of these stem cells fuse into pre-existing myotubes. In fact, how myoblasts, or even muscle SP cells, fuse to form multinucleate myotubes is a fascinating and highly regulated process. Recent work in Drosophila has elucidated some of the molecular components of this process. Our hope is to improve the efficiency of cell therapy with muscle SP cells by utilizing the tools and concepts of myoblast fusion found in Drosophila. As a first step, we have looked for cell surface markers that promote the migration of SP cells from the blood where they are injected to skeletal muscle where they then fuse into myotubes. Chemokines are known to play major roles in leukocyte migration. Therefore, we looked for the presence of chemokine receptors in skeletal muscle. By immunohistochemistry on human fetal skeletal muscle, we have found cells positive for the chemokine receptor CXCR-4 along the myofibers. These are not satellite cells as they are not positive for the transcription factor Pax-7. We have also found myotubes positive for CDO (CAM-regulated, down-regulated by oncogenes), a cell surface protein of the immunoglobulin/fibronectin type III repeat family that has been found to positively regulate myogenic differentiation in vitro (Kang, et al. 1998, JCB 143: 403-13). Work is currently underway to determine if these cell surface proteins are also present in muscle SP cells. If so, it is possible that by increasing the expression of these molecules, we will be able to also increase the efficiency of the SP cells to migrate to muscle and to fuse into the myotubes.
Alemanha - um grande problema da terapia gênica e do transplante de mioblastos é a resposta imunológica que eles desencadeiam, com inflamação dos músculos. Neste trabalho os pesquisadores estudaram a HLA-G que foi identificada em poucos tecidos e esta envolvida na resposta imunológica. Na presença desta molécula há uma redução da inflamação e aumenta a sobrevida do transplante de mioblastos e pode se constituir numa importante aliada na terapia gênica e transplante de mioblastos.
USA - A Universidade de Stanford anunciou a criação de um fundo de 12 milhões de dólares para pesquisas com células tronco. Este fundo é importante para incentivar outras Universidades a pesquisar as células tronco embrionárias e para vencer a resistência de religiosos e alguns políticos que são contra estas pesquisas.
USA - A Universidade de Minnesota que vem pesquisando a utilização das células troncom diferentes doenças se associou com a Athersys, empresa de biotecnologia para continuar com as pesquisas e desenvolver o uso comercial das células tronco.
Brasil - nesta pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Brasil) foram estudados 15 pacientes com distrofia miotônica (11 homens e 4 mulheres, idade de 16 a 53 anos, média de 31 anos). Os pacientes foram avaliados pela ressonância nuclear magnética. Em 13 pacientes o envolvimento muscular foi observado; em 11 a alteração foi moderada a intensa. Alterações ósseas leves foram observadas com alteração do contorno ósseo e esclerose da medula óssea; em 4 casos foi observada a hiperexclusão condiliana. É provável que as alterações ósseas se devam as alterações musculares.
Mais notícias sobre a pesquisa francesa com terapia gênica no tratamento da distrofia muscular (9/12/02)
França - por ser a primeira pesquisa com terapia gênica no tratamento da distrofia muscular de Duchenne/Becker temos procurado manter uma atenção maior sobre ela. Uma nossa amiga da Noruega, Berit Sofie, recebeu uma boa informação da empresa Transgene sobre o andamento da pesquisa. Segundo Serge Braun Vice Presidente em Pesquisa da Transgene os resultados deste experimento inicial foram bons: a injeção intramuscular do vetor viral no músculo foi bem tolerado, seguro e houve produção de distrofina. O próximo passo será a pesquisa com a injeção do vetor viral por via arterial em um pequeno músculo do pé (provavelmente em 2004). Para 2006 se não ocorrer nenhum problema a programação será a injeção em um membro todo. Após estes estudos serão realizados outros com os músculos respiratórios e coração. Na visão deste pesquisador há um longo caminho até que a terapia gênica na Distrofia Muscular se torne uma realidade. O texto em inglês do e-mail segue abaixo:
Serge Braun
Inglaterra - a utrofina é uma proteína presente na célula que pode fazer o mesmo efeito da distrofina e melhorar os sintomas da distrofia muscular. Este é mais um trabalho que demonstra os efeitos benéficos da utrofina em um modelo de distrofia muscular em camundongos. O que é diferente neste estudo é que o aumento da utrofina em camundongos foi obtida com a adição do antibiótico tetraciclina na água. O tratamento foi realizado em quatro épocas diferentes: no útero, ao nascimento, 10 e 30 dias após o nascimento. O resultado mostrou menor lesão muscular, não houve alteração da força mas ocorreu aumento significante da resistência muscular. Nos animais tratados com 30 dias do nascimento os resultados foram muito pequenos. Além disso os pesquisadores observaram que os canais de cálcio se normalizaram com a expressão da utrofina demonstrando o papel do cálcio nas alterações musculares da distrofia. Em resumo este trabalho demonstrou que a utrofina pode corrigir as alterações da distrofia, especialmente quando realizada logo ao nascimento e dependendo da quantidade de utrofina das células musculares.
Espanha - os médicos da Espanha compararam os resultados de dois grupos de pacientes com Duchenne: 10 receberam deflazacort, um tipo de corticóide e 10 que recusaram o tratamento. Os que receberam deflazacort mostraram uma estabilização da força e da performace funcional. Além disso, 70% apresentaram melhora do balanço muscular mas somente 2% apresentaram melhora funcional. Os efeitos positivos duraram em média 12 meses. Perda da marcha independente ocorreu em idade semelhante nos dois grupos. Na conclusão dos autores os corticóides produziram estabilização clínica e melhor força muscular. Melhora funcional e a perda da marcha não foi diferente nos que tomaram ou não corticóides provavelmente porque esta perda está melhor relacionada com as contraturas das articulações.
O artigo completo em espanhol está aqui.
Austrália - o IGF-1 é um é uma proteína que todos nos temos no nosso organismo e tem sido testada para aumentar a força muscular de atletas e em estudos experimentais de distrofia muscular. Neste trabalho os camundongos com distrofia muscular receberam a injeção subcutãnea de 1mg/Kg de IGF-1. Os resultados mostraram que o IGF-1 aumenta a resistência a fadiga dos músculos respiratórios em conjunto com aumento das enzimas energéticas. Como deficiência dos músculos respiratórios é um fator de mortalidade na Distrofia Muscular de Duchenne o estudo do IGF-1 nesta situação deve ser estimulado.
USA - o uso dos corticóides é o mais efetivo tratamento na distrofia muscular de Duchenne. O uso de corticóides diariamente causa maior incidência de efeitos colaterais. Vários esquemas tem sido testados para manter os bons resultados e diminuir os efeitos colaterais. Neste trabalho 20 meninos com distrofia muscular receberam prednisona duas vezes na semana em alta dose (5mg/Kg/dose). Os resultados demonstraram que neste esquema de tratamento houve aumento da força muscular após 6 a 12 meses de tratamento com poucos efeitos colaterais, mas sem retardar o aparecimento de contraturas musculares.
Resumo do artigo: doses diárias de prednisone aumenta a força muscular em meninos com distrofia muscular de Duchenne, mas os efeitos colaterais são universais. Nos usamos um esquema de tratamento com prednisona diferente para determinar se há melhora com poucos efeitos colaterais. Prednisona foi administrada sexta e sábado (5mg/Kg/dose). Esta dose é duas vezes maior que a dose diária habitualmente usada de prednisona (0,75mg/Kg/dia). Vinte meninos (8 + 1,2 anos) foram tratados. Os resultados foram comparados com 18 não tratados (6,1+1,2 anos) e a 4 (7,3+ 0,6 anos) que receberam dose diária de prednisona. Houve um aumento da força dos membros superiores em 95% dos meninos em 6 meses e em 100% nos membros inferiores. Após 6 meses 16 continuaram o tratamento por mais de doze meses (22 + 1,5 meses). Quinze mantiveram mais força do que antes do tratamento e oito tiveram aumento adicional da força muscular. Seis meninos prosseguem neste esquema de tratamento por mais de dois anos. Os resultados benéficos prosseguem ao longo de todo o tratamento, com resultados superiores aos que apresentavam no início do tratamento. Os testes funcionais melhoraram em meninos com menos de 8 anos sem contraturas. Três meninos que não apresentavam força no músculo da perna perderam a marcha em 6 meses. Outros 8 meninos perderam a marcha em 12 a 24 meses; nestes as contraturas se desenvolveram. O crescimento foi mantido em todos os pacientes. Não houve aumento do peso nos tratados com este esquema de tratamento. O uso de prednisona duas vezes por semana aumenta a força muscular por mais de 6 a 12 meses na maioria dos pacientes mas não retardou o aparecimento de contraturas. Efeitos benéficos podem ser observados por mais de 12 meses com poucos efeitos colaterais.
O resumo em inglês segue abaixo.
High dose weekly oral prednisone improves strength in boys with Duchenne muscular dystrophy NEW
Anne M. Connolly, Jeanine Schierbecker, Renee Renna, Julaine Florencea
Department of Neurology, Saint Louis Children’s Hospital, Washington University School of Medicine, Box 8111, 660 S. Euclid Avenue,63110 Saint Louis, MO, USA
Department of Pediatrics, Saint Louis Children’s Hospital, Washington University School of Medicine, Box 8111, 660 S. Euclid Avenue,63110 Saint Louis, MO, USA
Abstract
Daily prednisone improves strength in boys with Duchenne muscular dystrophy, but side effects are almost universal. We used a different dosing regimen of prednisone to determine if benefit to boys with Duchenne muscular dystrophy might be maintained with fewer side effects. Twice weekly oral prednisone was given each Friday and Saturday (5 mg/kg/dose). This total dose is twice as high as the daily low dosage prednisone regimen (0.75 mg/kg/day). Twenty boys (8.0 ^ 1.2 years) were treated. Historical control groups included 18 untreated boys (6.1 ^ 1.6 years) and four boys (7.3 ^ 0.6 years) treated with daily prednisone. Strength (using a hand-held manometer and grip meter) and timed functional testing were measured. There was an improvement in upper extremity strength for 95% of boys (n ¼ 20) at 6 months using quantitative strength testing. Improvement in lower extremity strength occurred in all boys with antigravity quadriceps strength (17/17). The improvement (P ¼ 0:001 for proximal upper extremities; P ¼ 0:002 for grip; and P , 0:0001 for proximal lower extremities) was significant compared to untreated boys. Sixteen boys were treated continuously for more than 12 months (22 ^ 1.5 months). Of these, 15 remained significantly stronger than prior to treatment and 8/16 showed additional gains in strength after six months of treatment. Six boys were on the weekly prednisolone 2 years or longer without interruption. All six had upper and lower extremity strength at follow-up that was as good or better than at baseline. Functional testing improved in boys less than 8 years without contractures. Three boys without antigravity quadriceps strength at the start of treatment lost the ability to walk unassisted within 6 months. Eight other boys lost the ability to ambulate unassisted between 12 and 24 months of treatment. In each, progressive contractures developed. Linear growth was maintained in all boys on weekly treatment. Obesity rates did not differ from untreated boys. Twice weekly prednisone improved strength over 6–12 months in the majority of boys, but did not slow contracture development. Sustained benefit beyond 12 months is possible with fewer side effects compared to daily prednisone.
Austrália - Parlamento australiano aprova uma lei que libera o uso de células tronco embrionárias. Com a aprovação desta lei os pesquisadores poderão utilizar 70000 embriões congelados durante o processo de fertilização in vitro (casais que congelaram os embriões e decidiram não utilizá-los).
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